Capítulo 67

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Priscilla não falava nada apenas me encarava as vezes. Logo chegamos ao velório. Na portaria tinha alguns repórteres. O Rodrigo era um empresário conhecido, as especulações eram muitas. Um segurança veio até o carro.

Segurança: Senhoras, a entrada está controlada por causa dos repórteres.

Pri: Estou com a ex mulher do Rodrigo e a filha dele no carro.

Segurança: Espera só um minuto que vou pedir apoio para entrarem tá?

Pri: Obrigada. – fechou o vidro. O carro era fotografado o tempo todo. Betina escondeu o rosto no pescoço da Helena embora o carro fosse com vidros bem escuros aqueles flashs todos era incômodo. Logo vieram alguns seguranças que se posicionaram em volta do carro, o portão foi aberto e a Pri entrou. Ficamos um minuto dentro do carro acho que criando coragem para sair. – Vamos?

Eu: Sim... – saímos do carro abri a porta de trás a Betina saiu e me abraçou e eu fui com ela assim abraçada a mim. Chegamos na capela, tinha bastante gente da família. Muitos eu não via a muito tempo. Eu não cumprimentei ninguém além dos tios dele e da Roberta e a mãe dela que já estavam lá. Quando Betina viu o pai ela entrou em desespero. Ela o beijou, fez carinho, falou com ele. Meu coração estava em pedaços. Eu não queria ver minha filha passando por nada daquilo, era doloroso demais. Ela sentou na cadeira do lado do corpo do pai e ficou fazendo carinho na mão dele. Eu sai dali e me sentei do lado de fora com a Priscilla e as meninas.

Pri: Quer comer alguma coisa? Não comeu quase nada hoje.

Eu: Não, eu estou bem – dei um selinho nela. – A hora não vai passar hoje.

Pri: Vai ser uma madrugada e um dia bem longo mesmo.

Eu: Não quero que a Betina fique aqui a madrugada toda, isso não vai ser bom.

Pri: Será que ela vai querer sair daqui amor?

Eu: Não sei... – ficamos ali até as 3 da manhã. Eu entrei na capela de novo, Betina estava do mesmo jeito. Fazendo carinho nele e chorando em silêncio. – Filha vamos pra casa? Descansar um pouco, a gente volta cedinho.

Betina: Eu não vou sair daqui mãe. – respondeu sem me olhar.

Eu: Betina...

Betina: Eu não vou sair daqui... – respondeu antes que eu falasse qualquer coisa.

Eu: Tudo bem. – sai dali. – Ela não quer ir amor. Leva as meninas embora eu vou ficar aqui com ela.

Pri: Não quer ir descansar? Eu deixo as meninas em casa, deixo você em casa e volto pra cá pra ficar com ela.

Eu: Não. Eu estou bem, eu não vou deixa-la aqui.

Pri: Vou levar as meninas e volto tá?

Eu: Tá bom... – nos abraçamos, as meninas se despediram da Betina falando que voltariam de manhã e a Pri as levou pra casa. A Bella ia dormir na casa da avó. A madrugada se passou lenta, fiquei repassando tudo que o Rodrigo me falou quando esteve lá em casa. Minha cabeça estava fervendo. De manhã por volta de oito horas o Ian chegou lá com a Buiar, e logo chegou a Liz. – Filha vamos tomar um café, precisa comer alguma coisa.
Betina: Não quero nada mãe. Eu estou bem.

Letícia: Betina, vai comer alguma coisa, você não saiu daqui nem pra ir ao banheiro. Precisa esticar o corpo, se alimentar senão você não vai aguentar. Faz isso pelo seu pai meu bem... – se abaixou para falar com ela. – Vai com a sua mãe... É rápido. – ela assentiu e eu a ajudei a se levantar. Ela quis ir ao banheiro primeiro e de lá fomos pra cafeteria ali do velório. A Pri pediu, suco, café, misto quente e uma vitamina pra ela. Ela comeu a metade do misto, tomou o café, a metade do suco e a metade da vitamina. Ela bocejou, estava cansada.

Pri: Quer dormir um pouquinho?

Betina: Não quero sair daqui.

Pri: No carro. A gente fica lá com você.

Betina:Tá... –fomos para o carro. Eu entrei no banco de trás com ela e ela deitou no meucolo. Não demorou muito e ela dormiu. Eu acabei cochilando com ela também.Acordei duas horas depois, ela ainda dormia. A Pri não estava no carro estavado lado de fora falando no telefone. Logo a Betina acordou queria voltar pralá. Voltamos e ficamos o resto da tarde. A Roberta chegou para a missa de corpopresente em seguida seria o enterro. 

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora