Capítulo 68

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Na missa a Bella, a Marina, a Helena e a tia do Rodrigo fizeram as leituras. Quando o padre encomendou a alma dele e foram fechar o caixão a Betina começou a ter uma crise de ansiedade. – Ele não vai conseguir respirar... Mãe... Por favor, tira ele dali ele não vai conseguir... – ela ofegava.

Eu: Filha vem. Vamos sair daqui.

Betina: Mãe, por favor... Ele não vai conseguir... – eu a abracei e sai dali com ela. Nos sentamos na escada da capela. – Ele não vai mais voltar... Eu não vou ver meu pai nunca mais... Não é justo. – soluçava.

Eu: Filha, a gente não podia prever que isso aconteceria... Você sabe que não meu amor. Eu sei que dói muito mas a mamãe está com você, a Pri, a Bella, a Marina, a Helena, o Pedro todos os seus amigos estão aqui. A Roberta e logo a Maria Fernanda chega e você tem uma missão linda agora de ser irmã mais velha e de ser espelho pra ela. Seu pai magoou muito a gente, mas ele te procurou te pediu perdão por isso. Ele se redimiu com você antes de tudo isso filha.

Betina: Ele me pediu desculpa por ter ido no dia da festa fazer confusão. Ele disse que estava drogado e que estava tentando parar com as drogas e que se ele tivesse entrado com certeza teria acabado com a minha festa. Me agradeceu por não ter deixado entrar aquele dia. Que queria ter participado sim, mas que naquele estado acabaria tudo num grande escândalo. Ele me pediu perdão por tudo mãe. A gente conversou tanto chorava – A gente tirou essas fotos – me deu o celular tinham varias selfies deles. – Eu matei a primeira aula pra conversar com ele. E foi a uma hora mais intensa da minha vida e agora eu não vou vê-lo nunca mais.

Eu: Eu sinto muito por isso filha. Eu juro que eu queria ter todas as palavras do mundo pra te confortar, mas eu não tenho. Eu só tenho a certeza que estarei do seu lado pra tudo meu amor, você jamais estará sozinha – a beijei e abracei. Ela chorou copiosamente. Logo os sinos começaram a tocar. A gente levantou da escada e cada badalada do sino era uma pontada no peito. Era chegado o momento. O Cemitério era ali do lado, Priscilla veio e deu a mão a ela e fomos acompanhando o cortejo. O padre falou mais algumas palavras, abriram o caixão novamente para a ultima despedida. Ela deu um beijo no rosto do pai e chorou muito. Quando o caixão desceu ao tumulo senti o corpo dela ficar mole e la foi caindo. – Betina... Betina...

Pedro: Betina... – ele estava mais perto. – Desmaiou. – a pegou no colo e fomos até a copa do velório que era ali perto. Ele a colocou no sofá a Pri logo veio com as coisas dela e foi checar a pressão dela.

Pri: A pressão dela está bem baixa. E ela deve estar desidratada também. Ela mal comeu, não descansou quase nada, não ia aguentar.

Eu: Vamos leva-la ao hospital. A glicemia dela também deve ter caído.

Pri: Hei... Acorda meu bem... – passava a mão no tórax dela e ela não acordava. – Pedro coloca ela no carro por favor?

Pedro: Coloco tia Pri – a pegou no colo e fomos para o carro. A Bella entrou no carro junto com a Helena. A Marina e o Pedro estavam com a Ian. Fomos para o hospital a Pri pediu uma maca e logo a levaram. Assinei a ficha de entrada dela, uma médica a examinou e a colocou no soro. A glicose dela estava baixa também. Ela só precisaria ficar no soro para hidratar, a medicação para a glicemia dela já tinha sido aplicada. Não demorou muito fomos pra casa da Pri. Ela dormiu o resto da tarde e a noite toda. Eu também estava exausta tomei um banho fiz um lanche e apaguei. Acordei na manhã seguinte com a Priscilla me chamando.

Pri: Amor acorda...

Eu: Oi? O que foi?
Pri: A polícia está aqui.

Eu: Por que?

Pri: Mandado de prisão contra mim e contra você.

Eu: Como assim? – me sentei na cama rapidamente. Ela me deu o papel e eu li. Éramos acusadas de matar o Rodrigo. Era só o que me faltava. 

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora