Capítulo 22 - Jo narrando.

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Depois daquele dia, eu até esperei por H, tão estranho o chamar assim, mas logo percebi que aquilo era idiotice. Esses meus pensamentos são idiotas! Não vivo em um mundo de princesas, onde no final irei ser salva por um príncipe encantado montado em seu cavalo, no caso, em seu carro de última geração, e outra, quem disse que eu quero ser salva por alguém? Não preciso disso, nunca precisei de ninguém além da minha avó, não vai ser agora que vou ficar dependendo dos outros! Ainda mais quando se é uma ilusão, ele nunca viria atrás de mim, mas a tonta da minha mente faz questão de que de alguma forma eu tenha esses tipos de pensamentos, pensamentos dos quais eu sei que não são possíveis.

Com o tempo que se passou dessas semanas, só me comprovou que eu deveria ganhar o troféu de pessoa mais iludida do mundo, mas agora não mais, cansei de ficar pensando que algum dia as coisas possam mudar, essa é a vida que eu tenho e a única coisa que posso fazer é aceita-la, meu futuro depende apenas de mim, e isso é o que mais me assusta, no entanto não vou desistir assim tão fácil. Hoje, como qualquer outro dia, terminei minha dança da noite e rapidamente consegui um cliente, nesse quesito eu não posso reclamar, sempre pego os clientes mais ricos, porém os mais escrotos também. Apesar de não os suportar, eu tinha que manter um sorriso no rosto, especialmente hoje, pois apareceu um dos empresários mais bem sucedidos de todo o estado de Massachusetts, não podia bobear, precisava parecer que eu estava super contente com aquilo, sendo que por dentro eu queria morrer. Por sorte ele não era do tipo que aguentava por muito tempo, não demorou muito pra ele gozar e ter mais um round pra acabar, minha voz chega está rouca de tanto que eu fingi estar gemendo, péssimo. Após ele ter deixado o dinheiro na cama, me levantei e fui tomar um banho no banheiro que havia ali para poder tirar aquela sensação do toque daquele cara, terminei e fui passar um creme que eu sempre uso, sem ele meu corpo teria bem mais marcas roxas e vermelhas. Depois de terminar de passar, ponho o salto e a mesma lingerie que eu estava usando antes, então volto para o saguão do andar principal, afinal, minha noite tava só começando, infelizmente.

Ao por meus pés no saguão me deparo com uma cena um tanto quanto inesperada, a primeira coisa que vi foi H com uma das meninas em seu colo, uma das suas mãos rodeavam a cintura dela e a outra segurava um copo com whisky, para completar, a menina na qual está sentando em seu colo é a Loren, nunca gostou de mim por eu ganhar mais que ela aqui dentro, coisa que eu não tenho culpa, mas mesmo assim ela me odeia, fiquei os encarando por um tempo sem acreditar no que eu estava vendo. O H de anos atrás nunca estaria frequentando um lugar como esse e muito menos estaria com uma garota daqui no colo por vontade própria.

Admito que em parte eu queria chorar, aquilo me doeu, mas isso já estava óbvio que aconteceria, eu só não queria enxergar o que estava embaixo do meu nariz, ele não era o mesmo e nunca iria vir atrás de mim, no máximo se lembrou dessa boate e quis avaliar com os próprios olhos, pra poder usufruir daqui.

Minha vontade era sair dali e ir pra minha casa, porém não sou mulher disso, apenas levantei minha cabeça e fiz questão de passar ao lado deles, lançando lhe uma encarada, mesmo com máscara, sei que ele me reconheceu. Ignoro os dois pelo resto da noite, sentindo olhares dele queimando sobre mim como fogo junto à gasolina.

Mais uma vez consegui outro cliente e me dirigi até a área dos quartos novamente, sabia que H me encarava a todo momento, por isso fiz mais questão ainda de manter um sorriso no rosto, não sei bem o porquê, mas aquilo o estava afetando. Uma pena que meu planinho acabou por me prejudicar também, o cara que iria subir comigo havia esquecido a carteira no carro e foi buscar, ai tive que ver H chamando Loren para subir para um quarto, ele teve a cara de pau de parar ao meu lado com ela pra conversar com o segurança.

H: Quanto que é para ficar três horas? - pergunta ao segurança, mas seu olhar se encontrava em meu corpo, o olhando de cima á baixo como se o fosse devorar.

Loren: Ah gatinho, isso é comigo, no quarto nós resolvemos. - ela quem parecia uma gata com o seu jeito grudento, não parava de alisar o peito dele por um segundo, esse pensamento me faz revirar os olhos. - Algum problema, Rúbia? - arqueia as sobrancelhas em minha direção dizendo meu nome de trabalho com desdém, e eu tenho que me segurar para não dizer o que eu realmente quero.

Rúbia: Sim, tem sim, vocês atrapalhando o caminho. - falo ao ver o carinha que era meu novo cliente voltando e cruzo meus braços realçando meus seios, H falta só se afundar ali com o olhar.

Loren: Mas você nem tem com quem su... - se interrompe ao ver o meu cliente chegando.

xxx: Vamos subir agora, benzinho, não vejo a hora de podermos nos diverti. - sua voz ao pé do meu ouvido e suas mãos em cada lado da minha cintura me davam ânsia de vômito, mas tinha que fingir que estava adorando seu toque.

Percebo o punho fechado de H e sua mandíbula contraída, não sei ao certo o que iria acontecer mas imediatamente puxei o homem que me tocava para área dos quartos, tudo que eu menos precisava na minha vida era de uma briga, ainda mais uma na qual envolve o H totalmente bêbado.

Estou quebrado(a), mas ok.Onde histórias criam vida. Descubra agora