Capítulo 63 - Jo narrando.

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4° MÊS DE GRAVIDEZ DA JO.

Bom, e cá estamos nós, quarto mês de gravidez, não esperava chegar tão longe com isso... Ainda não me sinto tão bem com algo crescendo dentro de mim, mas não me apavora tanto como antes.

Acho que superação é a palavra que define como eu tive que agir durante esses meses, perder minha avó e logo em seguida descobrir que estou grávida me abalou de uma forma indescritível, eu não me sentia eu mesma mais, ainda não me sinto pra falar a verdade, porém agora já não dói tanto como antes, meio que estou dormente a tudo, não ta doendo, mas eu sei que tá ali, me corroendo por dentro e eu só estou empurrando cada vez mais fundo tudo.

Sem falar que Hero consegue ser perfeito e péssimo ao mesmo tempo, ele vinha me tratando meio seco desde de que comecei a morar aqui na casa dele com a Laura, mas depois daquela merda de casamento ele piorou, mal fala comigo, mal me vê... Já ocorreu de eu acabar dormindo na sala esperando ele chegar e acordar na cama do meu quarto, sei que é ele quem me leva para lá, sei também que as vezes ele para no batente da porta só para ficar me olhando por alguns minutos enquanto eu durmo, tudo isso se torna confuso para mim, ele me trata com indiferença quando tento me aproximar dele, no entanto demonstra pequenos gestos que significam muito.

A real é que Hero só fala comigo quando se trata do bebê, literalmente, qualquer coisa que não seja o bebê ou se a minha saúde está boa, para o bem do bebê, ele ignora totalmente, nossas conversas, se é que podemos chamar algumas pequenas trocas de palavras de conversa, têm se resumido a somente uma criança que ainda nem sequer nasceu e que ele não sabe se é dele ou não, o que me enlouquece, qual o problema dele?! Não se casou com Laura por amá-la, felizmente para mim, então por quê faz questão de me manter tão asfastada e agir de forma tão indiferente comigo?

Suspiro para mim mesma, estou na cozinha nesse momento, Laura ainda está na empresa junto com Hero, é, até os horários deles eu acabei gravando, merda de convivência. Ficar sozinha nessa casa é uma chatice, não há o que fazer, eventualmente escuto alguns sons que vem dos fundos onde os funcionários circulam com mais frequência, de vez em quando vou até lá e converso com Rita, a única que realmente acabei por criar um laço forte, ela é um amor e apesar de achar toda essa situação entre eu, Hero e Laura estranha, não questiona nada e mantém total descrição.

Pensando em Laura e Hero, toda vez me vem à mente o casamento dos dois, não sei nem porquê fui nisso, acho que em parte para manter algo do que sobrou da minha dignidade e orgulho, porque de resto realmente não faz sentido, aquilo só me machucou profundamente, já que por mais que eu tente negar com todas as minhas forças, Hero se instalou na minha mente... E no meu coração com uma rapidez surpreendentemente assustadora, ele pode até estar me ignorando agora, mas ainda sim continua sendo como um porto seguro para mim e isso me irrita, pois sei que ele não me vê da mesma forma, e quando essa criança nascer, ele não vai ter um motivo para continuar me mantendo aqui, nem vai precisar de mim pra nada, ou seja, não farei parte da sua vida, serei apenas uma memória vaga de algo que ocorreu em sua adolescência e por um acaso se alastrou para sua vida adulta.

Definitivamente, um tremendo erro eu começar a pensar nisso, o aperto no peito bate e a filha da puta vontade de chorar aparece, merda de hormônios do inferno! Preciso me distrair, me sinto pesada e sobrecarregada, mas não sei do que.

Estou quebrado(a), mas ok.Onde histórias criam vida. Descubra agora