Out to hunt

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Chicago parecia nada além de uma cidade triste e fria naquele inverno rigoroso

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Chicago parecia nada além de uma cidade triste e fria naquele inverno rigoroso. As pessoas evitavam sair de suas casas para assuntos banais, os animais de rua que infelizmente não possuíram sorte ao encontrar tutores, se apertavam nas praças onde tambores quentes eram vistos por quem passavam.

O olhar entediado e raivoso do homem que dirigia aquela Mercedes passava por cada cena descrita, como se estivesse assistindo a um filme da vida infeliz das pessoas menos favorecidas.

Jeongguk possuía tanta raiva dentro de si, que duvidava ser capaz de diminui-la caso necessitasse de tal acontecimento. O moreno não queria estar indo passar o Natal com sua mãe, por mais que sentisse sua falta após ter ido morar em Seoul com sua família paterna.

Viver com seus avós o ensinou a dar mais valor a família, a demonstrar mais amor aos seus entes queridos. Ele havia aprendido o valor de um "Eu te amo" após ver como seus avós faziam questão de o dizer todos os dias, não apenas um para o outro. Mas para todos a sua volta.

"Nunca se sabe quando será a última vez."

Seu avô lhe disse um dia, quando o questionou a respeito daquele gesto.

Jeongguk não estava furioso por ter de dirigir com o tempo tão perigoso, não. Ele era um ótimo motorista, especialmente em dias de neve.

Ele estava furioso por ter estado onde tudo aconteceu. Onde ele perdeu ela.

Chicago lhe fazia sangrar por dentro, e não havia nada que ele pudesse fazer para estancar o sangramento.

Faltavam poucas ruas para que ele chegasse ao endereço de sua mãe, quando seus olhos foram rápidos ao identificar algo sendo literalmente jogado diante de seu carro.

- Mas que porr-

O som da freada brusca ecoou pelo local, assustando as poucas pessoas que passavam por ali. Jeongguk certamente teria batido a cabeça contra o volante, se não estivesse usando o cinto de segurança naquele momento.

Suas mãos tremiam após alguns instantes imóvel com os olhos bem abertos, tendo sua mente lhe gritando que havia atropelado algo naquela noite tão escura.

- Por favor que não seja alguém, por favor que não seja alguém... - ele repetia aquelas palavras nervoso, enquanto tirava o cinto de segurança e abria a porta do carro.

Os passos incertos do moreno se detiveram ao estar diante do veículo, tendo os faróis lhe tomando grande parte da visibilidade. Ele se abaixou para ver um montinho azul, encolhido extremamente perto do pneu esquerdo.

Não se movia.

O moreno levou uma das mãos trêmulas de encontro ao montinho, temendo não se tratar apenas de uma pessoa. Ele lhe tocou incerto, e sentiu algo se mover agitado abaixo do que parecia ser um casaco surrado.

When In London 》JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora