NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTA

Capítulo 25

Na segunda feira eu a deixei no colégio e ela nem se despediu de mim. Desceu do carro, bateu a porta que ela sabe que eu odeio e foi em direção a entrada do colégio encontrando com o Pedro e a Marina. Logo chegou no hospital encontrei a Diorio no estacionamento.

Diorio: Bom dia.

Eu: Bom dia.

Diorio: Que cara é essa?

Eu: Cara de quem tem uma filha que me odeia porque eu não contei a ela que namoro com a Natalie Smith mãe da inimiga ela declarada dela. – suspirei.

Diorio: Se assumiram? – parou.

Liz: Quem assumiu quem? Bom dia... – apareceu no corredor quando entramos.

Diorio: Pri e Smith.

Liz: Não? Sério?

Eu: Sério – contei a elas.

Liz: Ai que legal, vocês fazem um lindo casal – o pager dela tocou – Tenho que ir, tenho um parto agora, parece que todas as mulheres do Rio entraram em trabalho de parto ao mesmo tempo. São sete e meia e eu já fiz três – saiu correndo.

Diorio: Espera ai – parou colocando a mão no estômago.

Eu: O que foi? Está passando mal?

Diorio: Eu estou tendo um enjoo todo dia nesse horário, está bem na hora... – respirou fundo.

Eu: Mas porque você... – tive um estalo – Mentira...Você tá grávida?

Diorio: Gravidíssima... Tão grávida que são dois... – fez o 2 com os dedos.

Eu: Não... – eu estava chocada. – E o que o Rafael está achando disso?

Diorio: Ele está nas nuvens né? Sempre quis ter mais filhos e eu sempre quis ter só um. Ai a mãe natureza de pirraça botou dois na minha barriga de uma só vez, depois de 15 anos.

Eu: De quanto tempo? Quando descobriu?

Diorio: Já estou com 14 semanas, eu estava menstruando normal, mas passei mal numa cirurgia, se não tivesse de mascara ia vomitar no cérebro de uma pessoa – eu ri – Ai os enjoos, as mudanças de humor, e a Liz falou que estou grávida que grávidas tem um cheiro diferente que só pediatras, obstetras e cirurgiãs fetais sentem, coisas de Liz. Ai eu abri as pernas pra ela e tchanan... dois bebês numa só tacada.

Eu: Achei que usasse DIU.

Diorio: E eu usava, até que eu tirei para usar outro contraceptivo por estar usando DIU a muito tempo e nesse espaço de tempo uma maldita camisinha furou.

Eu: Rafael é bom de mira.

Diorio: Até demais...

Eu: E o que o Pedro está achando disso?

Diorio: Ele odiou, ai ele amou, ai ele odiou, ai ele amou outra vez, ai até a hora que eu o deixei no colégio ele estava odiando, até meio dia ele vai amar de novo então essa pergunta é um pouco difícil de responder.

Eu: Passou o enjoo?

Diorio: Passou. Quero um sorvete.

Eu: As 7:30 da manhã?

Diorio: Sim. E batata frita.

Eu: Meu Deus...
Diorio: Te vejo mais tarde. – foi para a lanchonete do hospital. Fui para a minha sala, me troquei, passei visitas no corredor encontrei a Natalie.

Eu: Oi amor. – dei um selinho nela.

Nat: Oi amor... Tchau amor, tenho que correr pra uma cirurgia.

Eu: Ok... Eu gosto de ver minha namorada a cada 48 horas.

Nat: Eu também... – gritou enquanto corria. Eu atendi até as 13 horas e parei pra almoçar. A Emilly ia buscar a Bella no colégio e as duas iam escolher o vestido dela pra festa. Quando acabei de me servir a Natalie veio também se serviu e sentou comigo. Logo a Diorio veio. – Tem certeza que vai comer isso?

Eu: Acho que agora eu que estou enjoada... – ela colocou lasanha, feijoada, bacon, frango frito, salada, peixe e manga no mesmo prato.

Diorio: Eu estou com desejo.

Nat: Tá grávida?

Eu: Tá... De 2 amor.

Nat: Uau... A gente vai ter bebês? – me olhou.

Eu: A gente quer ter bebês? – a encarei.

Nat: Eu engravido numa boa.

Eu: Eu nem sei se posso, mas se você puder eu topo – sorri.

Nat: Legal...

Diorio: Acho que vocês estão indo rápido demais... Vocês se conhecem a menos de um mês e já namoram, suas filhas se odeiam, e tem uma grande chance de terem se matado no colégio hoje na frente de todo mundo e já estão falando de bebês?

Eu: É... Um pouco cedo.

Nat: Foi empolgação.

Eu: Mas ainda está em pauta.

Nat: Está... – piscou pra mim. A gente almoçou conversando eu tinha uma hora pra descansar e ela também. Fomos para um jardim nos fundos do hospital e nos sentamos num banquinho que tinha lá.

Eu: Hoje está fresco. Queria dormir, mas tenho uma cirurgia daqui a pouco se meu sono for interrompido, eu vou ficar lerda a cirurgia toda e eu não posso cometer nenhum deslize.

Nat: Deslizes acontecem.

Eu: Mas nesse caso eu mato o paciente e o paciente tem 6 meses.

Nat: Melhor ficar acordada... – deitou no meu ombro.

Eu: Quer mesmo ter bebes?

Nat: Gostaria.

Eu: Eu também acho legal. Não sei se posso gerar, mas acho legal.

Nat: Por que acha que não pode? Você teve a Bella e você é mais nova que eu.

Eu: Quando sofri o atentado no Iraque, eu fiquei muito ferida e passei por muitas cirurgias. Então eu posso ter desenvolvido aderências. Eu não tenho uma das trompas, eu perdi por causa disso. Isso não me impede de engravidar, mas o que sobrou por ter sido lesionado.

Nat: Ah tá entendi... A gente dá um jeito. Eu engravido, a gente adota.

Eu: Sim – demos um selinho.

Nat: A gente está exagerando demais.

Eu: Também acho – demos risada.