Capítulo sessenta e sete

932 46 6
                                    

Bia POV.

Quatro dias depois... Sábado - 14:22 A.M.

Os últimos dias tem sido os mais estranhos possíveis, minha irmã não para mais em casa, as meninas andam em uma correria absurda e quase não falam comigo, até os meninos estão um pouco afastados, o Bruno está longe já faz quatro dias, raramente conversamos por mensagem ou ligação. Nossas conversas são apenas o tradicional, "oi", "tudo bem", "como estão os bebês" e "tchau". As vezes chego a me sentir sozinha e acabo por passar a maior parte do tempo chorando.

Minha mãe está de férias na casa do namorado, então eu praticamente fico sozinha em casa. Uma coisa que foi milagre nessa semana é que, ontem à noite as meninas vieram para minha casa e fizemos uma noite das garotas, comemos, fizemos uma zona na cozinha de casa e ficou para eu organizar toda aquela bagunça que eu ainda não sei nem por onde começar.

Termino de limpar o chão da cozinha enquanto cantarolo uma música aleatória que toca, balanço o corpo inventando uma coreografia e resolvo soltar a voz cantando um pouco mais alto.

- Já pensou em se escrever em um concurso de canto? - Me viro vendo minha irmã sorri.

Desligo a música do meu celular e me encosto na ilha da cozinha suspirando cansada.

- Acho que não teria jeito para cantora. - Sorrio fraco. - Onde estão as meninas? - Pergunto a ela e abro a geladeira pegando uma garrafinha de água.

- Voltaram para a mansão, parece que o Ph os convocou para uma reunião. - A garota dá de ombros e sai da cozinha. - Ainda acho que deve se inscrever no The Voice. - Ela grita já longe e acabo por rir.

Fecho a garrafinha de água e a deixo no balcão, saio da cozinha e vou para a escada subindo para meu quarto. Que Deus me perdoe, mas essa escadaria é do demônio, meus pés pedem arrego já no primeiro degrau. Minha mãe deveria ter colocado um elevador aqui, meus pés já não colaboram ultimamente eles parecem dois pãezinhos que acabaram de sair do forno de tão redondo que estão.

Assim que chego na porta do meu quarto já agradeço a Deus e todos os santos que existem por ter ganhado mais essa batalha. Abro a porta e já tenho a visão da minha escrivaninha lotada de papéis espalhados canetas jogadas, marca texto e algumas pilhas de documentos. Um pouco disso são coisas de quando voltei de viagem e outras, são papéis de arquitetos e decoradoras sobre o quarto dos bebês, como eu ainda não sei o sexo decidir por fazer algo neutro, mas estou apaixonada nos quartos masculinos são as coisinhas mais lindas do mundo.

Cada detalhe em fotos fica perfeito na minha imaginação, decidir fazer o quarto dos meus filhos no meu apartamento, acho que já passou da hora de sair da casa da minha mãe, eu já sou mãe e não tem mais sentindo algum eu ainda dar trabalho a ela. Tirando o fato que ela passa muito mais tempo na casa do namorado dela do que aqui. Caminho até minha mesa e recolho minhas canetas guardando na gaveta, recolho os papéis com fotos e preço já imaginando que essa organização toda vai sair muito caro.

Suspiro alto já sentindo um cansaço enorme e passo a mão pela minha barriga sentindo um chute bem leve, sorrio com isso me sentindo aliviada. Ultimamente essas crianças decidiram brincar de futebol na minha barriga e ainda querem fazer isso em plena três horas da madrugada. Ouço meu celular tocar sobre a mesinha e vejo na tela o contato do Bruno. Rapidamente atendo e coloco na viva voz enquanto arrumo algumas outras coisas.

Ligação on:

- Adivinha quem tem o namorado mais maravilhoso desse universo? - Sua voz soa cansaço.

- Achava que eu que era a convencida da história. - Rio enquanto dobro algumas roupas.

- Você ainda é a mais convencida, mas ainda não respondeu minha pergunta.

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑳𝒐𝒖𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora