O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Por mais que inúmeras perguntas estivessem sendo feitas na cabeça daquela que ainda se mantinha calada diante ao jovem casal, Margarida não encontrou um caminho sutil que a levasse a executar cada uma delas.
Seus olhos ainda observavam as mãos unidas dos jovens, assim como todo um instinto protetor exalando do moreno naquela cadeira. Ele não havia dito mais nada após informar quem era, mas ainda assim era perceptível sua proteção, para com a ruiva naquela cama.
Margarida então libertou o ar vagarosamente de seus pulmões, escolhendo a melhor forma de começar seu "interrogatório", na tentativa de entender como, quando e a quanto tempo eles haviam dado início aquela relação. Já que para ela, Gaby ainda era namorada de Lucas.
- Desde de quan-
- Filha? - a voz suave de Francis então se fez ouvir, ocasionando a tensão quase imediata da mulher próxima a porta.
- Papa?! - não havia uma emoção específica na voz de Gaby após ver seu pai, e isso foi notório para todos ali.
Francis ainda que timidamente seguiu até a filha, fazendo o máximo de esforço para não transparecer o quão surpreso estava por seus ferimentos. Ele acenou educadamente para Jeongguk, antes de curvar o corpo para deixar um beijinho delicado na testa da filha.
Há mais de seis anos ele não fazia aquilo, e talvez não fosse apenas Gaby a se emocionar com tal gesto.
- Meu amor, como isso foi acontecer? Tentaram te roubar, ou coisa similar? - Francis perguntou preocupado, sentindo um aperto no peito ao encontrar sua filha daquela forma - Já estão a procura do culpado?
A quantidade de pessoas olhando para Gaby pareceu a incomodar mais do que ela imaginava, tendo em vista que a ruiva não demorou para sentir sua respiração falha, e suas mãos suadas.
Aquela situação de forma geral, lhe deixava extremamente desconfortável, principalmente por saber que não iriam parar de fazer aquele tipo de perguntas por um bom tempo.
- E-eu... - ela buscou um ponto específico para focar seu olhar, mas era como se em todos os cantos houvesse alguém a observando - Sai...sai daqui...
A forma como a ruiva levou as mãos a cabeça enquanto fechava os olhos com força, fizeram Francis e Jeongguk se preocuparem. Eles nunca haviam visto nada similar vindo dela, e talvez a falta de conhecimento de tais eventos os tenha assustado mais do que deveria.
Margarida ainda que transparecesse ser a mais "tranquila" dentre os três, também não sabia como agir naquela situação.
Apesar de ela ser a mãe de Gaby, a mulher nunca havia cuidado de uma única crise ou algo semelhante da jovem, desde o dia em que o seu ato de matar um homem na frente dela, a fez desenvolver estes sintomas de estresse pós traumático.
- Petit...
Em meio aos dois adultos que sequer se moviam para buscar uma forma de acalmar a filha, e Jeongguk que tentava atrair sua atenção como uma forma de lhe trazer de volta alguma calma, havia uma pequena criança parada na porta vendo todo aquele caos.
