Capítulo 97

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Eu tremia tanto que eu li o email umas 20 vezes por que eu não estava acreditando.

Eu: NATALIE... NATALIE... – ela veio do quarto.

Nat: Oi amor o que foi? Porque você está assim?

Eu: Está preparada?

Nat: Pra quê?

Eu: Pra buscar nosso filho ou filha?

Nat: Do que você está falando Pri?

Eu: A Madeleine desistiu e está dando a guarda do bebê para nós, ele nasceu no dia 31 de manhã.

Nat: Mentira? Amor não brinca com isso – começou a chorar e eu levantei e a abracei forte.

Eu: O bebê é nosso amor, ele nosso... – chorava e ria a abraçando forte.

Nat: Me deixa ler o email... – ela leu tudo. – Isso é um milagre... Só pode ser um milagre. – ria e chorava.

Eu: Meu celular, preciso ligar pra ela. Ela não conseguiu falar com a gente, estamos com chip daqui. – olhei o numero dela e no terceiro toque ela atendeu. – Hello, Julienne? ( Alô, Julienne?)

Julienne: Right? (Pois não?)

Eu: Priscilla Pugliese, from Brazil. I just read her email. (Priscilla Pugliese, do Brasil. Acabei de ler seu email.)

Julienne: Oh Mrs Pugliese. I tried calling countless times and got no answer. (Oh senhora Pugliese. Tentei ligar inúmeras vezes e não fui atendida.)

Eu: I'm in New York with my family. I just read the email, is it serious what I read? (Estou em NY com a minha família. Acabei de ler o email, é sério o que eu li?) – perguntei animada.

Julienne: Yes, it's serious. Madeleine has given up custody of the baby and has already signed the papers. We were going to wait for her contact for another 24 hours before putting the baby into the system. (Sim, é sério. Madeleine desistiu da guarda do bebê e já assinou os papéis. Iamos esperar seu contato por mais 24 horas antes de colocar o bebê no sistema.)

Eu: No. He's ours... The baby is ours...- falei rapidamente - When can we get him? (Não. Ele é nosso... O bebê é nosso...Quando podemos busca-lo?

Julienne: Today. I'm going to ask for the documentation to be processed as we had communicated to the judge when they came here. Maybe I need to stay in the country a little longer. (Hoje mesmo. Vou pedir a tramitação das documentações como havíamos comunicado ao juiz quando vieram aqui. Talvez precise ficar no país um pouco mais de tempo.)

Eu: No problem, we'll stay as long as it takes. (Não tem problema, ficaremos o tempo que for preciso.)

Julienne: Okay. Bring a comfort baby to the car okay. The address is the same as the agency. (Ok. Tragam um bebê conforto para o carro tá. O endereço é o mesmo da agência.)

Eu: Ok. Obrigada. – desliguei.

Nat: E ai? – perguntou ansiosa.

Eu: É nosso. Talvez a gente precise ficar um pouco mais tempo em NY, mas o bebê é nosso. Ela vai começar com a tramitação dos documentos agora. Podemos pegá-lo hoje precisamos ir a uma loja e comprar um bebê conforto, um bercinho, fraldas e roupinhas. Oh meu Deus, é muita coisa, a gente não planejou nada.

Nat: Calma, precisamos ter calma – a gente estava em êxtase. Começamos a rir e a chorar ao mesmo tempo. Nos beijamos e nos abraçamos. As meninas chegaram com algumas sacolas e o Lucas logo atrás.

Bella: O que está acontecendo? – perguntou sem entender nada.

Eu: Filha, aconteceu um milagre.

Bella: Um milagre? De que?

Betina: Estão fumando maconha?

Nat: A Julienne ligou. A Madeleine desistiu do bebê e ele é nosso podemos busca-lo hoje.

Bella: Mentira?

Eu: Verdade – as duas gritaram e vieram nos abraçar chorando muito.

Betina: E o que a gente vai fazer? Não tem berço, não tem roupinha, não tem fralda.

Nat: Força tarefa. Eu e a Pri vamos até a loja agora comprar o bebê conforto que a Julienne pediu e vamos comprar um bercinho desses de colocar do lado da cama. Vocês vão comprar fraldas, e roupinhas, vão colocar na máquina de lavar e de secar.

Dani: Ok, mas e o que é o bebê?

Eu: Oh... Eu não perguntei... – a gente começou a rir.

Betina: Queriam tanto uma surpresa que está sendo surpresa real. – demos risada.

Nat: Os documentos da adoção Pri, ficou tudo no Rio.

Eu: Não. Eu trouxe comigo – fui até o quarto abri a mala e peguei a pasta. - Quando fazia a mala eu me lembrei da pasta e fiquei pensando que se algo acontecesse e estivéssemos longe ela deveria estar em mão. - Meu coração de alguma forma sabia. Nos arrumamos, pegamos uma das malas menores e colocamos três trocas de roupas para nós duas, caso precisássemos passar um curto período de tempo lá, uma ou duas noites. As meninas pesquisavam lojas de bebês e a Macrobaby que tinha absolutamente tudo para bebês só tinha em Orlando então encontraram a BABY "R" US que era bem parecida com a Macrobaby e lá uma pessoa ficaria responsável de ajudar nas compras essenciais para um recém nascido. 

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora