O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Ainda soava cômico estar há duas horas naquela cadeira desconfortável, olhando as rachaduras na parede mais a frente, e não fazer ideia do porquê estava ali, para Jeongguk.
O moreno queria poder se colocar de pé e caminhar ao menos um pouco, visto que suas pernas já estavam dormentes pela mesma posição há tanto tempo. Porém todas as vezes em que ele tentava fazer isso, a mulher mais no canto daquela sala o repreendia, apontando a arma para ele.
O arrependimento de ter ido atrás do tal Myoga lhe batia na face, tamanha era a sua situação precária naquela sala. Jeongguk sequer achava ser possível ficar pior.
- Ao menos posso beber água? - o Jeon perguntou ligeiramente irritado, não obtendo qualquer resposta - Por acaso vai me manter aqui até que eu morra de fome, sede ou tédio?
A mulher ergueu as sobrancelhas e sorriu de uma forma presunçosa, como se aquela situação lhe divertisse genuinamente.
- Você vai pagar pelo que houve com o meu pai. - ela pronunciou em um inglês arranhado, ganhando a feição tediosa do moreno em resposta.
- Eu não sei quem diabos é o seu pai, eu só vim aqui para pegar uma coisa que está com ele. - Jeongguk declarou mais uma vez, cansado demais para ser mais sutil - Você sequer tem algo contra mim, o que acha que vai acontecer se continuar me mantendo aqui sem nada para me acusar?
Ela abriu a boca para possivelmente cuspir alguma ameaça grandiosa como vinha fazendo nas últimas horas, mas antes mesmo que sua língua lhe ajudasse na pronúncia de qualquer palavra, a porta daquela sala foi aberta revelando um homem bem vestido e olhar quase tão desdenhoso quanto Jeongguk.
- Então a agente Myoga, ataca novamente um membro da família Jeon. - ele declarou tranquilo ao que colocava sobre a mesa uma pasta aparentemente cara - Meu cliente não cometeu qualquer crime, e para que não comece com sua perseguição descabida, mandei que a mantivessem longe dele.
- Acha que poderá tirá-lo daqui? - ela perguntou segurando o punho do homem - Ele veio atrás do meu pai, isso significa que-
- Que o jovem senhor Jeon, veio a pedido de uma carta antiga deixada em testamento. Ele veio apenas conhecer um antigo colega de seu falecido pai, que até onde sabemos, não é considerado um crime. - o homem olhou para a mão dela aguardando que fosse liberto - A senhorita o prendeu como se tivesse cometido algum crime federal, e já lhe adianto que será processada por tal ato.
Jeongguk observava a cena não compreendendo absolutamente nada, mas ainda assim, estava aliviado que alguém havia ido em seu socorro. Por mais que ninguém soubesse para onde ele havia ido, após deixar o hotel em que estava hospedado.
- Me processar? Isso é uma piada? - a mulher questionou incrédula - Vocês são uma família de criminosos, deveriam estar atrás das grades! Não ouse me processar, seu advogado de mer-
- Agente Myoga!
O som bruto e alto do homem de meia idade, soou como um disparo dado em um cômodo minúsculo, tamanha fora a potência vocal com a qual ele a repreendeu.
