Capítulo 73

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Posts desse domingo... 

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Acordamos numa manhã com a Bella batendo na porta. Eu levantei e destranquei a porta.

Eu: Oi filha o que foi?

Bella: A Betina sumiu.

Eu: Como assim sumiu? – arregalei os olhos.

Bella: Eu não ouvi o celular barulhento dela despertar. Eu levantei tomei banho me arrumei para o colégio e fui até o quarto dela e ela não está no quarto, a cama dela está arrumada. Ela não está em canto nenhum da casa. A mochila dela não está em lugar nenhum e os materiais estão no chão. Ela sumiu. – falava nervosa.

Eu: Tentou ligar pra ela Bella?

Bella: Tentei mãe e está desligado.

Nat: O que foi? – veio até a porta.

Eu: A Betina sumiu.

NATALIE NARRANDO...

Duas semanas se passou desde a morte do Rodrigo e a minha filha está cada vez pior. Ela não fala, ela não come quase nada, ela só dorme e foca nos estudos, uma estratégia para não pensar em nada. Ela não tem mais aquela alegria dela. Ela não é mais a Betina que a gente conhece. Eu não sabia o que fazer para ajuda-la, ela não deixava ninguém se aproximar, nem mesmo a Helena ou a Bella. Acordei com a Pri falando com a Bella na porta e meu corpo todo gelou quando ela disse que a Betina havia sumido. Entrei no quarto dela e os materiais do colégio estavam no chão a mochila não estava lá, então ela deveria ter levado alguma troca de roupa. A cama estava intacta mostrando que ela não dormiu lá. Ela deve ter saído no meio da noite e não vimos. A Pri desceu e falou na portaria, como já havia ocorrido a troca de turno, o porteiro da manhã não tinha visto ela passar por lá então ela certamente saiu de madrugada. Ele ia olhar nas câmeras de segurança.

Pri: O porteiro vai olhar nas câmeras de seguranças se ela entrou em algum taxi, se tinha alguém esperando por ela, eu vou olhar nas câmeras da casa – entrou no escritório e olhou de 22 horas em diante que era a hora que a vimos pela última vez. A câmera da saída da garagem garagem e do portão da casa pegou por volta de 3 da manhã. – Aqui... Eram quase 3 da manhã, ela saiu pela porta da cozinha saiu pela garagem e passou pelo portão de pedestre da casa, antes de sair, ela mexeu no celular deve ter comunicado com alguém. Vamos ligar pra Roberta, as vezes ela foi pra lá.

Eu: A Roberta pode dar a luz a qualquer momento não quero preocupa-la. E se a Betina estivesse lá, com certeza ela teria me mandado uma mensagem pra me tranquilizar.

Bella: O Pedro não falou com ela, a Marina e a Helena também não. Eu tentei rastrear o celular dela por um aplicativo, e a última vez que ele emitiu sinal foi na praia da Barra. Agora o celular dela está dando desligado, ela deve ter desligado ele pra não ser encontrada.

Eu: Pensa Natalie, onde ela pode ter ido. Pensa... – falava sozinha.

Pri: Cartão de crédito, vê se ela usou. Tem como ver pelo aplicativo do banco. – eu peguei meu celular e olhei.

Eu: Não. Se ela usou, não foi o meu. Pode ter sido o que o pai dela deu a ela. Não movimentou a poupança dela, e nem usou o cartão de crédito vinculado a mim. – Bella subiu e logo voltou com uma caixinha.

Bella: Aqui dentro tinha 3 mil reais em notas de 100 e de 50. O dinheiro sumiu. Ela deve estar usando ele pra se locomover e não usar o cartão.

Eu: Onde ela pode ter ido? A Betina não conhece o Rio de Janeiro. – eu comecei a desesperar. O porteiro interfonou falando que ela saiu as 03:15 da manhã e pelas câmeras da rua ela pegou um taxi na rua do condomínio. Passou o número da placa. Eu e a Pri nos arrumamos, a Bella trocou de roupa, não ia mais ao colégio. Fomos até um ponto de taxi ali perto perguntar se conheciam aquele taxi e um rapaz conheceu. O motorista se chama Adolfo e ele trabalha só a noite. Ele me passou o número do telefone dele. Consegui falar com a esposa dele que atendeu e ela nos deu o endereço da casa dela, o marido havia saído rapidamente para deixar a filha na faculdade e tinha deixado o telefone em casa. Era em Santa Teresa. Fomos até lá e ele tinha acabado de chegar.

Pri: Oi, a gente ligou mais cedo pra saber sobre uma corrida que seu marido fez de madrugada.

XX: Ah claro, ele está saindo do banho entra... Ele ficou preocupado. Querem um café?

Eu: Não obrigada. – logo ele veio.

Adolfo: Bom dia.

Eu: Bom dia. – a Pri respondeu e a Bella também. – O senhor fez uma corrida essa madrugada, em frente a um condomínio no Leblon.

Adolfo: Sim, foi uma mocinha. Ela disse que ia viajar sozinha, eu achei estranho, mas ela foi bem convincente.

Bella: Ela é convincente até demais...

Eu: E pra onde a levou?

Adolfo: Para a rodoviária Novo Rio. Eu achei estranho, ela estava sozinha só com uma mochila e saindo daquele condomínio aquele horário. Então eu resolvi ir atrás dela sem que ela me visse. A vi no guichê da 1001, ela comprou uma passagem ouvi a moça do guichê dizendo que sairia as 5:15. Ela desceu pelo portão 32 e se sentou na plataforma. Eu fiz mais duas corridas ali perto e voltei por volta de 5 horas pra saber se ela ainda estava lá e ela entrava num ônibus para Petrópolis. Eu fiquei ali até o ônibus sair pra ter certeza de que ela iria mesmo. Mas tirei fotos dela, eu achei estranho demais ela estar sozinha e aparentando muita tristeza. Então se caso alguém procurasse por ela ou desse como desaparecida eu poderia informar. Muito educada, mas estava muito triste. Percebi em alguns momentos que ela chorava. – ele mostrou as fotos que tirou dela na rodoviária.

Eu: Ela é minha filha. O pai dela foi assassinado a 2 semanas e ela está sofrendo muito com isso. – conversamos um pouco agradecemos muito a ele e fomos para o carro.

Bella: Ela só pode estar na nossa casa agora.

Eu: Sim. Ela fez muita amizade com a Ângela, ela deve ter pedido pra não dizer que está lá ou falado que a gente sabia.

Pri:Oi Ângela é a Priscilla tudo bem?Tudo... Me diz, a Betina já chegou ai? Já... Está dormindo? Sim. Não avisa quea gente está indo não. –contou tudo a ela e ela manteria segredo. Fomos pra casa pegamos uma troca deroupa, pegamos a Zara e fomos pra Petrópolis. Eu quase não falei nada o caminho todo, só queria ver minha filha bem e segura. Quando chegamos a Ângela veio super preocupada.

Ângela: Ainda bem que chegaram. Ela sumiu.

Eu: Como ela sumiu?

Ângela: Ela sumiu. Eu fui dar uma olhada nela e ela não estava no quarto mais.

Bella: Mãe, toma a Zara... Eu sei onde ela está... – entregou a Zara pra ela foi até o quarto dela e voltou com uma calça jeans e uma bota.

Pri: Onde vai?

Bella: Atrás dela. Lá não pega celular, mas eu sei onde ela está. Me deem uma hora e meia pra falar com ela.

Eu: Bella, por favor...

Bella: Nat, confia em mim... – foi na cozinha pegou uma garrafa de água e saiu.

Eu: Pri, onde ela foi? Eu não estou entendendo.

Pri: A Bella tem um lugar favorito aqui na propriedade. O dia que eu ia te levar lá choveu e a gente logo veio embora. Ela deve estar na capelinha no alto da cachoeira. A Bella sempre vai lá quando precisa pensar, quando quer chorar e ficar sozinha. E elas foram lá, eu vi uma foto no instagram da Betina, as duas nesse lugar, foi a Emilly quem tirou a foto. Ela só pode estar lá. Fica tranquila amor... Ela vai trazer sua menina – me abraçou. Eu só pensava nela, e se ela estava bem. Eu me sentia uma péssima mãe, me sentia tão impotente que era horrível.

NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora