O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Os latidos altos de Chanel pareciam ecoar na sala de estar, após a filhote ser trazida por Travis horas depois de deixar Gaby em casa. O italiano havia lhe contado no caminho de volta, que Lizzie tinha ficado responsável pela filhote após um de seus seguranças encontrarem a Husky chorando no armário da lavanderia.
O método de Gaby de tentar esconder a cadelinha por medo de a machucarem, acabou surpreendendo o italiano. Ela havia optado ser a única ferida naquele ataque, por mais que Chanel a pudesse ter ajudado mordendo ou até distraindo a sua agressora.
Talvez a filhote significasse bem mais que um bichinho de estimação para a ruiva.
- Hey coisa peluda, não seja tão escandalosa. - Travis se abaixou para passar a mão na cabeça de Chanel - Se continuar assim, o francês vai te mandar embora. E eu sei que você está com saudades dela.
Francis que havia detido seus passos no meio do corredor que levava a sala, acabou rindo baixinho. Ele não era exatamente o maior adorador de cães, mas sequer lhe passaria pela cabeça colocar a filhote para fora. Especialmente por ser de sua filha.
O loiro amava gatos, talvez por sua independência e por ter vivido longos anos com Merlin, um persa que havia adotado após seu divórcio.
- Me diga que ela sabe que sofá não é lugar para cachorros. - Francis se pronunciou após estar no campo de visão de ambos.
- Ela pode ter passado algumas horas por dia assistindo filmes, e séries com meus filhos no sofá da sala de cinema. - o italiano contou de forma divertida, observando Chanel encarar o sofá da sala com atenção - Mas ela é educada, nunca sobe antes que alguém a chame.
Francis rolou os olhos antes de negar brevemente, tratando de seguir até o aparador onde sua carteira e chaves estavam. Ele ainda não havia contado sobre seu regresso ao trabalho, e sabia que no momento em que Travis soubesse da novidade, as coisas poderiam ir de 0 à 100 muito rápido.
Ele sentia o olhar do homem em sua direção de maneira intensa, mas optou por não olhar para trás até que estivesse de posse de seu distintivo. Que por ironia do destino, estava sobre a escrivaninha mais à esquerda.
- Você voltou ao trabalho há dois dias, e achou mesmo que eu não saberia? - Travis lhe entregou o distintivo tendo uma das sobrancelhas erguidas - Ah francês, você me decepciona.
- Não me lembro de dever qualquer satisfação a você. - Francis resmungou antes de puxar o distintivo das mãos dele - Em algum momento eu retornaria ao trabalho. Não sei o que isso tem haver com você, italiano.
Travis estreitou o olhar após Francis lhe encarar de forma irritadiça, quase como se estivesse estudando suas feições antes de se pronunciar.
O moreno soltou o ar pela boca, trazendo o cheiro de cereja do licor que havia ingerido antes de sair de casa. Ele levou as mãos aos bolsos do blazer, e umedeceu os lábios antes de rir de forma sarcástica.
