O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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A brisa fria que percorria pelas ruas após a tempestade da noite anterior, fazia com que a ruiva buscasse por um pouco mais de calor ainda dentro do carro. Gaby ainda não sabia como Jeongguk havia lhe comprado um vestido tão rápido, já que ela sequer havia visto quando ele supostamente tirou suas medidas. Ou sequer o viu saindo para compra-lo.
Ainda lhe parecia bem surreal que Jeongguk fosse assim, nascido em berço de ouro. Ela ainda se lembrava do moreno chegando nas aulas de dança no curso que fizeram, alegando não ter um centavo para o café da manhã, o que o levava a roubar boa parte da sua pêra, ou bolinho.
Gaby às vezes se sentia em um filme teen, com direito a reviravoltas bem incomuns para muitas pessoas. Ela até mesmo acharia graça de sua vida, se não estivesse indo de encontro ao pai que ela acreditava não ter o mesmo sangue.
Observando ainda em silêncio pelo espelho retrovisor, Carlo apenas notava o desconforto da jovem naquele banco de couro recém lavado. Ele não era de falar além do essencial enquanto trabalhava, mas algo na jovem de fios alaranjados o fez quebrar tal regra.
- Podemos parar em alguma loja no caminho, para comprar um casaco se a senhorita quiser. - o homem de fios grisalhos propôs após estarem há duas quadras do café.
- Ah, não precisa. Eu estou bem, obrigada. - Gaby declarou com um sorriso educado, mas tal expressão mudou ao processar um pouco a oferta - O Jeongguk-
- O senhor Jeon me pediu para trazer o cartão de crédito dele, e deixou ordens precisas para assegurar que ficaria confortável. - Carlo contou erguendo o cartão black do moreno - Nunca o vi cuidar tão bem de uma namorada, até hoje.
O ato involuntário de piscar mais vezes que o necessário, fez de Gaby uma figura quase cartunesca após aquela informação. Ela não sabia que Jeongguk não agia assim antes dela, afinal nunca se espera que uma pessoa mude tanto por conta de um relacionamento. Ao menos, era o que ela acreditava.
- Ele já namorou muitas garotas? Digo, antes de mim? - Gaby não foi capaz de ignorar sua curiosidade, libertando assim a pergunta que não tinha coragem de fazer ao moreno.
Carlo riu de uma forma extremamente contida diante aquela pergunta, ele trabalhava para a família de Jeongguk há mais de 20 anos, e durante todos estes anos não se viam namoradas de Jeongguk adentrando aquele carro, e tão pouco a sua casa. O que mais se viam indo e vindo de ambos os locais, eram "colegas da escola", "amigas do clube" e muitas outras nomenclaturas que o moreno usava para explicar as visitas.
Jeongguk ainda que não fosse um mulherengo propriamente dito, tinha suas aventuras com diferentes garotas, e em sua maioria as australianas. Um gosto que hoje ele provou ter mudado, já que Carlo tinha quase certeza que Gaby possuía descendência suíça. A julgar pelos cabelos quase laranja, e sardas proeminentes, bem similares às que a melhor amiga de sua esposa possuía.
- Não acho certo falar da vida de um dos meus patrões, mas o senhor Jeon nunca namorou. - ele contou parando o carro em frente ao café - Pelo menos ele nunca apresentou uma namorada para alguém da família, ou para a Dulce, que é como uma mãe para ele.
