O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Já haviam se passado duas horas desde a conversa mais intensa da vida de Gaby, até aquele momento, e desde então a ruiva havia se trancado em seu quarto, tendo Chanel como sua única companhia.
A jovem fazia carinho nos pêlos macios da cadela, enquanto a via dormir confortavelmente em sua cama. Aquela ação parecia terapêutica para Gaby, e reconfortante para Chanel.
Enquanto o olhar vago da ruiva se fixou unicamente ao mover da barriga de Chanel subindo e descendo, sua mente girava com cada mísera palavra dita a Jeongguk. As confissões de amor, as lágrimas sinceras de ambos, o som angustiante de suas respirações irregulares mediante ao choro. Tudo naquela conversa estava sendo repetido na mente dela, e isso não parecia estar ajudando muito naquele momento.
Aquele amor estava doendo tanto, que por duas horas inteiras, Gaby chorou silenciosamente ao sentir saudade dos tempos em que era feliz com Jeongguk.
Existiu tanto amor, tantos sonhos, tantas situações felizes entre eles, que tudo ter acabado daquela forma lhe pareceu cruel demais.
Como um amor daqueles, havia acabado tão dolorosamente?
— Filha? — Travis abriu minimamente a porta, e observou a forma apática dela — Quer conversar?
Gaby negou ainda concentrada no carinho que fazia em Chanel.
— Quer que eu chame sua terapeuta? — ele sugeriu, mas a ruiva novamente negou — Posso entrar?
— Acha que eu fiz a coisa certa? — ela perguntou vagamente, e então Travis entendeu que poderia entrar no quarto.
Travis se sentou ao lado dela na cama, e cuidadosamente a envolveu em um abraço quentinho, repousando a cabeça dela em seu peito enquanto a sentia se agarrar cada vez mais forte em seu corpo. Ele não poderia dizer que havia passado exatamente pelo mesmo que ela, mas Travis compreendia a sensação de arrependimento e dúvidas. Bem mais do que ele gostaria de admitir.
Talvez ser um jovem adulto no mundo em que eles viviam, fosse mais complicado do que muitas pessoas poderiam imaginar.
— Seja honesta comigo, e me responda sem pensar demais. — ele instruiu — Você ama o homem que o Jeongguk é agora, ou o rapaz que ele foi quando vocês namoraram?
— Eu não sei o homem que ele é agora. — Gaby confessou.
— Meu amor, você não está sofrendo por ainda o amar. — Travis declarou com certa tranquilidade — Você está triste pelas lembranças do relacionamento que vocês viveram anos atrás. — ele beijou o topo da cabeça dela — É normal entrar em negação quando sabemos que a história que vivemos não irá se repetir, especialmente por termos nos tornado pessoas diferentes.
— Mas eu não mudei pai, eu–
— Você não é mais aquela menina de dezessete anos que o conheceu. — ele a cortou — Você não tem dezenove anos indo morar com seu namorado, e tão pouco é a mesma garota que acreditava nos mesmos sonhos de antes daquela explosão. Você amadureceu rápido, por mais que já tenha crescido rápido demais para criar o Simon.
