Capítulo 61 - Jo narrando.

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Hero ao menos se deu ao trabalho de ir me buscar no hospital, apenas mandou um de seus motoristas, estava na esperança que fosse ele, mas me enganei.

Essa ideia de ir morar com ele e sua noiva não me parece nada boa, por dentro está me matando, como vou suportar ver os dois juntos? De mãos dadas, se beijando ou indo para o quarto juntos... Imaginar essas cenas me quebra. Entretanto, o que eu poderia fazer? De fato eu poderia me arrepender no futuro de uma decisão precipitada tomada agora, estou sozinha, além de Lincon e Lena, ninguém se importa comigo de verdade, então talvez seja bom ter alguém comigo pro resto da vida, né? Esse bebê vai me acompanhar, assim como eu o acompanharei, só espero que não me arrependa depois e que nós fiquemos bem.

Quando cheguei na tal casa do Hero e sua noiva, minha boca se abriu em um perfeito o, era gigante por fora, por dentro nem se fala. Uma senhora veio me comunicar assim que entrei dentro da casa que o senhor Hero e a dona Laura, a suposta noiva dele, irão chegar hoje a noite mas que eu poderia ficar à vontade e que qualquer coisa era só chamá-la nos fundos da casa, apenas assenti e me sentei no sofá, não sei qual é meu quarto e nem quero incomodar ninguém perguntando.

Ligo a televisão e as horas parecem se passar de forma rápida, já que escuto a porta da frente ser aberta e vozes preenchem o espaço amplo.

Laura: Ai meu deus, eu lembro daquele dia! Estávamos tão bêbados que eu podia jurar que vi uma rena voando por cima do lago. — diz rindo alto e Hero não fica para trás.

Hero: E eu vi pozinhos mágicos soltos no ar, aquele dia foi insano, saudades desses momentos. — ri também colocando a chave, provavelmente de seu carro, na mesinha de canto que tinha ao lado da porta.

Laura: Não sou tão nova como antes Fiennes, aventuras como essa já não fazem parte do meu dia a dia. — nega com a cabeça enquando entrelaça seus braços atrás da nunca do Hero, sinto meu peito apertar, eles nem notaram que eu estou a 10 metros deles, sentada no sofá.

Hero: Não se desvalorize, ainda consegue ser cada vez melhor em certas coisas do que antes. — o sorriso que ele lhe dá, deixa claro suas intenções.

Laura: Hum... Que tal eu te mostrar um pouco mais do que eu aperfeiçoei em todos esses anos de experiência, em? — aproxima seu corpo e logo depois seus lábios da orelha dele, susurrando algo que não consigo escutar bem.

Isso foi o limite para mim, não suporto essa cena, os dois parecem tão à vontade... Parecem apaixonados para quem vê de fora, no caso eu e o resto do mundo.

Pigarreio para não ter que presenciar cenas mais íntimas, porque parece que eu estou invisível aqui.

Laura: Oh! — se afasta de Hero, tirando as mãos dele de sua cintura, e limpa o canto dos lábios onde o batom ficou borrado.

Hero: Merda. — escuto seu murmuro.

Laura: Jo, certo? — começa a andar em minha direção, porém ergo minha mão no alto, ela parece entender e recua o passo.

Jo: Josephine, na verdade. — cruzo meus braços sobre o peito.

Laura: Ok — sorri mostrando os dentes perfeitamente alinhados e se vira para Hero — Irei me deitar, foi um dia longo, te espero no quarto. — pisca para ele e sai batendo seus saltos finos, enquanto ajeita a bolsa no braço.

Jo: Foi um longo dia, te espero no quarto — a imito e Hero ergue as sombrancelhas para mim — O que é? Eu tive um longo dia, ela no máximo está com dor nos pés pelo salto que está usando, mas você como o maravilhoso e bom noivo que é, deve fazer uma massagem para ela, não é? — debocho o encarando.

Hero: Não a subestime, Laura trabalha muito, se esforça demais e é retribuída com seu salário, apenas, tudo é mérito dela. — ajeita o terno e eu noto que agora ele está totalmente diferente de hoje mais cedo, até mesmo o gel de cabelo habitual voltou.

Jo: Ok, acredito. — faço pouco caso, mas na verdade queria ser como ela, deve ser muito bom se esforçar e ganhar o que merece, ainda por cima ser reconhecida por isso de forma positiva.

Hero: Enfim, vou me retirar agora, chame a Silvia se precisar de algo. — quando ele ia saindo da sala, o chamo.

Jo: Preciso que me mostre onde é meu quarto. — me ponho de pé.

Hero: Silvia pode te mostrar. — fala sem nem sequer me olhar.

Jo: Não a quero incomodar, você já vai subir, pode me mostrar o quarto agora. — me dirijo até ele.

Hero: Venha logo. — respira fundo e volta a andar, logo subindo a escada.

Tento acompanhar seu ritmo, no entanto sua pernas longas nem se comparam às minhas curtinhas, então tenho que me apressar. Nas escadas ele sobe os degraus de dois em dois, o que me complica ainda mais, tento subir rápido e me sinto um pouco tonta, merda. Me apoio no corrimão, parando na metade da escada, Hero continua subindo até que chega no topo e se da conta que eu não o estava acompanhando.

Hero: Cacete, Josephine! — desce de pressa até o degrau em que eu estava — Você tá bem? — me examina da cabeça aos pés com os olhos em alerta.

Jo: To, to, foi só uma tontura fraca. — ele não parece satisfeito.

Hero: Você vai entrar em uma dieta receitada por um nutricionista amanhã mesmo, não quero saber o que pensa, precisa se alimentar bem e não aceito nada que não seja um sim concordando comigo a respeito disso. — segura em meus braços para eu ter um apoio melhor.

Jo: Parece que eu não tenho mais direito a escolher nada desde da nossa conversa e ainda nem se passou um dia. — reviro os olhos revoltada.

Hero: Se isso quer dizer que você ficará bem, por mim não há problema algum — resmunga — Venha — passa meu braço sobre seu pescoço e me pega no colo — Não fique mal acostumada, isso não vai acontecer com frequência, ok? — assinto com a cabeça, rescostando ela na curvatura de seu pescoço em seguida.

Seu cheiro é o mesmo de antes, viciante como sempre. Sinto ele se arrepiar com minha respiração batendo sobre sua pele e uma onda de contentação se alastra por mim, ainda causo efeitos nele, pelo menos em seu corpo eu sou correspondida.

Não demora muito e estamos de frente para uma porta branca, bem detalhada, ele a abre com um pouco de dificuldade por estar me carregando e logo adentramos o quarto.

Hero: Pronto, descanse. — me coloca na cama e se vira para sair do quarto, nem um boa noite eu recebo.

Jo: Não irei estar sempre contigo, mas irei estar sempre lá por você, independente de qual seja o nosso futuro. — fecho meus olhos após ter dito, sei que ele escutou pois seus passos cessaram por alguns segundos, para depois sair os batendo fortemente sobre o piso.

Ele me disse isso antes de ir embora na primeira noite que tivemos juntos...

Estou quebrado(a), mas ok.Onde histórias criam vida. Descubra agora