|| 𝙲𝚊𝚜𝚊𝚍𝚊 𝚌𝚘𝚖 𝚞𝚖 𝚎𝚜𝚝𝚛𝚊𝚗𝚑𝚘 - ᴊᴇᴏɴ ᴊᴜɴɢᴋᴏᴏᴋ || +𝟙𝟠

92° Capítulo

*S/N on*

-Você disse que pescadores me trouxeram para cá? - pedi a Collin quando chegamos no meu quarto novamente.

-Sim. - respondeu simples.

-Disseram algo? Como me encontraram? - perguntei o olhando.

-Só nos disseram que você se envolveu em um acidente, apenas isso. - disse me olhando.

-Você os conhece? - perguntei e o vi assentir.

-Um deles é meu pai. - respondeu sorrindo.

-Quero o agradecer, mas pessoalmente, poderia dizer isso a ele? - pedi.

-Claro, ele ficará feliz. - comentou.

-Eu vou ser eternamente agradecida a ele e os outros, e claro, vocês daqui também. - falei baixo.

-Espero que nos leve para conhecer a Coreia. - brincou me fazendo sorrir.

-Eu levarei, assim que conseguir voltar para minha família. - disse sorrindo.

-Seu marido é um cara de sorte. - comentou me olhando.

-Como assim? - pedi confusa.

-Você é uma pessoa incrível e só faz algumas horas que nos conhecemos. - respondeu rindo.

-Obrigado. - agradeci sem graça.

-Bom, eu tenho que ir, doutor John logo voltará e verá os resultados dos exames, mas creio que estão tudo em perfeita ordem. - disse dando um sorriso fechado.

-Ok! Muito obrigado Collin. - falei o olhando.

-Bill, me chame apenas de Bill. - o homem disse simpático.

-Tudo bem, obrigado Bill. - falei sorrindo.

-Até amanhã. - disse saindo do quarto.

Como não tinha nada para fazer, liguei a TV e assisti um pouco, na verdade, não prestava atenção no que as pessoas falavam, apenas queria uma "companhia", fiquei o tempo todo imaginando como Jungkook e Nari estariam, já faz três meses que eu sumi.

Por um momento me questionei se Jungkook havia me procurado, ou se ainda me procurava, mas já faz meses e talvez, para eles, eu estou morta. Não julgaria ou ficaria brava se o mesmo seguisse em frente, afinal, eu sumi, mas conhecendo Jungkook, o amor que ele sente por mim, não sumiria em três meses.

Me perguntava também como Nari está, tenho certeza que ótima, já que Jungkook tem os meninos e nossos pais, eles o ajudariam em tudo, e o garoto estava preparado para a paternidade, muito mais que eu. Dormi imaginando nosso reencontro, eu pegando novamente minha pequena no colo, olhando Jungkook com aquele sorriso maravilhoso, era tudo que eu queria, tudo que eu precisava nesse momento.

*Jungkook on*

-Ei! Jungkook, acorde! - acordei com Lexie me chacoalhando.

-O que? Nari está bem? - perguntei atordoado.

-Ela está dormindo tranquilamente, diferente de você. - a mesma disse me olhando preocupada.

-Como assim? - pedi confuso.

-Você estava gritando, chamando por S/N, não se lembra? - perguntou

-E-eu estava sonhando com ela. - disse meio tonto.

-Está até suando. - a garota comentou me alcançando uma toalha, para secar minha testa.

-Ela está viva Lexie. - falei a olhando - E-eu sonhei que S/N estava em um hospital.  - contei vendo a mesma suspirar.

-Jungkook... - Lexie disse baixo.

-S/N sobreviveu, eu sinto isso Lexie, acredita em mim. - falei vendo a mesma fechar os olhos e respirar fundo - Ela estava num hospital, dormindo, tinha alguns machucados no rosto e braços, mas estava viva. - completei nervoso.

-Escuta, eu disse a você que também acredito nisso, mas não podemos ficar alimentando uma coisa que talvez seja só coisa da nossa cabeça. - a mesma disse com pena.

-M-mas.. - tentei falar mas Lexie me interrompeu.

-Se S/N estiver viva, ela dará um jeito de voltar para casa, mas enquanto isso não acontecer, temos que continuar vivendo, por ela e por Nari. - a garota falou me dando um sorriso fechado.

-Eu sei, Nari é minha prioridade agora. - respondi baixo.

-Quer que eu traga ela para dormir com você? Por mais que eu não queira, você está precisando mais do que eu. - disse dando um riso nasal.

-Quero, quero muito. - falei sorrindo.

-Vou trocar a fralda e logo ela estará aqui. - disse saindo do quarto.

Me levantei rápido e fiz uma mamadeira para a pequena, tinha certeza que quando Lexie mexesse nela, a mesma choraria e somente o leite a acalmava.  Depois que preparei o mama logo voltei para o quarto, escutando o choro estridente da minha Nana.

-Nari é tão calma que até tinha esquecido como era o choro dela. - Lexie comentou me entrando a pequena.

-Ela odeia que a acordem. - falei rindo.

-Outra coisa que herdou do pai, me lembre de nunca mais fazer isso. - a mesma disse indo para a porta

-Obrigado. - falei e vi a garota assentir.

Me arrumei sobre a cama, ainda sentado, olhando Nari mexer suas pequenas mãozinhas enquanto mamava, seus olhos estavam abertos, fixos em mim, me fazendo sorrir.

-Você também acha que mamãe está viva meu amor? - perguntei a garotinha que não respondeu, óbvio.

-Eu acho, na verdade, tenho certeza, mas sua tia está certa, enquanto S/N não aparecer eu tenho que focar em você, meu pedacinho. - disse vendo a mesma fechar seus olhinhos.

Me levantei com a pequena, indo até a cozinha, devagar, apenas para levar a mamadeira até a pia e dar tempo para Nari arrotar. Voltei para o quarto e fiquei a balançando levemente, até a mesma dormir completamente, logo a colocando na cama.

-Eu amo você minha vidinha. - disse deixando um beijo na testa da pequena.

Cobri Nari, e aproveitei para ir no banheiro, logo me deitei ao seu lado, fazendo carinho nos poucos fios de cabelos que a menininha tinha.

-E você também meu amor. - comentei olhando para um quadro de S/N e eu, do nosso casamento.