NATALIE NARRANDO...
A situação da ex mulher da doutora Pugliese era um pouco complicada. Ela tinha 3 problemas que poderiam mata-la. Uma miocardite, um tumor com metástases e um aneurisma. Fiquei pensando como estava a cabeça da filha dela com tudo isso. Ela opera em dois dias, e eu vou ficar na cirurgia para acompanhar de perto o coração dela. Estava no hospital quando me ligaram do colégio avisando que minha filha caiu em cima da mão e parecia ter fraturado alguns dedos então ela estava sendo levada para o hospital. Quando ela chegou a doutora Pugliese atendia um paciente na emergência e ficou logo alerta.
Eu: Filha... O que aconteceu?
Betina: Aquela garota, mãe... Ela saiu do banheiro feito um cavalo que ela sempre é me empurrou e eu cai em cima da mão. Dói muito – chorava nervosa.
Eu: Que garota?
Betina: Bella Pugliese. – o mesmo sobrenome da doutora Priscilla, e a filha dela estuda no mesmo colégio que a minha só pode ser a filha dela. Ótimo, era só o que faltava. Minha filha arrumando confusão com a filha da doutora fechadona, no momento mais critico da vida delas.
Eu: Você fez alguma coisa a ela Betina?
Betina: Não. Eu estava entrando no banheiro e ela estava saindo e pra variar ela trombou comigo eu reclamei e ela me empurrou, eu cai em cima da minha mão.
Eu: Está muito inchado... Vamos fazer um raio x... – chamei um residente para dar entrada nela pelo pronto socorro e subi com ela para o raio x onde um clinico examinou a mão dela. No raio x apontava 2 dedos quebrados na mão esquerda. Precisaria imobilizá-lo, não precisaria de cirurgia. O ortopedista veio examiná-la.
XX: Oi, acabei de ver seu raio x, vamos imobilizar, não vai precisar de cirurgia. Vou te dar um remédio pra dor, mas mesmo assim vai doer um pouco para coloca-los no lugar tá?
Betina: Tá...
Eu: Desculpa, qual seu nome?
XX: Me desculpe, Felipe Pugliese, sou ortopedista.
Eu: Tem parentesco com a doutora Pugliese da Neuro?
XX: Sim. Ela é minha irmã. Ela que me mandou aqui. E eu sei que quem fez isso nessa mão foi a minha sobrinha. – falou um pouco sem graça.
Betina: Ela é maluca. – falou irritada.
XX: Não é não. A Bella é um pouco diferente talvez, e ela não está num bom momento da vida dela. – aplicou a medicação e logo colocou os dedos dela no lugar e ela chorou muito. Fez outro raio x e engessou. Ele fez uma receita pra dor, falou quanto tempo ficaria assim, colocou uma tipóia nela, pra evitar que ela movimentasse muito a mão e saiu. Logo bateram na porta era a Priscilla. Ela estava preocupada e com a cara de cansada.
Priscilla: Oi... como você está? Eu sou a mãe da Bella. Priscilla.
Betina: Sua filha tem problemas, ela precisa levar uma surra de vez em quando. Isso não se faz com as pessoas. Eu não sei se ela está machucada por algum motivo, mas isso não é minha culpa e quebrar meus dedos também não vai mudar nada – falava magoada e com raiva. Naquele momento eu fiquei triste pela minha filha, ela realmente estava sentida com o que aconteceu e a implicância com a Bella não era atoa, mas ela realmente valorizava um pedido de desculpas.
Eu: Filha...
Priscilla: Não... Ela está certeza doutora Smith... – puxou a cadeira e se sentou de frente ela. – Eu sei que a minha filha tem sido bem chata com você desde que você entrou no colégio e que agora as coisas fazem sentido. Consegui associar nome a pessoa. A Bella tinha uma vida muito diferente quando morávamos em Boston. Ela passou por coisas bem difíceis no colégio lá, e ela mora só comigo e agora que a outra mãe dela veio para o Brasil por causa da festa de 15 anos no inicio do mês, descobrimos que a minha ex mulher está doente. Eu não quero justificar as atitudes da minha filha, e o que ela fez com você foi horrível. Eu peço desculpas por isso. Eu vou falar com ela sobre tudo isso. Ela sumiu do colégio, e a mãe dela está procurando por ela e eu não posso fazer isso agora por que eu tenho uma cirurgia pra fazer. Bella é explosiva por alguns motivos e eu não tenho direito de falar deles, mas por favor, me desculpe por isso. Ela vai reparar o que fez com você... E doutora Smith, peço desculpas também. Se quiser sair do caso da Emilly eu vou entender perfeitamente. – eu fiquei um pouco chocada e intrigada com a forma que ela falou. Algo muito grave aconteceu a essa garota, a essa família para ela ser assim.
Eu: Não doutora, eu jamais deixaria isso interferir no meu trabalho. Eu sou a melhor no caso da sua ex mulher e está tudo certo para a cirurgia não se preocupe com isso. – o pager dela tocou, ela olhou.
Priscilla: Ok, obrigada – sorriu de leve. – Eu tenho que ir preciso fazer uma cirurgia agora. Me desculpe novamente Betina. – minha filha apenas assentiu e ela deixou a sala.
Eu: Vamos pra casa, vou te deixar em casa ou quer ir pra casa do seu pai?
Betina: Pra minha casa. – avisei que sairia por uma hora e logo estaria de volta. – Ela é má mamãe. Por que ela é má? O que aconteceu a ela, pra ser tão má? Eu não estou sendo ranzinza como você diz, mas eu só queria um pedido de desculpas. Eu nunca fiz nada pra ela e desde o primeiro dia, ela implica comigo. Eu não sei o porquê disso. – ela estava muito chateada.
Eu: Eu não sei filha. – suspirei – Eu não sei. A mãe dela é muito fechada, séria. E agora estão passando por um grande problema com a outra mãe dela. Ela está muito doente e vão fazer a primeira cirurgia depois de amanhã. Essa cirurgia pode mata-la, assim como a próxima e ela pode estar com muito medo. O que eu sei é que a que falou com você hoje era da Medicom, um serviço médico do exército americano nas guerras, e ela serviu no Afeganistão e no Iraque, e a outra mãe que está doente é Ranger que é um grupo de Elite no exercito americano também. É o que eu sei. Pode ser que conviver a vida toda com o medo de nunca mais ver a mãe tenha a tornado assim. Fria, grossa, sempre na defensiva. A gente não pode julgar né filha já conversamos sobre isso. – a deixei em casa, peguei umas coisas que eu precisava e voltei para o hospital. No fim da tarde encontrei a doutora Pugliese no corredor. Eu a via e meu coração acelerava, não entendia o porquê disso. – Encontrou sua filha?
Priscilla: Está em casa, Emilly está tentando falar com ela, mas não abre a porta do quarto. Empurrou a diretora, foi extremamente grossa e foi embora. Eu estou indo para casa. – suspirou pesado – Me desculpa mais uma vez por tudo isso. Eu vou falar com ela, e fazer com que ela se retrate com a sua filha.
Eu: Tudo bem doutora, fica tranquila.
Priscilla: Priscilla, me chama só de Priscilla.
Eu: Tudo bem.
Priscilla: Tenho que ir. Sua filha está legal?
Eu: Sim, está...
Priscilla: Que bom... – saiu andando e foi embora. Meu coração apertou. Ela parecia cansada, estava nitidamente preocupada e triste. A filha não ajudava em nada, e a cabecinha dela deveria estar a mil também com tudo isso. Ela estava preocupada com a ex mulher que pela interação toda que vi, embora não sejam mais casadas, eram muito amigas.
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NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 34 anos sou médica neurologista chefe de departamento no hospital Copa D'Or. Moro num condomínio no Leblon. Sou divorciada a 5 anos de Emily Marie Parker, ela tem 35 anos e é Ranger da Army nos Estados Un...