O que é destino para você?
O que entende por estar fadado a algo, ou alguém?
Ao menos saberia me dizer o que de fato é apenas viver a vida?
Acredito que muitas pessoas responderiam com coisas filosóficas, complexas, e até metafóricas, apenas para...
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Havia uma quantidade significativa de poeira e teias de aranhas em boa parte do Poison, dava-se para ver as longas extensões de teias que iam do teto ao chão em diversas áreas do local.
O cheiro de mofo que invadia o local, provinha de uma infiltração não solucionada há um bom tempo, e até mesmo o quadro de luz havia sido danificado pelos sem teto que invadiram o local após o fechamento.
Ali não havia qualquer sinal do quão grandioso aquele clube já havia sido, e se dar conta disso pareceu deixar Gaby devastada.
— Como esse lugar ficou tão decadente em tão pouco tempo? — a ruiva perguntou a ninguém em específico, e passou o indicador sobre o balcão longo de mármore preto, que ficava no bar.
— Um lugar como esse abandonado aqui em Chicago, chama a atenção dos viciados, fugitivos, sem teto e muitos outros. — Felix comentou enquanto tentava acender as luzes do andar de cima.
— Eu devia ter cuidado do Poison mesmo a distância. — Gaby lamentou — Quanto tempo será necessário para reabrir
Felix a olhou um pouco surpreso pela pergunta, mas buscou não demonstrar. Ele tinha noção de que Gaby estava planejando algo significativamente grande, mas ainda não tinha certeza quanto a perguntar a ela ou não.
Era óbvio que se ela quisesse apenas reabrir o clube, bastava pedir para que alguns dos funcionários de seu pai viessem a Chicago, e resolvessem todos os problemas burocráticos e estruturais. Então ela estar ali pessoalmente correndo incontáveis riscos, tinha um significado maior.
— Precisamos falar com um bom empreiteiro, para ter uma noção dos danos e quanto isso vai custar. — o Lee respondeu enquanto se aproximava dela — Esse clube é importante pra você, não é?
— É sim. — ela suspirou de forma nostálgica — Vou reabrir o clube pela Katherine, ela me deu ele de presente e eu quero honrar a confiança que ela sempre teve em mim. — a ruiva respondeu a pergunta desviando do óbvio — E quero que seja meu sócio, Felix.
— Sócio? Gaby eu nem tenho dinheiro pra–
— Você não vai entrar com o dinheiro. — ela o olhou de forma amigável — Você será responsável por manter o clube funcionando, e me manterá informada de tudo o que acontecer aqui. Será meu sócio igualitário. O dinheiro não importa para mim.
— Tem certeza disso? — o mais alto perguntou bastante surpreso e lisonjeado pela confiança depositada em si.
— A Katy confiava em você, ela sabia que você era de confiança quando me apresentou. — ela sorriu — Você é um dos meus melhores amigos, assim como o Christopher. Confio em você, e por isso estou te propondo a sociedade. Você aceita?
Por mais que Felix não tivesse certeza quanto ao seu regresso definitivo a Chicago, o jovem compreendeu a importância de poder ajudar Gaby naquele momento. Ele tinha consciência de que Travis havia ajudado seu pai há muitos anos atrás, e por mais que ninguém soubesse de sua descoberta ainda na Itália, o loiro resolveu retribuir.
