Capítulo 92

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NATALIE NARRANDO...

Nossa viagem estava maravilhosa. Eu já estava bronzeada e a Pri pegou uma insolação no nosso último dia na praia. Eu ri, mas sabia que era errado rir disso. Eu dei uma saída fui até uma farmácia, sabia que levar um receituário carimbado serviria para uma emergência. Comprei soro, cateter, algumas medicações que eu ia precisar numa farmácia especializada. Logo cheguei no hotel pedi um suco de laranja e uma sopa pra ela e subi. Deixei tudo preparado do lado.

Eu: Amor... Acorda...

Pri: Eu estou com dor de cabeça.

Eu: Vou te colocar no soro precisa de hidratação. – ela olhou tudo que eu comprei.

Pri: Onde conseguiu tudo isso? Soro, cateter, seringa, luvas... Natalie? – me olhou sem entender.

Eu: As vezes eu acho que você esquece que eu sou médica também e é sempre bom ter umas folhinhas de receituário carimbado em viagens em caso de emergência e olha só, temos uma emergência. Consegue sentar? – ela tentou.

Pri: Não, senão eu vou vomitar de novo. – eu coloquei as luvas, preparei as medicações numa seringa primeiro, depois peguei um cabideiro do quarto e coloquei do lado da cama. Coloquei o cateter venoso nela apliquei a medicação primeiro depois coloquei o soro e pendurei.

Eu: Comprei 3, quando tudo acabar você vai se sentir melhor tá? – dei um beijo na testa dela.

Pri: Eu quero um beijinho na boca – fez bico.

Eu: Eca, jamais, você vomitou a manhã toda.

Pri: Preconceituosa... Você fez um juramento. Na saúde e na doença – eu entrava no banheiro e gritei.

Eu: Na saúde e na doença eu estou cumprindo, ninguém falou na saúde, na doença e no vômito. – dei risada. Depois de um tempo trouxeram meu almoço e a sopa dela. Ela comeu pouco, mas tomou todo o suco. Eu arrumei as nossas malas durante a tarde, troquei o soro dela. Ela dormiu o dia inteiro, não vomitou mais. A noite depois do ultimo soro ela estava bem melhor, tomou um banho de banheira, pedi o jantar no quarto, ela conseguiu comer bem.

Pri: Desculpa não te dar uma ultima noite de núpcias decente... – me abraçou por trás.

Eu: Amor, você me deu dias incríveis aqui e vamos ter muitos outros dias e noites incríveis pela frente. Eu te amo – dei um selinho nela.

Pri: Agora não está com nojo de mim.

Eu: Agora você está limpinha – rimos. – Boa noite, te amo.

Pri: Boa noite, te amo. – no dia seguinte fizemos check out as 11 horas da manhã, nosso voo era as 13 horas. Algumas horas depois estávamos no Rio. As meninas ainda estavam no acampamento, ficariam por mais 3 dias. Colocamos roupas para lavar, colocamos os presentes que compramos para as meninas nos quartos delas, guardamos o que não usamos. Fomos separar presentes, colocar no lugar, trocar o que era repetido. Passamos esses três dias assim, colocando nossa vida em ordem. A noite a Emilly foi lá em casa levar os nossos vestidos que ela tinha ficado responsável de levar para lavanderia.

Emy: Oi gente, busquei o vestido e esqueci de deixar aqui os dias que fiquei cuidando das meninas. – nos cumprimentou colocando os sacos com os vestidos no sofá.

Pri: Sem problemas.

Eu: E deu tudo certo com elas aqui?

Emy: Deu sim. – falou um pouco estranha. Tinha algo errado.

Pri: O que foi Emilly?

Emy: O que? Nada.

Pri: Você ficou estranha. As meninas brigaram? O que aconteceu aqui?

Eu: Elas fizeram alguma coisa errada algo que magoou você?

Emy: Eu peguei a Bella transando com o Lucas no quarto que vocês trocaram de roupa quando foram embora – falou de uma só vez. Era uma informação muito séria, para ser dada assim no tapão.

Pri: E por que você não me ligou na hora Emilly? – falou trincando a mandíbula.

Emy: Você estava provavelmente transando com a sua esposa na sua noite de núpcias e não seria eu que iria estragar a lua de mel de vocês. Eu briguei com ela, falei horrores na cabeça dela o quanto fiquei magoada de ver o que eu vi e ela vai marcar uma consulta com a Liz assim que voltar do acampamento.

Pri: Eu acho melhor ela marcar uma consulta com um legista pra reconhecer o corpo dela isso sim... - ela estava vermelha que parecia que ia explodir.

Eu: Priscilla...

Pri: Natalie, não defende...

Eu: Não vou defender, porque ela deveria ter te contado o que estava fazendo ou se foi a primeira vez enfim... Mas já aconteceu e mata-la por isso não vai resolver nada e nem vai mudar o que houve.

Emy: Ela disse que não é mais virgem a algum tempo, mas que não contou antes por que ficou com medo.

Pri: ELA TEM 16 ANOS, COMO ASSIM ELA NÃO É MAIS VIRGEM A ALGUM TEMPO? PELO AMOR DE DEUS O QUE ESTÁ ACONTECENDO NESSA CASA? – gritou. Eu achei melhor não me meter. – Eu espero de verdade que você tenha matado esse garoto Emilly ou eu vou fazer isso agora.

Emy: Eu discuti com ela, falei que vou manda-la para um colégio interno, disse que não quero que ela o veja mais. Mas Priscilla, do que isso tudo vai adiantar? Nada... A gente vai afastar nossa filha da gente. Somos médicas, nossos amigos são médicos, orientação não vai faltar a ela e ela não é burra, ela quer fazer medicina e sabe que se ela engravidar ela vai ter que adiar por muito tempo o sonho dela. Então não vamos surtar, não vamos bancar as mães caretas e malucas, porque isso não vai resolver nada. – falou irritada. Eu resolvi me retirar e deixar as duas resolverem isso. Eu pedi o jantar pra nós três e quando chegou eu desci para pegar coloquei a mesa e a Priscilla resmungou feito uma velha a noite toda. Na manhã seguinte tomamos café e ela ainda estava emburrada. Eu me troquei escovei os dentes.

Eu: Vamos?

Pri: Vai você... A Emilly foi para o hospital e eu não vou até lá, porque é capaz voar no pescoço dela na frente de todo mundo.

Eu: Priscilla, chega tá bom? Você não ouviu nada que a mãe da sua filha falou? Para com isso, pelo amor de Deus.

Pri: Eu não vou Natalie.

Eu:Ok... –peguei o carro e fui buscar as meninas. Rafael estava lá para pegar o Pedro, aLiz e a Buiar também. 

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora