O tempo por inúmeras vezes pode ser descrito como cruel, impiedoso, apressado, e até mesmo portador de curas incalculáveis. Mas o que de fato seria o tempo, se não uma medida de espaço determinante entre um amanhecer, e um anoitecer?Para alguns já poderia ser hora de acordar, enquanto que para outros poderia ser a hora de estar indo dormir. A verdade é que usamos o tão colocado "tempo" em tudo, que deverá demandar paciência. Seja ela para realizar algum projeto, ou para superar algum acontecimento marcante.
Já haviam se passado 28 dias, desde a internação de Gaby. A jovem inspirou mais cuidados do que os médicos acharam no início, levando a ruiva aos exames mais elaborados e minuciosos após uma certa demora em sua cicatrização e parcial recuperação.
A ruiva teve de ver seus pais brigando em uma noite aleatória, quando o assunto de responsabilidade materna acabou sendo jogado sob Margarida. A jovem ouviu seu pai acusar a mais velha de negligência, ouviu ele falar coisas ríspidas à ela em um tom de voz alterado. E talvez o que mais tenha se fixado em sua mente, tenha sido a determinação com a qual seu pai declarou que Simon, e ela, não viveriam mais sob o mesmo teto que Margarida.
Gaby não queria ser tirada de casa, ainda que anos atrás ela tenha pedido tanto tal acontecimento. Era como se o bom e velho tempo, estivesse lhe dando hoje o que ela queria de verdade, quase dez anos atrás.
- Você me parece distante, aconteceu alguma coisa? - Angeline perguntou ao terminar de arrumar os cabelos da mais nova - Lucinda não deixou mais o seu namorado vir te visitar?
- Ela ajuda o Ggukie. - Gaby acabou rindo - Na noite passada, ela nos emprestou o notebook para vermos um filme, e fez vista grossa quando o horário de visitas já havia acabado.
- Onde estava a Lucinda, quando fiquei internada aqui no ano passado? - Angeline perguntou forçando uma indignação dramática, deixando um riso escapar logo em seguida - Aposto que a Wheein teria agradecido.
A ruiva conseguiu notar o brilho bonito nos olhos da irmã mais velha, após falar o nome da namorada. O brilho que surgia nos olhos de Angeline era quase tão intenso, quanto o que surgia nos olhos de Gaby quando se tratava de Jeongguk.
A mais nova segurou as mãos da irmã com carinho, lhe oferecendo um sorriso caloroso antes de se acomodar melhor na cama, e observar a irmã diante de si.
Os cabelos de Angeline antes azuis, agora eram uma confusão de cores desbotadas, e ondulações semi presas em uma trança lateral. A maquiagem sempre mais pesada parecia combinar com os piercings, e tatuagens ao longo dos braços e parte da clavícula esquerda.
Ainda que houvessem inúmeras camadas de bad girl ali tão amostra, Gaby sabia que aquela personagem criada por sua irmã desde os 17 anos, não era mais que uma forma de esconder a fragilidade que ela carregava desde os 5 anos de idade.
Época em que Gaby surgiu na vida dela.
- Quando vai me apresentar a sua namorada? Eu só te escuto falar dela, mas nunca a levou em casa. - Gaby comentou agitada - Poderíamos fazer um encontro de casais, assim você conhece o Ggukie, e eu conheço a Wheein.
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When In London 》JJK
FanfictionO que é destino para você? O que entende por estar fadado a algo, ou alguém? Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida? Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...