Capítulo 98

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Fomos em carros separamos, uma moça que ficaria responsável de ajudar as meninas com as compras básicas de recém nascido, como roupas, fraldas, mamadeiras, cobertores já nos esperava e primeiro ela nos ajudou com o que tínhamos que levar na viagem. Compramos um kit de malas de bebê, um kit de carrinho e bebê conforto e o berço para ficar ao lado da nossa cama. Pegamos também um pacote de fraldas RN para levar. Levamos só uma das bolsas menores e o bebê conforto com a gente. A vendedora da loja o instalou no carro pra gente, paramos no posto para abastecer e fomos para New Jersey. Aquelas duas horas de viagem foram as mais longas da minha vida. Íamos devagar por causa da neve, e a Natalie já tinha feito contato com um hotel que ficamos nas vezes que estivemos lá para resolver as burocracias da adoção. Reservamos um quarto bem confortável que parecia com um apart hotel, tinha uma cozinha com tudo que a gente ia precisar se passássemos a noite lá. Pedimos um berço no quarto e iam providenciar tudo para nós. Logo entramos na rua do hotel fomos até lá fizemos check in, o quarto era bem confortável, e eles deixaram a nossa disposição até uma banheira de bebê com sabonetinho, shampoo, e uma toalha de banho para o bebê. Natalie na hora lembrou de mandar mensagem para Betina lembrando do kit de higiene e toalha de banho. Nos instalamos, fizemos um lanche e fomos até a agência. Era 16:30 quando chegamos lá. Meu coração batia tão forte que parecia que ia explodir. Natalie apertava minha mão e tremia. Eu tirei o bebê conforto do suporte e entrei na agência. A primeira pessoa que vi foi Julienne que logo sorriu e acenou para mim.

Julienne: Hi. (Oi)

Eu: Hi... (Oi)

Nat: Hi. (Oi)

Julienne: Are you anxious? – riu. ( Estão ansiosas?)

Eu: Very anxious. – ri ( Muito ansiosas)

Nat: We're crazy with anxiety actually. ( Estamos loucas de ansiedade na verdade).

Eu: So crazy that we don't even ask about the sex of the baby. (Tão loucas que nem perguntamos o sexo do bebê.)

Julienne: They wanted a surprise, then they will have a surprise. (Queriam surpresa, então terão uma surpresa). – rimos. E de fato não nos importava, só queríamos nosso bebê. Fomos para a sala dela nos sentamos e ela saiu - I will be back in a moment.( Já volto). Quinze minutos depois ela voltou com um bebê nos braços todo enroladinho num cobertor bem fofinho. Meu coração batia rápido, eu comecei a chorar levando as mãos no rosto e a Natalie também. - Say hello to your little boy. (Digam olá para o menininho de vocês.)

Eu: Oi filho

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Eu: Oi filho... É a mamãe... Somos suas mamães – eu o peguei no colo – Oh meu Deus você é lindo demais. – ria e chorava.

Nat: Ele é lindo demais. Deus te abençoe filho – deu um beijinho na testa dele. Ignoramos totalmente a existência da Julienne ali e só ficamos namorando nosso pequeno. Ele era tão pequeno, e tão lindo. Ficamos ali naquela bolha de amor por meia hora. Julienne logo nos interrompeu perguntando como seria o nome dele, explicou como seria todo o processo, explicou porque a mãe mudou de ideia, ficamos quase duas horas ali com ela explicando tudo para nós. Já teríamos uma audiência no dia seguinte com uma juíza. Ela estava por dentro do caso e sabia que éramos brasileiras e já tínhamos entrado com o pedido de adoção antes mesmo do bebê nascer que ao nascer ele seria nosso, mas a lei ainda permitia que a mãe desistisse antes do parto ou quando o bebê nascesse até 48 horas. Ela desistiu antes, o processo parou, mas não foi encerrado. Como era um processo em andamento, se ela não tivesse desistido antes, o Bernardo sairia da maternidade registrado no nosso nome e nos nossos braços. Como ela desistiu antes, passaríamos por uma audiência para um ajuste da adoção para fazer a certidão de nascimento dele e o pedido emergencial de passaporte para tirarmos nosso filho do país. O passaporte dele sairia ainda mais rápido por eu ser naturalizada americana. Natalie e Betina agora tem passaportes americanos por minha causa, e a Bella já é americana e a pouco tempo tirou o passaporte brasileiro que ela não tinha, já que eu naturalizei como americana, eu não era mais brasileira como pátria, então não era algo automático e sim teria que fazer um pedido e ter uma espera. Ela precisou de registro de residência permanente no Brasil assim como a Emilly. Foi todo um processo. Assinamos uma infinidade de papéis, conversamos com mais três assistentes sociais e uma enfermeira que passou orientações sobre ele. Ele era saudável, nasceu no dia 31 de dezembro, medindo 48 centímetros e pesando 3,260 tinha olhos azuis, mas era provável que ficassem escuros. O cabelinho dele era escuro, meu filho era lindo demais. Ela nos deu uma lata de uma formula que ele estava mamando, era a ideal pra ele e ele aceitou muito bem a formula, e se eu não encontrasse no Brasil eu ia precisar levar o suficiente para os primeiros 3 meses de vida dele ou então encontrar uma que ele se adaptasse melhor no Brasil. Fomos para o carro, a Natalie foi atrás com ele e a Julienne foi até o hotel. Conversamos bastante, ela nos deu todas as dicas possíveis para a conversa com a juíza, estava marcado para as 13 horas. Ela foi embora e agora eram nós 3... 

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora