Chegamos no hospital, o Ian que a recebeu e foi cuidar dela pessoalmente e o Rodrigo foi fazer a ficha dela. Fizeram exames e logo que abriram a porta da sala que ela era atendida, vi um residente a intubando. Eu comecei a chorar e abaixei a cabeça.
Ferraro: Eles... Estão intubando ela, o que está acontecendo Natalie, vai até lá você é médica. – falava nervoso.
Eu: Ela provavelmente está em coma ou teve uma parada Rodrigo, ela não respira sozinha agora. Assim que ela conseguir, eles tiram o tubo calma, eu não posso fazer nada eu não posso tratar dela, eu sou a mãe dela agora e não a médica – chorava. Dez minutos depois chegou a namorada/noiva dele, Roberta.
Roberta: Amor, o que houve? Como ela está? – os dois se abraçaram.
Ferraro: Natalie, essa é a Roberta minha noiva.
Eu: Prazer – falei com um sorriso sem mostrar os dentes. Ela se sentou do meu lado.
Roberta: Prazer Natalie. Momento ruim para apresentações né? Mas como ela está?
Eu: Ela foi intubada, mas não sei ainda o que aconteceu. Deve ter sido uma parada, ou um coma. Eu não sei ainda... Ela não tem uma crise a uns 6 anos, não faz sentido, eu não estou entendendo nada. – chorava.
Roberta: Calma, ela vai ficar bem. – segurava a minha mão. Ela era uma boa pessoa, e estava realmente muito preocupada. Logo o Ian veio e eu me levantei.
Ian: Ela foi intubada, ela não estava conseguindo respirar, não foi parada cardíaca. Ela ainda está em estado comicial por causa da convulsão e Natalie, o açúcar no sangue dela está absurdamente baixo. Mais um pouco ela estaria morta. Ela está no soro glicosado, e nas medicações necessárias, vai pra UTI agora, você pode ficar com ela lá se quiser.
Ferraro: Mas UTI, ela está grave assim?
Ian: A UTI é só porque ela está intubada. Ela precisa ser observada. Assim que ela sair da intubação ela vai para o quarto. Acredito que em algumas horas, as medicações precisam fazer efeito ai ela estabiliza. E o Glucagon vai voltar pra vida dela. Ela não vai estabilizar a hipoglicemia com facilidade depois de tantos anos sem uma crise. Quando ela acordar, uma endócrino vai falar com ela, pra saber onde a alimentação dela está deficiente, para descobrirmos o por que disso. Uma convulsão de um minuto e meio na idade dela é muito perigoso. – fomos para a UTI o Rodrigo ia voltar mais tarde quando ela saísse da UTI. Então ele e Roberta foram embora. Eu me sentei ali e fiquei com a minha filha. Quatro horas mais tarde ela começou a rejeitar o tubo. Eu chamei a enfermeira que chamou o Ian que tirou o tubo dela. Ela chorava muito, estava assustada. Um endócrino conversou com a gente explicou muitas coisas baseados no tipo sanguíneo dela e na metabolização de açucares no corpo dela. A convulsão nesse começo e os desmaios poderiam ser mais frequentes até o organismo dela de ajustar. Ela teria que fazer checagem da glicemia dela pelo menos 3 vezes ao dia. Quando era pequena isso era um terror em casa. Ela chorou muito ouvindo o médico falar. Deram uma medicação pra ela dormir e a mandaram para o quarto. O Rodrigo com a Roberta chegaram lá era meia noite e meia.
Ferraro: E ai como ela está? – expliquei tudo a eles.
Roberta: E por que isso agora Natalie? Ela estava bem.
Eu: O endócrino disse que pode ser por causa das mudanças hormonais dela. Ela tem quase 15 anos, o metabolismo dela está mudando, os hormônios estão acelerando, então está mexendo com tudo. Ele acredita que foi um caso raro de metabolismo acelerado de açucares. E a Betina não come doces, ou qualquer outra coisa que vire açúcar no organismo dela em excesso, então o açúcar dela abaixou extremamente rápido e o corpo reagiu na convulsão. Ela vai ter convulsões, perdas de consciência até o corpo dela se acostumar com tudo de novo.
Ferraro: Então vai ter que voltar com o medidor de glicemia e com o Glucagon né?
Eu: Vai... – ele suspirou. – Vai ser difícil isso Rodrigo. Agora ela é moça, mas quando era pequena, ver a glicemia dela era quase uma sessão de tortura. – olhamos pra ela e ela convulsionou de novo. – Não, não, não, não – toquei a campainha. E a virei de lado com a ajuda do Rodrigo. Logo as enfermeiras vieram, uma foi chamar o médico e a outra veio ajudar a aspirar, para ela não sufocar com a saliva.
Ferraro: 57 segundos. – Roberta estava assustada num canto vendo tudo. O Ian veio.
Ian: Era esperado, você sabe né?
Eu: Sim...
Ian: Ela não vai poder ficar sozinha alguns dias, porque pode acontecer a qualquer momento... – falou algumas coisas, a medicou e saiu. Ela dormiria a madrugada toda. Eu ia mandar mensagem para a Priscilla, mas ela deveria estar exausta. Eu também estava exausta. Meu corpo pedia por descanso.
Roberta: Natalie, vai descansar, você está exausta. Eu fico aqui com ela, o Rodrigo vai ficar também. A gente tá descansado, vamos ficar de olho. Vai dormir um pouco.
Eu: Eu não consigo dirigir. Vou dormir num dos quartos de plantão, qualquer coisa me chamem.
Ferraro:Tá bom... –dei um beijo na minha filha e fui para um dos quartos de plantão tranquei aporta e me deitei. Chorei um tempo e acabei adormecendo. Acordei já eram seisda manhã. Dei um jeito no cabelo fui até o banheiro agradeci a Deus pela minhanécessaire estar na minha bolsa, lavei o rosto escovei os dentes. Não fiznenhuma maquiagem. Sai de lá e fui até a cantina comi um misto quente e tomeium café. Peguei um cappuccino para o Rodrigo e um para a Roberta e um pedaço debolo também. Minha filha tinha dito que ela gostava disso de manhã então leveipara eles.
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NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 34 anos sou médica neurologista chefe de departamento no hospital Copa D'Or. Moro num condomínio no Leblon. Sou divorciada a 5 anos de Emily Marie Parker, ela tem 35 anos e é Ranger da Army nos Estados Un...