Capítulo setenta e um

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Playhard POV.

A vida tem inúmeras fases, etapas, memórias, momentos. Além de que também sempre temos escolhas nessa vida, manhã ou noite, cedo ou tarde, amar ou odiar, viver ou morrer! São tantas coisas que a gente pensa diariamente que é algo até estranho, como o cérebro humano consegue pensar e escolher tantas coisas assim? É uma pergunta sem resposta.

Abro os olhos tão rápido que quando a claridade do quarto invade eles me deixam zonzo por alguns segundos. Fecho os olhos de novo e volto os abrir mais devagar, me adapto a claridade e encaro o teto branco organizando meus pensamentos que estão completamente bagunçados, sinto alguém segurar minha mão, viro a cabeça para o lado vendo Bia, segurar minha mão e sussurrar algo bem baixinho, mas consigo ouvir sua última frase.

— Eu amo tanto você! — Ela dedilha seus dedos na minha mão.

— Eu também amo você demais! — Digo a ela que levanta o olhar e me encara por alguns segundos.

Seus olhos se enchem de lágrimas e algumas delas acabam por descer por seu rosto, um sorriso brilhante aparece em seu rosto e eu estava com saudades desse sorriso.

— Você acordou? Você tá bem? Tá sentindo dor? Alguma coisa? — Ela pergunta desesperada e rio com sua preocupação.

— Eu estou bem amorinha, só... um pouco dolorido. — Suspiro e reparo melhor em Bia, ela está em uma cadeira de rodas preta e com uma camisola do hospital. — O que aconteceu com você?

— Nada demais! — Ela sorri fraco e percebo que está mentindo.

— Não vai conseguir mentir para mim Bia. — Aperto sua mão. — O que aconteceu amorinha?

— Não fica estressado, eu preciso que você mantenha a calma. — Ela me pede e já começo a me preocupar. — Eu tive uma elevação de pressão que junto com o estresse resultou em um descolamento de placenta. — Ela em explica e continuo sem entender nada

— Traduz Bia!

— Minha gravidez se tornou de risco, eu tenho que seguir à risca uma enorme prescrição médica. Por conta desse descolamento de placenta eu tive um sangramento, que resultou em um dos bebês perder nutrientes.

— Como assim? Tá tudo bem agora? Como você está? Como os bebês estão? — Pergunto exasperado mais uma vez tentando me levantar, mas a dor volta mais forte.

— Ei, calma. Está tudo bem, eu fiquei no soro e nossa filha já está recebendo todos os nutrientes necessários. — A garota sorri e fico mais aliviado até me tocar no que ela tinha falado.

— Filha? São duas? Duas meninas? — Pergunto um pouco assustado, mas feliz.

— Para a sua sorte não são duas meninas, mas sim um casal! — Bia sorri largamente me pegando totalmente de surpresa.

— É um casal? Meu Deus, eu... — Acabo por deixar as lágrimas falarem por mim e fico igual uma criança.

Bia se levanta com certa dificuldade de sua cadeira e se aproxima de mim me abraçando, passo minha mão por sua barriga e penso no quão feliz eu estou e que estou realizado com tudo o que está acontecendo. Bia, seca algumas lágrimas minhas que insistem em cair e ficamos abraçados por um tempo até alguém entrar no quarto.

— Vocês dois parecem casal de filme, só falta o, felizes para sempre! — Dr Clara, diz para nós dois parando em frente a cama.

— Me diga que as notícias que tem são excelentes doutora? — Bia, pede a ela e volta a se sentar.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora