O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Em algum momento daquele filme tão clichê Gaby acabou adormecendo, levando Jeongguk a uma situação levemente constrangedora, pois o moreno havia deixado seu braço como apoio para a cabeça dela, não sabendo agora como o tirar dali.
A princípio ela havia dito que apenas o travesseiro estava bom, mas ele havia notado que a ruiva mexia nele a todo momento para ficar numa altura aceitável para encarar a tela do notebook. Talvez Gaby ainda tivesse dúvidas quanto ao "programa de amigo gay" oferecido pelo Jeon, e tal detalhe não se passou despercebido por ele.
Jeongguk como um exímio cavalheiro que era - ou tentava ser naquele momento - ofereceu seu braço, ressaltando que era apenas na base da amizade e que ela não devia ter medo dele. Afinal, nada aconteceria ali, a menos que fosse da vontade dela.
A ruiva acabou ainda que incerta aceitando a oferta tão insistente, e ainda que dê forma imperceptível, ela sorriu com o gesto tão atencioso dele após estarem no silêncio confortável daquela noite.
Mas agora Jeongguk precisava ir para o seu quarto, e não sabia como se afastar dela sem acabar a acordando. Ele olhou em volta notando alguns ursinhos espalhados pela cama, não sendo capaz de segurar o riso diante a leveza que pairava na cama dela. Algo que contrastava bastante com a personalidade um tanto forte que ela tinha.
Com a ajuda de seu pé esquerdo Jeongguk pegou uma foca rosa de pelúcia, começando o trabalho de colocá-la abaixo da cabeça da ruiva, para assim libertar seu braço já dormente.
- Hum.. - Gaby resmungou levando seu braço ao encontro do corpo dele, pegando o moreno de surpresa.
- Ah ruivinha...custa facilitar o programa de amigo gay? - ele sussurrou sentindo o perfume de baunilha dos cabelos dela invadirem seu olfato - Oh judiação..
Gaby parecia tão em paz, tão tranquila, quase como se em sua mente só houvessem coisas fofas e felizes. Ele odiaria estragar aquela paz, mas sabia que poderia até mesmo apanhar dela se acordassem na mesma cama, ainda que a culpa fosse somente dela naquelas circunstâncias.
O moreno estava em meio a um dilema, não sabendo se devia ficar ali junto dela naquela noite gélida. Ou se a acordava do sono tão merecido, para ir dormir em seu próprio quarto de maneira fria e solitária.
Não precisava ser um gênio para saber o que ele realmente queria, mas ele precisava se recordar que Gaby havia acabado de sair de um relacionamento ruim, e não seria nada fácil para ela se ver em uma situação tão comprometedora ao lado dele. Ainda que não fossem fazer mais nada, além de dormir.
- Ruivinha? - ele a chamou baixinho, enquanto mexia em seus cabelos ondulados - Eu preciso ir.
- Não... - Gaby resmungou se movendo um pouco - Não quero que vá...
- Mulher não brinca com meu coração assim, ou eu juro que te tasco um beijo aqui e agora. - ele choramingou ao sentir a respiração dela bater em seu pescoço - Queria ver se você seria manhosa assim, se estivesse acordada.
