Capítulo 50

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PRISCILLA NARRANDO...

Nossa viagem não foi como imaginávamos. Depois de três dias em Nova York caiu uma nevasca e não saímos para mais nada. As meninas passaram sete dias vendo filmes e séries e comendo tudo que tinha no cardápio do hotel, e eu e a Natalie transamos muito. No meu aniversário jantamos no nosso quarto com as meninas, teve até um bolinho e o resto da noite? Muito sexo. Eu amava aquela mulher. O dia da viagem para Boston chegou. Passaríamos apenas três dias lá. Chegamos as 10 da manhã a cerimônia era as 16 horas. Eu não falei nada durante o voo e nem quando chegamos no hotel. Eu acabei dormindo quando cheguei estava morrendo de dor de cabeça. Acordei as duas da tarde, tomei um bom banho, fiz uma maquiagem bonita, passei um batom vinho quando terminei a maquiagem me encarei no espelho por um tempo. Em alguns segundos eu ouvia bombas explodindo, a correria do centro cirúrgico, tiros, gritos de soldados mutilados. Eu penteei meu cabelo fiz um coque bem feito e justo como era o padrão passei o gel para ficar tudo no lugar. Sai do banheiro olhei no cabide a minha farda. Coloquei a calcinha e o sutiã, coloquei a meia calça, a camisa social, a saia e o blazer, o fechei calmamente. Abri a caixa com as minhas patentes e medalhas. Cada uma que colocava eu me lembrava de onde veio. Calcei o sapato e por último coloquei meu quepe. A porta se abriu era a Natalie que estava no quarto das meninas. Ela usava um sobretudo preto, uma bota preta.

Nat: Oi...

Eu: Oi... – suspirei.

Nat: Está pronta?

Eu: Sim...

Nat: Fica muito bem assim. – alguém bateu e eu olhei para a porta que estava aberta. Era a Emilly. Ela já estava pronta também.

Emy: Pronta?

Eu: Sim. – nos encaramos por alguns segundos e ela fez continência pra mim. Eu não gostava disso – A vontade. Vamos... – Chamamos as meninas e os carros vieram nos buscar. Bella foi com a Emilly e a Bárbara. E eu fui com a Nat e a Betina. Eu não falei nada o caminho todo. Na minha entrada os soldados fizeram continência a mim. Minha filha, a Nat, a Bárbara e a Betina foram encaminhadas para a primeira fileira e eu e a Emilly fomos pra o outro lado. Não demorou muito a cerimônia começou, o hino dos Estados Unidos tocou eu fiz a troca de patente na Emilly, o capitão entregou a bandeira dos Estados Unidos a ela. Foi uma cerimônia bonita. Antes de encerrar, várias fotos foram passadas, de todos eles em combate, em cirurgias e na minha mente tudo parecia um flash back. Logo acabou a cerimônia e fomos para um coquetel.

Nat: Uau... É tudo muito intenso e emocionante.

Eu: Sim, é... – suspirei.

Nat: Você está tensa.

Eu: Sim, eu sei... Isso tudo me deixa muito tensa, porque é como se eu tivesse voltando da guerra e eu voltei muito ferida. Eu sinto meu corpo todo doer e eu sei que é psicológico. Mas só de estar aqui é como se fosse real. - Logo ouvi uma voz atrás de mim.

XX: General Pugliese?

Eu: Pois não? – quando eu me virei, meu corpo todo deu um choque – Não pode ser...

XX: Que bom te ver de novo. – sorriu e eu a abracei.

Eu: Oh meu Deus como você está linda – fiquei emocionada. – Natalie, essa aqui é a Aliah, ela é Iraquiana. Um grupo de soldados a resgatou muito ferida e eu a operei. Ela foi a primeira paciente das terras inimigas que foi liberado que operássemos. Desde então só operam e prestam socorro as crianças. Ela tinha 6 anos quando chegou muito mal até mim. Ela foi adotada por um casal de fuzileiros brasileiros que entraram na Army junto comigo, Amanda e Léo. – sorri. – Você está com quantos anos?

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora