O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Havia um céu completamente azul naquele início de tarde, uma brisa calma e o canto dos pássaros ecoando por um vasto espaço. Aquele cenário não se parecia em nada com o ar fúnebre que pairava sobre as pessoas, que trajadas pelo luto, choravam suas perdas naquela capela.
Os pais de Katherine estavam devastados mediante a perda de sua única filha. Os Gilbert sentiam a cada minuto o pavor do luto lhes abraçar, como se jamais pudessem alimentar qualquer esperança em suas vidas, após o falecimento de sua filha.
- Eu sinto muito pela sua perda. - a voz baixinha de uma jovem soou diante o casal, quase como se estivesse incerta quanto a estar ali.
A senhora Gilbert anuiu sem qualquer ânimo para proferir alguma mísera palavra, ao que o senhor Gilbert a consolava baixinho. A jovem diante deles suspirou de maneira penosa, antes de arrumar melhor a boina preta sobre sua cabeça, e seguir até o lado externo da capela.
Incontáveis carros parados próximos ao local, indicavam que os Savoia haviam chegado para velarem os seus entes queridos. Um grande número de pessoas vestidas de preto da cabeça aos pés, se mostrava diante a jovem parada na saída do local, a obrigando a dar algum espaço para aqueles que chegavam.
O clima ali tendia a pesar consideravelmente com a chegada de Francis, e antes mesmo que ela pudesse ver o que iria ocorrer ainda no lado externo, ela sentiu seu braço ser pego com firmeza a levando para longe dali.
- O que você está fazendo aqui, Viollet?! - a voz ríspida de Moon a assustou.
- Poderia te fazer a mesma pergunta. - a brasileira ergueu as sobrancelhas, antes de torcer o nariz.
- Os meus primos morreram também. - a jovem contou antes de desviar o olhar - Não parece real, mas...eles apareceram nas filmagens antes da queda daquele maldito edifício.
Viollet de fato não sabia desse detalhe.
Na verdade a jovem não sabia de praticamente nada, além da explosão sem sentido, das mortes injustas e da absurda aparição de Gaby naquele hall minutos antes de tudo ruir, e se tornar entulhos carbonizados.
Tudo havia ocorrido de uma forma tão rápida, tão calculada, tão inexplicável.
Viollet se sentia esquisita após a notícia da morte da ruiva, e por mais que ela quisesse se expressar devidamente, nada além de vazio se prendia a sua alma. Lhe parecia injusto que a única pessoa que desejava ter uma vida normal, tivesse sido aquela quem a perdeu por culpa de terceiros.
- Eu sinto muito. - ela sibilou tentando tocar o ombro da amiga, mas seu gesto foi repelido.
Moon odiava se mostrar frágil diante a qualquer pessoa, que não fosse Yoongi. Eles tinham uma conexão genuinamente forte, algo que ela nunca conseguiu obter com mais ninguém, nem mesmo sua própria mãe.
Ela se sentia culpada por não ter dado ouvidos ao primo, quando este lhe assegurou que SeokJin estava caindo em uma armadilha perigosa. Uma que poderia lhes custar vidas importantes.
