O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Obs: eu não sei qual é o nível de tolerância que vocês tem para cenas de violência, então quem não se sente confortável lendo cenas desse tipo, sugiro que pule para a segunda parte do capítulo.
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Parecia faltar fôlego aos jovens que percorriam aquela calçada esbarrando nas pessoas, que sequer tinham tempo para saírem da frente de ambos. Eles podiam ouvir o barulho das motos mais atrás deles, e já não encontravam oxigênio suficiente para irem ainda mais longe.
Seong-hwa podia sentir Gaby exausta ao seu lado, lutando por alguma força nas pernas ou pulmões. O moreno sabia que se continuassem naquele ritmo, a ruiva poderia desmaiar em questão de segundos.
- Vem comigo. - ele a puxou para uma loja roupas mais adiante, seguindo para a parte mais cheia com algumas amostras de tecidos que haviam ali.
- Eles...vão entrar aqui...Seong. - Gaby declarou com a respiração entrecortada, se apoiando nos joelhos em busca de ar.
- Tira seu casaco, e coloca isso. - o moreno lhe estendeu um cardigã amarelo, enquanto retirava sua camisa mais quente e a trocava por uma de tecido mais fino.
- O que você..?
- Eles vão procurar a gente pelas roupas, então vamos mudar pelo menos algumas peças. - Seong-hwa declarou antes de esconder os fios do cabelo dela em uma touca - Com sorte chegamos até a estação de metrô.
Gaby afirmou sentindo-se ser puxada até o caixa, onde o moreno pagou pelas peças que havia pego e olhou para ela com preocupação. Seong-hwa não era o exemplar de pessoa mais certinha com quem a ruiva já havia se envolvido, ele vivia se metendo em brigas aleatórias na antiga escola, e no bairro onde viveu até se mudar para Illinois. Mas naquele momento alguma coisa nele pedia para que não deixasse ninguém machucar a ruiva, mesmo que para isso ele se machucasse em seu lugar.
Era estranho demais para ele, como uma garota que sempre o rejeitava e fazia pouco caso de seu interesse, pudesse ter se tornado o motivo de 80% de suas preocupações. Às vezes Seong-hwa se achava masoquista por querer alguém que vivia numa realidade tão distante, da que ele e sua família possuíam.
- Devíamos ligar para a minha irmã. - Gaby comentou após estarem a caminho da estação de metrô.
- Pode ser uma boa ideia, ela te levaria para casa em segurança. - o moreno alegou a vendo pegar o celular - Escuta Gaby, você realmente não conhece aquele cara?
A ruiva ergueu a cabeça para olhar melhor no rosto dele e negar séria, ela não sabia sequer como se chamava aquele cara que havia sismado consigo. Gaby gostaria de saber porquê ele tinha de perseguir justo ela, que nunca havia se metido em nada errado desde que se entendia por gente.
A voz da caixa postal de Angeline levou a mais baixa bufar irritada, antes de enviar uma mensagem para ela pedindo para que fosse até a estação de metrô que havia em Spalding. E que de preferência levasse alguém, pois alguma coisa poderia acontecer.
