(Re)Começo

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O som irritante do relógio de parede ecoava incessantemente pela sala de tamanho mediano, as cortinas ainda fechadas deixavam transpassar a luz do sol forte daquele fim de tarde

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O som irritante do relógio de parede ecoava incessantemente pela sala de tamanho mediano, as cortinas ainda fechadas deixavam transpassar a luz do sol forte daquele fim de tarde. O clima gélido dentro daquela sala contrastava muito com o calor que fazia lá fora, mas ninguém se atrevia a falar algo a respeito para a mulher que se encontrava atrás daquela mesa.

Seu olhar parecia conter as chamas do inferno naquele momento.

— Quem veio naquele jatinho? — Margarida perguntou de maneira firme, enquanto girava uma adaga pequena em seu indicador.

— O piloto não deu muitas informações, só disse que eram filhas de um dos empregados da casa Savoia. — o homem de pé diante a mesa informou, sabendo que aquilo não bastaria para ela.

Margarida soprou um riso seco sem qualquer vestígio de humor, e deixou a adaga sobre a mesa antes de olhar melhor para ele.

— E desde quando mandariam as filhas de um empregado para Chicago, no jatinho da família? — ela perguntou se colocando de pé — Não conseguiu nada nas câmeras do aeroporto?

— Não tem como ver o rosto delas, os chapéus atrapalham, e os óculos escuros tomam quase o rosto todo delas. — ele avisou um pouco tenso.

— Eram ruivas? — a pergunta soou um pouco esperançosa.

— Não.

— Me mande os vídeos do aeroporto, eu vou tentar encontrar alguma identificação delas. — ela ordenou enquanto se virava para as janelas ainda escurecidas pelas cortinas — E chame o Francis, ele tem um trabalho.

O homem apenas se retirou deixando que o silêncio daquela sala afundasse a mente de Margarida pouco a pouco, como uma espécie de castigo invisível e mudo. A mulher não parecia menos tensa com a informação obtida, na verdade Margarida estava ligeiramente alerta.

As garotas não serem ruivas, não a deixava menos desconfiada, era de seu conhecimento o desejo por vingança dos Savoia. Uma família como a de Travis jamais ficaria quieta após aquele ataque, eles estavam se armando contra ela e isso a deixava com medo.

Eles haviam lhe tirado Simon, seu único filho biológico, e ela ainda não fazia ideia de como chegar até ele sem ser notada. Após Kyoko o levar embora, Margarida não obteve qualquer notícia do paradeiro do garoto, e isso ainda lhe tirava o sossego.

Não lhe agradava sentir o mesmo que às mães das crianças que ela já havia roubado, e lhe parecia até irônico estar tão inconformada agora. Afinal, mais de dez crianças haviam obtido destinos não desejados por seus pais, tudo por culpa dela e de sua ambição.

— O que você quer? — a voz entediada de Francis a trouxe de volta de seus pensamentos.

— Você vai fazer algumas perguntas para aquela “amiga” da Gabryella.— ela informou se virando para ele — Que horror, você está horrível! Quando foi a última vez que tomou um banho, ou fez a barba?

When In London 》JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora