Capítulo 39

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A gente levantou rapidamente. Meu irmão já estava lá, meu padrasto também já tinha chegado.

Bella: Ela está viva? – foi a única coisa que ela quis saber.

Diorio: Está – suspirou cansada. – Ela está bem. Ela tem reflexos, e reage a luz. – eu soltei o ar que eu segurava.

Eu: Tirou tudo?

Diorio: Tirei. Com margens limpas. Ela vai fazer quimio, algumas sessões apenas para garantir que as sementes que foram colocadas sejam absorvidas para o tumor não voltar.

Eu: Quem colocou as sementes? Você tá grávida é muita radiação.

Diorio: O doutor Medeiros colocou, ele me ajudou com uma parte eu precisava me alongar, e ele a fechou. Ela está na UTI agora, vocês podem vê-la e vão pra casa descansar.

Eu: E o coração?

Nat: Ela teve uma hipertermia maligna mas conseguimos reverter a tempo, ela descompensou algumas vezes, eu precisei medicá-la para que o coração dela trabalhasse o mínimo possível para não ter que interromper a cirurgia, mas ela ficou bem. Eu vou examiná-la em 24 horas, e ela vai precisar fazer exames cardíacos todo mês enquanto estiver em observação neurológica para saber como está o coração. Mas ela será monitorada 24 horas enquanto estiver aqui.

Eu: Obrigada Nathalia... Obrigada por tudo – a abracei forte.

Diorio: Pode respirar que ela vai ficar bem. – a soltei e minha filha a abraçou chorando. Ela estava angustiada demais.

Eu: Obrigada Natalie – a abracei e ela me abraçou também. Meu corpo arrepiou todo. Que saudade dela, do cheiro dela – Eu te amo... A gente precisa conversar.

Nat: Melhor não... Vamos dar um tempo... – se soltou de mim e a Bella a abraçou.

Bella: Obrigada Nat, obrigada por cuidar da minha mãe.

Nat: É um prazer meu amor... Acalma o coração, ela vai ficar bem.

Bella: Eu já dei umas risadas, com a delicadeza da sua filha me mandando mensagem " A Barbie do deserto tá bem?"

Nat: Minha filha é delicada feito um coice de mula. Acredite, ela é assim comigo também. – riu.

Bella: Imagino – ria. Fomos ver a Emilly e logo fomos pra casa, estávamos cansadas demais. Três dias se passaram, eu tentava falar com a Natalie e ela não falava comigo, nada que não fosse sobre o caso da Emilly. E aquilo me doía muito e eu me sentia cada vez pior, por ter dito o que eu disse na frente de todos aquele dia. Eu nunca deveria ter duvidado da capacidade dela, ainda mais na frente da equipe. Era dia de acordarem a Emilly eu estava no hospital a Natalie chegou e ela não parecia muito bem, estava abatida e com um roxo no pescoço, e aquilo parecia marcas dedos. Senti meu corpo todo arrepiar. A Bella estava no colégio era semana de provas, e eu não disse que a mãe acordaria naquele dia. Não queria alimentar expectativas nela caso ela não conseguisse acordar.

Nat: Bom dia...

Eu: Bom dia... Você está bem?

Nat: Sim e você?

Eu: Bem – a encarava.

Diorio: Tudo bem mesmo Smith?

Eu: Sim, tudo... Já começou a tirar os sedativos?

Diorio: Sim, vou desligar o ventilador. – ela desligou e depois de alguns segundos vimos que ela estava respirando sozinha.

Eu: Graças a Deus. – soltei o ar.

Diorio: Vamos tirar o tubo – as máquinas apitaram. – O que é isso?

Nat: O coração... - apertou o botão e logo o alarme soou "código azul" e entraram no quarto com o carrinho de parada. – Ela está fribrilando – ela começou com as massagens parou e pegou as pás. – Carga em 100...

XX: Pronto doutora...

Nat: Afasta – deu o choque, esperou um pouco. – Carga em 150... – chocou de novo.

Eu: Natalie, é muito pouco... – falava nervosa.

Natalie: Se eu der choque forte demais sem necessidade eu mato ela. Quem é a cardiologista aqui, eu ou você? Carga em 200... Afasta... – chocou e ela voltou. – Isso... – ela acordou também e começou a rejeitar o tubo. 

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora