O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Semanas já haviam se passado desde o incidente no parque onde Gaby acreditou que se encontraria com Jeongguk, a ruiva ainda lhe mandava mensagens, ligava todas as noites, ela até mesmo lotou seu e-mail pedindo para que o moreno lhe desse algum sinal de vida. Mas Gaby só obteve o silêncio e vazio.
A jovem não era alguém muito discreta quando algo lhe chateava ou irritava, Gaby sempre deixava transparecer mais do que gostaria. Por dias ela evitou falar sobre seu encontro fracassado, evitou pensar em Jeongguk, ela evitou ao máximo tocar no assunto que lhe arrancou algumas lágrimas noites a fio.
Gaby estava magoada, ainda que sentisse que a preocupação seria o sentimento certo naquele momento.
- Eu passo na sua casa às oito, tudo bem? - Seong-hwa perguntou após pagar pelo café que ambos haviam bebido.
- Ah, está bem. - Gaby respondeu sem qualquer emoção na voz, sentindo sua mente um pouco nublada.
- Eu sei que não somos tão próximos ainda, mas estou começando a me preocupar com você. - Seong-hwa comentou detendo os passos de ambos - Aconteceu alguma coisa? Está com algum problema? Eu posso te ajudar, basta me dizer.
Gaby queria dizer que estava bem, que as coisas estavam maravilhosas em sua vida, mas ela não conseguiria dizer aquilo sem libertar algumas lágrimas. Havia um buraco onde antes habitava um mar de esperanças em seu peito.
A ruiva estava começando a temer estar esperando por alguém que talvez não voltasse mais, e isso a assustava tanto. Gaby realmente amava Jeongguk, mesmo que nunca tivesse dito isso com todas as letras para ele. Mas sua ausência estava começando a machucar mais do que deveria, ela já não sabia se ele de fato esperou por ela como disse que o faria.
O ar deixado pelos pulmões dela ocasionaram em um biquinho em seus lábios, ela sentiu como se fosse desabar ali na frente do moreno que ainda buscava uma forma de lhe ajudar, e acabou desviando o olhar para uma loja de instrumentos musicais do outro lado da rua.
- Gaby...
- Você já tocou piano? - a ruiva questionou após ver um piano de carvalho - Eu aprendi um pouquinho com meu avô, mas minha mãe nunca me deixou fazer aulas.
- Eu sei tocar bateria, tive uma banda no primeiro ano. - Seong-hwa comentou após se dar conta de que ela não lhe diria nada - Meu irmão tocava piano, na verdade ele sempre teve interesse pela música.
- Você quase não fala do seu irmão. - Gaby comentou enquanto seguiam para a loja de instrumentos - Vocês não se dão bem?
Seong-hwa fez uma careta enquanto movia os ombros num sinal de pouca certeza, já que eles tinham seus bons e péssimos momentos em família. Ele e seu irmão eram mais unidos na infância, principalmente por conta da vivência difícil na Coréia do Sul.
