O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Passavam das duas da manhã, quando o celular de Gaby começou a tocar na mesinha de cabeceira. A ruiva resmungo por ter sido acordada, mas tratou de atender logo o aparelho antes que Stella acordasse.
A ruiva sequer viu quem estava ligando para ela, mas bastou ouvir aquela voz que por quase um ano não ouviu ser dirigida a si, para que seu corpo ficasse tenso e seu coração batesse mais forte contra o peito.
- Seu namorado está com problemas, hija. - aquela declaração fez Gaby abrir os olhos um pouco mais.
- O que aconteceu? Onde ele está? O que você fez com ele?! - a ruiva se alterou um pouco, podendo ouvir um resmungo de Stela após sua voz subir algumas oitavas.
- Ele e uns amigos, quase puseram minha investigação a perder. - Margarida alegou quase entediada - Eu os trouxe para a delegacia, eles precisam responder algumas perguntas.
Por breves segundos Gaby se permitiu fechar os olhos, e contar até cinco antes de suspirar forte, e bagunçar os cabelos em puro nervosismo. Ela não fazia ideia do tipo de coisas que Jeongguk fazia quando estava com os "amigos", e receber aquela ligação a fez temer por suas desconfianças estarem corretas.
- Eu vou até aí. - ela anunciou um pouco irritada.
- Não é seguro sair sozinha tão tarde, melhor deixar que ele passe a noite aqui. Pela manhã ele vai para casa. - apesar de não necessitar, Margarida pareceu nervosa com a ideia de Gaby sair sozinha às duas da manhã.
- Não vou deixar o meu namorado passar a noite na cadeia, isso sequer é uma possibilidade. - Gaby alegou incrédula, ainda que estivesse ligeiramente temerosa quanto a sair tão tarde. Ainda mais com uma criança de três anos.
O suspiro quase reprovador da mais velha do outro lado da linha foi quase alto demais, fazendo com que a ruiva passasse a língua pelos lábios antes de estalar no céu da boca, como se estivesse chateada e em dúvida.
Estava claro que ela não deveria levar Stella até um ambiente tão caótico quanto uma delegacia, especialmente uma delegacia de Chicago. Mas Gaby também não deixaria seu namorado passar a noite lá, nem que ela precisasse arranjar dinheiro com alguém para o tirar de lá.
- Sempre teimosa! Ele não vai morrer se passar a noite aqui, talvez o ensine a não cometer crimes. - Margarida soltou ácida, olhando para o Jeon adentrando a sala de interrogatório, junto a seu novo parceiro - Você deveria ter cuidado com o tipo de pessoa que namora, esse garoto não presta para você.
- E você deveria tomar conta da sua vida! - Gaby soltou irritada com o tom de voz usado pela mais velha, ela odiava quando a julgavam.
Sem esperar por uma resposta ou "conselho", Gaby encerrou a ligação com um grunhido de irritação. A jovem jogou o celular um pouco longe após abafar um grito irritado, ouvindo quando o aparelho acabou acertando uma caixa na parte do closet que pertencia a Jeongguk.
