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Jo: Oi, vó! Que bom que você tá acordada, já tava achando que você dormia nos horários de visita de propósito. – rio me aproximando de sua cama.
Eliza: Querida, pela amor de Deus né, acha mesmo que eu faria uma coisa dessas? Já tenho meus 86 anos, to muito velha para fingir que estou dormindo, do jeito que eu to, logo vou dormir eternamente. – estava achando graça até ela vir com esse papo de dormir eternamente.
Jo: Não fala isso vó, por favor, a senhora vai ficar bem e vai voltar pra casa comigo, Bartolomeu já não é mais o mesmo sem você, ele tá até carinhoso comigo, acredita? – tento descontrair o clima e animá-la.
Eliza: Ele é um gato muito cativante, vocês irão se entender bem daqui em diante, ele precisa de você e você irá precisar dele quando eu não estiver mais aqui. – estica o braço e faz carinho na minha bochecha, algumas lágrimas começam a rolar sobre seus dedos e eu não as impeço ou tento escondê-las de Eliza, minha vó me conhece bem demais pra saber e perceber quando eu não estou bem.
Jo: Para, vó, você vai ficar bem, mesmo que tenha tido essa recaída, você tava ficando melhor antes, vai ficar agora também. – a abraço com cuidado para a não machucar, ela estava bem frágil.
Eliza: Minha menina, meu serviço aqui tá completo, eu te criei, hoje você é uma moça forte, linda e independente, com um emprego ótimo, não precisa de mim, eu só estou te atrasando para viver a sua vida. – pelo menos ela acha que eu sou essa mulher que ela descreveu, a verdade é que eu não passo de uma fraca e que nunca vai consquitar nada na vida e nem dar orgulho à ninguém, por isso a única coisa que eu faço é lhe dar um sorriso fraco.
Jo: Mesmo que isso tudo fosse verdade, eu preciso de você sim! E você não me atrapalha em nada, nunca! Você é o que me motiva, preciso de você comigo. – estou sendo sincera, não sei o que faria sem ela, nunca imaginei uma coisa dessas.
Eliza: Todos morrem um dia, só podemos esperar para se reencontrar em outra vida, se nosso amor for verdadeiro, sempre iremos nos reencontrar. – me afasta um pouco para poder ver meu rosto e dar um beijo em minha testa.
Jo: Mas ainda há muito tempo até isso acontecer com a gente, não iremos nos separar, não agora. – me aconchego um pouco em seus braços e ela afaga meu cabelo.
Eliza: Me prometa que você vai entender se eu tiver que partir, me prometa que vai tentar seguir sua vida por mim, viva por mim então! – susurra em meu ouvido e meus olhos viram uma cachoeira, minha garganta se fecha em um nó que chega dói, não consigo falar, não dá, mas se é disso que ela precisa para ficar bem, ok, farei isso, murmuro um tá bom para ela – Obrigada, muito obrigada minha menina linda. – beija o topo da minha cabeça e eu soluço devido ao choro, meu deus, isso dói tanto, só o pensamento de a perder faz meu corpo todo doer.
As imagens começam a ficar confusas para mim e os pensamentos se misturam, até que eu abro os olhos muito rápido sentindo meu coração a mil por hora, a luz forte reflete e eu me retraio pelo contraste, aos poucos me acostumo e tento me orientar de onde estou e o que aconteceu. Minha cabeça dói e meu braço também... Minha cabeça? Pera, lembro de mim caindo e... Minha avó! Meu deus, cadê minha avó? Eu quero minha avó, onde ela tá?! Tento falar mas minha boca está muito seca e minha voz sai falha pelo choro que se entala, lágrimas grossas e salgadas começam a rolar pelo meu rosto e eu tento puxar meu braço, sentindo mais dor nele, aí que eu percebo que estou recebendo soro na veia, agrh, eu to ficando com falta de ar e não tem ninguém aqui, mas eu só queria minha avó, onde ela tá? O que aconteceu com ela?!
Minha mente não parava, assim como minha respiração acelerada, e então vejo Lincoln passando pela porta e ele se desespera ao me ver naquele estado.
Lincoln: Jo! Meu deus, calma, eu to aqui, eu to aqui, tá? Por favor, se acalma, não quero ter que te medicar para relaxar – segura meu rosto entre as mãos e eu só consigo chorar, meus soluços começam a ecoar pelo espaço enquanto meu corpo tremia por si só – Jo, por favor, fica calma. – ele implora e me puxa para um abraço.
Jo: Água! – consigo falar mesmo estando tendo um ataque de choro, tremedeira e pânico.
Lincoln: Ok, só tenta regular a respiração, tá bom? – não faço nada, não me movo, só fico ali chorando e tremendo com a mente vazia.
Lincoln não demorou, nem um minuto sequer, para ir e voltar com uma garrafinha de água, eu bebo um pouco e a deixo de lado, parte do nó formado pelo choro na minha garganta se desfaz, me possobilitando de conseguir falar algo.
Jo: Eu quero a minha avó, Lincoln. Cadê ela? Eu quero ver ela agora! – exijo, não ligo se estou sendo grossa ou não, eu ainda estou nervosa.
Lincoln: Jo... – ele tenta ser cauteloso e isso me deixa em alerta fazendo mais lágrimas serem derramadas – A gente tentou, eu juro que a gente tentou, e como tentamos, eu insisti umas 10 vezes até entender que não tinha mais jeito. – sua própria voz fica trêmula e eu sinto tudo girando de novo, isso não pode estar acontecendo.
Jo: Lincoln – minha voz mal sai – o que você tá tentando dizer? – meus lábios tremem, assim como meu corpo.
Lincoln: Sabe a hemorragia que tínhamos estancado? Parece que se abriu outra vez e não tínhamos como saber, ela não havia demonstrado dor, nem tontura, foi algo repentino e quando vimos já estava acontecendo, tentamos fazer de tudo para resolver mas já tinha ficado sério demais e ela acabou não aguentando, sinto muito, de verdade. – o que? Isso é uma brincadeira? Uma pegadinha, certo?
Jo: Que? – minha voz sai como um sussuro e eu desabo outra vez, não sentia nada além da dor corrompendo cada célula do meu corpo – Não, não, não, não! Para! – me esperneio chorando, soluçando horrores, sentia meu peito queimar como se isso se tornasse uma dor física.
Lincoln: Calma, eu to aqui, eu to aqui com você! – tenta me abraçar mas eu não permito por estar me mexendo sem controle, literalmente me esperneando.
Lincoln é tão insistente que conseguiu segurar meus braços e me puxar para seu peito, ele deita na maca em que eu estava e me aperta contra ele, eu não me acalmo, mas paro de me mexer e deixo que ele me conforte ali, eu precisava dele, eu precisava de alguém além de mim mesma naquele momento.
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Estou quebrado(a), mas ok.
FanfictionDois jovens, ambos virgens. Hero Fiennes de 17 anos, filho de Omar Fiennes, um milionário sem escrúpulos. Para Omar um garoto de quase 18 anos preste a entrar na Universidade sendo virgem, não é nada legal pra imagem dos homens Fiennes. Josephin...