Capítulo 18

1K 71 14
                                    

Passei os dias falando com ela, as vezes falávamos por vídeo as escondidas, eu amava o sorriso tímido dela. Ian estava cuidando da Emy e ela estava bem, sairia do hospital na quinta de manhã embora ela já quisesse sair. A Bella ainda está suspensa da escola até a quarta pelo que fez com a Betina e com a diretora Jansen. Eu pensava o tempo todo na Priscilla, eu me sentia com 12 anos, ansiosa para um jantar e uma possível noite de sexo. Betina estava bem, a glicemia estava legal, desmaiou uma vez, mas uma injeção resolveu. Ela foi pra casa do pai dela, fizemos um esquema, eu teria sempre em casa a medicação, o Rodrigo teria, a escola teria. Era melhor estarmos preparados. Eu fui no colégio dela levar o atestado e já deixei uma medicação com a enfermeira de lá e falei com a diretora sobre tudo. Fui ao shopping comprei um vestido novo, aproveitei e passei num salão, cortei as pontas do cabelo, fiz uma hidratação e escova, fiz unha também, sobrancelha, precisava me cuidar. Fui na minha depiladora favorita que uma amiga me indicou e eu estava preparada para uma noite incrível. Tomei um longo banho de banheira, hidratei todo o meu corpo, me maquiei, coloquei uma lingerie bem bonita, o vestido e um salto perfeito, peguei uma bolsa que combinava e logo meu celular tocou era ela. Passei meu perfume e sai de casa. Eu desci e entrei no carro.

Eu: Oi...

Pri: Oi... Nossa, que linda e que cheirosa – me deu um selinho demorado.

Eu: Você também está linda e muito cheirosa.

Pri: Obrigada. – sorriu. Fomos para o restaurante conversando trivialidades e logo chegamos. Era um lugar novo e muito bonito. Sentamos numa mesa com uma vista bonita para a praia, fizemos nossos pedidos, escolhemos um vinho. – Eu estava ansiosa pra te ver. – pegou na minha mão.

Eu: Eu também estava, muito ansiosa pra te ver. Sentir seu toque, seu cheiro.

Pri: Eu falei pra Emilly que estou me sentindo uma adolescente – riu.

Eu: Eu estou me sentindo assim também. Mas com o sentimento de que eu estou fazendo o que eu devo. Que eu estou sendo feliz e que eu mereço essa felicidade. Nós merecemos essa felicidade.

Pri: Eu fiquei pensando que a gente nem procurou muito, a gente já se encontrou e já estamos assim tão rendidas.

Eu: É, eu pensei isso também. Mas Pri, somos médicas e somos mães, não temos muito tempo para procurar – demos risada.

Pri: É verdade. – nossos pratos chegaram. O jantar estava delicioso e boa parte dele não falamos nada, apenas trocamos olhares. Pedimos uma sobremesa para dividirmos, ela pagou a conta e fomos embora. – Chegamos.

Eu: Quer subir?

Pri: Se não tiver problemas...

Eu: Nenhum. Minha filha volta só quinta.

Pri: E a minha está com a minha mãe. – sorriu.
Eu: Pode colocar o carro no estacionamento de fora, é para visitantes e é seguro. – ela foi até a portaria e o porteiro me viu falei com ele e ele liberou a entrada. Meu apartamento era num condomínio de prédios de luxo e era o primeiro prédio do condomínio. Cada prédio possuía um estacionamento para carros de visitantes dentro do próprio condomínio para segurança. Entramos no prédio e entramos no elevador, ela me puxou e me beijou. O gosto do vinho ainda era bem presente em seus lábios. Logo a porta se abriu e saímos do elevador, abri a porta do meu apartamento e entramos.

Pri: Muito bonito, bom gosto.

Eu: Obrigada. Ainda não está do jeito que eu quero, mas não estou muito preocupada com isso, porque pretendo comprar uma casa. Quer beber alguma coisa?

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora