Bandos

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O som do vento cortando por entre as folhagens das palmeiras, parecia uma melodia solitária naquele vasto campo por onde o trotar de um azarão de pelagem negra, seguia cauteloso

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O som do vento cortando por entre as folhagens das palmeiras, parecia uma melodia solitária naquele vasto campo por onde o trotar de um azarão de pelagem negra, seguia cauteloso.

Tudo diante os olhos esverdeados da jovem montada naquela cela azul, era quieto e verde. Os campos daquela propriedade eram imensos, quase como se quisessem competir com o tamanho daquela fazenda extravagante, onde estava vivendo há 6 meses.

Naquela tarde de terça feira, Gaby havia obtido uma sessão conturbada com sua terapeuta. A jovem havia sido bastante honesta ao expor o que acreditava ser inevitável para a mulher, e acabou ouvindo o que até aquele momento, achou ser exagero desmedido.

Bloqueio emocional.

Não. Kaya não poderia estar falando sério, ela não conhecia Gaby tão bem assim. A ruiva não enxergava seus medos daquela forma.

Se bem que...

- Eu não estou me sabotando de amar...estou? - a ruiva questionou ao cavalo que apenas moveu a cabeça, como se sua crina estivesse lhe atrapalhando a visão.

Gaby deteve o animal de prosseguir após chegarem ao limite de um riacho, onde as terras de seu pai terminavam. Ela não sabia ao certo quem eram os donos daquele outro lado extenso de terras, mas se recordava de ouvir sua irmã dizer que pertencia a uma mulher.

A informação era vaga, mas ao menos ela sabia que não eram terras abandonadas. Não que isso de fato fosse lhe afetar.

Um suspiro longo rompeu pelos lábios dela, antes que seus pés fossem de encontro ao chão com cuidado. Gaby deixou que Breu, o seu cavalo, bebesse a água fresca daquele riacho, enquanto seguia até uma das árvores bem folhadas dali.

Ela se apoiou no tronco da árvore e observou o céu com poucas nuvens. Era um dia agradável, por mais que sua mente estivesse barulhenta demais após despistar todos a sua volta, e sair sem um rumo exato.

Seis longos meses haviam se passado desde aquele incidente, onde para todos, Gaby estava morta.

Ainda parecia surreal que tanto tempo já tivesse se passado, e que em nenhum momento Angeline tenha procurado por Simon, ou tenha ao menos escrito algo pela morte de Gaby. Todos que ficaram em Chicago haviam feito um mural em homenagem para cada um dos mortos, e todas as meninas da gangue de sua irmã haviam escrito algo para ela. Até mesmo Moon.

Ainda era esquisito para Gaby tratar de si mesma como uma pessoa morta, mas ela tinha em mente que não haviam outras opções. Sequer Seonghwa havia conseguido uma forma de burlar aquilo, pois assim  como a ruiva, o jovem e seu irmão também haviam sido dados como mortos.

Algo que agradou muito Yoongi.

- Seis meses passaram voando, não é? - a voz tranquila do moreno ecoou, após o trotar de seu cavalo parar.

- Como sabia que eu estava aqui? - Gaby ergueu o olhar para ele, vendo o quanto o Barnes havia mudado.

Christopher deu de ombros antes de seguir até a amiga, e apenas se sentou próximo a árvore. O jovem suspirou vagarosamente até que Gaby estivesse sentada ao seu lado, e repousasse sua cabeça no ombro dele.

When In London 》JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora