O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Durante toda a noite Gaby velou o sono de Simon, a ruiva não conseguiu pregar os olhos após retornar para casa e tomar um banho morno. Tudo o que rondava a mente dela, eram as infinitas possibilidades que Margarida arranjaria para levar Simon embora.
Parte dela queria acreditar que SeokJin não diria uma única palavra a respeito da conversa que tiveram, mas uma parte bem maior acreditava que em algum momento ele contaria tudo com riqueza de detalhes. Não havia rastros de que Gaby pudesse confiar no Kim novamente, especialmente após saber para quem ele trabalhava agora.
Quando os primeiros raios de sol atingiram a face da ruiva, um xingamento baixo deixou seus lábios por conta do incômodo nos olhos. De uma forma cautelosa Gaby saiu da cama de seu irmão, e fechou as cortinas para que ele não despertasse tão cedo.
Com um olhar amoroso a ruiva observou por mais alguns instantes o seu irmão adormecido, e então decidiu ir tomar café da manhã antes que a cozinha ficasse lotada. Normalmente todos acordavam por volta das oito da manhã e como não passavam de seis e meia, Gaby acreditava que encontraria apenas a cozinheira e os motoristas sentados à mesa naquele horário.
— Você está com uma cara péssima. — a voz de Vincenzo assustou a irmã.
— Bom dia pra você também. — Gaby disse seguindo até a jarra de suco — Costuma acordar tão cedo assim?
— Sempre que preciso viajar. — o mais velho comentou enquanto se servia de mais café — Você também não costuma acordar cedo.
Gaby deixou um meio sorriso surgir em seus lábios e moveu os ombros, como se aquilo não fosse nada demais. Ela observou os empregados levemente tensos enquanto preparavam algumas coisas para o café da manhã, e guiou seus olhos para Vincenzo em uma pergunta muda.
— Alguns parentes irão se hospedar aqui, a reunião anual dos Savoia está se aproximando. — ele explicou com uma voz preguiçosa — Esse ano a nossa avó também virá, e isso explica a tensão na casa.
— Devo me preocupar? — Gaby perguntou quase certa de que a resposta seria um sim, mas ainda assim aguardou seu irmão se pronunciar.
No entanto Vincenzo não disse nada, ele apenas riu por detrás da xícara de café e guiou os olhos para o jornal sobre a mesa, acreditando ser mais útil ler as últimas notícias antes de seguir para o aeroporto. Ele estava especialmente feliz por não estar presente na reunião daquele ano, mas lamentava pelas irmãs o infortúnio.
Ter a Nonna Savoia por quinze dias inteiros sob o mesmo teto, não era uma coisa fácil para pessoas de temperamento instável. Especialmente quando ela vinha com dúzias de questões para serem discutidas, esclarecidas e resolvidas. Ele definitivamente estava feliz por ter de passar um mês em Amsterdam.
— Tomoe preciso que prepare a Maserati vermelha, eu tenho que estar em Venice antes do almoço! — a voz elevada de Travis fez com que Guilhermina derrubasse um dos copos no chão — Você está bem? Não pegue isso com as mãos, pode acabar se cortando.
