Capítulo 93

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Ficamos conversando um tempo e os ônibus chegaram. Logo elas vieram animadas como sempre.

Betina: Mãe – pulou em mim.

Eu: Você é pesada filha...

Betina: Tá me chamando de gorda?

Eu: Não. Mas você é pesada. Que saudade da minha menina – a beijei toda.

Betina: Eu também estava com saudade. Cadê a Pri?

Eu: Em casa. – ela desceu do meu colo. – Oi minha linda – abracei a Bella e ela começou a chorar.

Bella: A mamãe contou pra ela né?

Eu: Sim... Mas vai ficar tudo bem, não chora. Ela está muito brava, você conhece sua mãe, você é a bebê dela, a única filha dela. Ela está muito surpresa e chocada. Mas vai passar. Vamos pra casa vem... – nos despedimos de todos e fomos para o carro. Logo chegamos em casa a Pri estava temperando uma carne para o almoço, a Nazaré estava de férias.

Betina: Oi Priiiiiii... – gritou.

Pri: Oi linda... Como foi de acampamento?

Betina: Foi ótimo, ganhei uma medalha, esfolei o joelho, arranquei a tampa do dedão do pé chutando uma bola no cimento, desmaiei, mas foi tudo ótimo. – falou sorrindo e eu olhei pra ela.

Eu: Se isso foi ótimo o ruim seria a morte né minha filha – a olhei assustada.

Pri: Caramba, a gente quase recebeu um corpo então – riu.

Betina: Relaxa dona Natalie, coisa de adolescente em férias, meu dedão está legal, logo melhora, o esfolado no joelho está melhorando também e nem foi grande coisa, e o desmaio a Bella me trouxe de volta a vida. - sorriu. Minha filha tem problemas sérios. Sem condições pra ela.

Eu: Teve convulsão?

Betina: Não.

Bella: Teve.

Betina: Bocuda.

Eu: Betina... O que eu te falei sobre a alimentação?

Betina: Foi mal mãe, mas foi rápido. Foram quantos segundos mesmo? – olhou pra Bella.

Bella: 37 segundos. Glicemia dela foi a 35. Oi mãe – falou sem graça.

Pri: Oi filha... – falou sentida.

Eu: Vamos subir filha? Você desfaz essa mala, coloca a roupa suja no cesto me conta como foi o acampamento.

Betina: Vamos... Pri, não mata minha lazarenta tá? Por favor... Eu te amo. Você é minha mãe agora, e ela é minha irmã. Eu não quero te visitar na cadeia, e nem visita-la no cemitério. A gente é adolescente e faz merda mesmo o tempo todo. E se você mata-la quando eu quase morrer, ninguém vai me ressuscitar.

Eu: Cala a boca Betina – falei entredentes.

Betina: Bella eu te amo, e eu ajudo a negociar os termos da sua libertação. – a Pri deu risada dela e a gente subiu e entrou no quarto dela.

Eu: Você não muda né filha?

Betina: Só quis deixar o clima mais leve mãe. A Pri estava com uma faca na mão e pra faca parar no pescoço da Bella não ia custar muito você sabe disso.

Eu: Você sabia de tudo isso?
Betina: Soube no acampamento. Ela ficou triste os três dias em casa ai no acampamento teve uma atividade no primeiro dia que ela não participou ai fui no chalé e ela estava lá sozinha e me contou tudo. Eu não sabia que os dois estavam transando mãe e mesmo se eu soubesse eu não contaria a vocês, não é da minha conta é a vida dela, não posso me meter nisso.

Eu: E você?

Betina: O que tem eu? Se eu sou virgem? De garotos sim, mas de garotas você sabe que eu namorei a Marina né mãe e não era um namoro santo e você sabe como meninas transam, com o dedo lá e...

Eu: INFORMAÇÃO DEMAIS BETINA CHEGA...

Betina: Você que perguntou ué... Olha meu dedo – me mostrou o dedo dela.

Eu: Que coisa horrível, isso vai cair.

Betina: O Pedro falou a mesma coisa. Mas vai ficar tudo bem. Saiu muito sangue.

Eu: Vamos limpar direito e fazer um curativo tá...

Betina: Tá... Mas vamos deixar a porta do quarto aberta que no primeiro grito a gente desce correndo pra salvar a Bella ou recolher os restos dela.

Eu: Ai filha você é horrível... – rimos...

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Betina não vale uma codorna kkkkkkk

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora