|| 𝙲𝚊𝚜𝚊𝚍𝚊 𝚌𝚘𝚖 𝚞𝚖 𝚎𝚜𝚝𝚛𝚊𝚗𝚑𝚘 - ᴊᴇᴏɴ ᴊᴜɴɢᴋᴏᴏᴋ || +𝟙𝟠

89° Capítulo

Contei tudo a eles, cada mínimo detalhe, os seis garotos ficaram totalmente perplexos com exatamente tudo. Principalmente na parte em que virei pai.

-Então está dizendo que IU traficava pessoas e drogas? - JHope disse me encarando.

-Isso. - falei.

-E que ela sequestrou sua esposa. - continou.

-S/N, o nome dela era S/N. - disse olhando para baixo.

-Não acredito que IU seja capaz disso, ela não consegue nem matar uma formiga. - Jin comentou.

-Eu sei, me lembro muito bem de como ela é. - falei baixo.

-Foi um sonho totalmente fora da realidade. - Yoongi disse.

....

-Jungkook! Jungkook!!! - ouvi uma voz me chamando.

Senti alguns tapinhas fracos no meu rosto, uma dor insuportável surgiu em minha cabeça, abri lentamente meus olhos, dando de cara com Lexie.

-O-oque aconteceu? - pedi tentando abrir todo o meu olho.

-Você desmaiou. - minha mãe disse.

-NARI! ONDE ESTÁ MINHA FILHA? - gritei me levantando em um pulo.

-Calma, ela está com mamãe no quarto, é hora do mama. - Lexie disse.

-Eu preciso vê-la. - falei rápido, tentando me levantar.

-Jungkook, fica calmo. - papai pediu.

-E-eu tive um pesadelo. - disse baixo.

-Como assim? - mamãe perguntou.

-Nari e S/N, eu sonhei que elas nunca tinham existido. - falei com os olhos cheios de lágrimas.

-Fica calmo cara, sua filha está aqui e é real, ela existe. - ouvi JHope dizer.

-E-eu quero vê-la, sentir ela, por favor. - supliquei já chorando.

-Tudo bem, vem, eu ajudo você. - meu pai disse me ajudando a levantar.

Com a ajuda de meus pais, cheguei no quarto de Nari, a mesma estava tomando seu leite no colo da senhora Grey, que lutava contra as lágrimas.

-Você acordou. - a mulher disse quando me viu parado na porta do quarto.

-Eu quero pegá-la. - falei me referindo a Nari.

-Sente-se primeiro Jungkook, você não tem condições para pegá-la em pé. - mamãe disse.

Assim eu fiz, me sentei na cadeira e senhora Grey colocou o corpinho pequeno de Nari sobre meus braços. Uma sensação de alívio tomou conta do meu corpo, respirei fundo quando a menininha me olhou.

-Eu tive tanto medo meu amor. - falei a olhando.

Fiquei alguns minutos apenas a observando, enquanto dava mamadeira a ela, seu pequeno rostinho lembrava muito o de S/N, e assim, me fazendo lembrar o que havia acontecido com a minha garota.

-Agora somos apenas nós dois meu anjinho. - disse já com lágrimas nos olhos novamente - Eu prometo que vou cuidar muito bem de você, que vou te amar sempre, e fazer de tudo para ser seu pai e mãe ao mesmo tempo. - falei chorando.

Meu coração doía toda vez que pensava em S/N, ainda é extremamente difícil acreditar que ela simplesmente se foi, não conseguia aceitar isso.

-Mamãe me deixou o melhor presente, que é você meu bem. Eu a amo muito, dói tanto, mas eu vou ficar firme por você. - comentei com a menininha que já fechava os olhos.

Olhei em volta, tentando controlar as lágrimas, meus pais e senhora Grey haviam saído a algum tempo, deixando eu sozinho com Nari. Meus olhos pararam num porta retrato, eu e S/N em Malta, nossa lua de mel, estávamos felizes, fazendo tantos planos e agora tudo acabou.

-Eu te amo amor e vou sentir tanta falta sua, mas vou aguentar firme, por nossa princesinha. - susurrei olhando para a foto.

Terminei de alimentar Nana e fiquei a balançando levemente, pensando muito no sonho que tive quando desmaiei, o medo tomou conta de mim, por ter sonhado que nunca conheci S/N ou por Nari nunca ter existido, por um momento me senti aliviado por ser apenas um sonho, mas me lembrei de que minha garota não estava mais aqui e toda aquela dor voltou.

-Oi, precisa de alguma coisa? - Jin perguntou me pescando dos meus pensamentos.

-Só quero ficar perto da minha filha. - respondi olhando para Nari.

-Jungkook, eu sinto muito. - o mesmo disse entrando totalmente no quarto.

-Eu também, você não faz idéia do quanto eu sinto. - confessei sentindo meu peito doer.

-Você não está sozinho, estamos juntos, nós somos uma família e vamos apoiar um ao outro. - o maior falou tentando me confortar.

-Eu sei, obrigado, mas no momento eu só quero ficar com Nana perto de mim. - disse o olhando rápido.

-Entendo, mas por favor, se precisar de alguma coisa nos ligue. - falou fazendo carinho em Nari.

-Eu sonhei uma coisa ruim. - falei e o mesmo me olhou curioso.

-Quer me contar? - Jin pediu e eu assenti.

Contei tudo à ele, que ficou um tanto surpreso, e riu da minha cara quando contei que IU era totalmente diferente do que estávamos acostumados, mas também chorou quando falei que Nari nunca tinha existido.

-Essa é a nossa realidade, tudo aquilo foi um sonho, você é pai Jungkook, o seu maior sonho foi realizado graças a S/N. Somos eternamente agradecidos por ela ter feito você feliz e ter nos dado a nossa Nana. - o mesmo falou me olhando.

-Eu sei, mas queria que ela estivesse aqui. - confessei com a voz embargada.

-Nós também, mas o destino não deixou, então o que nos resta é a nossa memória, lembrar do quanto S/N era boa e gentil, do quanto ela foi feliz com você. - Jin disse.

-Será que com o tempo essa dor vai sumir? - perguntei a ele.

-Eu não sei. - o mesmo respondeu baixo.

-Eu não aguento Jin, dói demais, você não faz idéia. - falei chorando novamente.

-Queria poder fazer com que ela diminuísse, mas não posso, a única coisa que consigo fazer é estar ao seu lado e te apoiar. - o garoto disse me abraçando de lado.

-Sinceramente, a única coisa que me faz querer acordar amanhã é a minha borboletinha. - comentei pondo Nari no berço.

-Seja forte por ela, tenho certeza que S/N fez o que fez para protegê-la, então faça isso valer a pena. - Jin disse calmo.

-Você viu a gravação? - perguntei e o mesmo assentiu.

Nas imagens da câmera de segurança do hospital, vimos S/N conversar com IU e JongSu, não tinha áudio, mas percebi que quando meu primo se direcionou em direção delas, a mesma gritou e se virou de costas, tentando proteger Nari, e ali eu vi que minha garota apenas protegeu nossa filha.

-Jin, eu sinto que S/N não morreu, ainda tenho esperanças de que ela será encontrada. - falei baixo.

-Jungkook, não entra em negação, isso será pior. - o mesmo falou.

-Eu sei, mas meu coração diz que ela sobreviveu. - comentei e o mesmo respirou fundo.

-Tenho que ir, os meninos estão me esperando, vamos para empresa treinar. - o garoto disse e deu uma tapinha nas minhas costas antes de sair.

-Eu sei que a mamãe não morreu, eu sinto isso. - comentei com Nari, que dormia tranquilamente.