Capítulo 13 - Jo narrando.

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5 anos depois.

Acordo com o o sol batendo em meu rosto, merda, esqueci a porra da cortina aberta. Levanto a contra gosto, ficar na cama parecia algo tentador para essa segunda, infelizmente não tenho a vida ganha.
Vou até o banheiro tropeçando em meus próprios pés e esfregando o rosto para afastar o sono, enquanto isso minha mente tenta trabalhar em algo. No caso, na minha ida ao shopping com a Maitê, na realidade, Lena, depois de alguns anos isso de esconder o verdadeiro nome acabou entre nós, mas de vez em quando eu ainda me confundo, ainda mais morrendo de sono. Viramos amigas, melhores amigas pra falar a verdade, hoje era nosso dia de folga e iríamos ao shopping para fazer compras especiais, uma parte do dinheiro que ganhávamos sempre deveria ser gasto com roupas, palavras de Jonathan.
Esse daí continua o mesmo, porém eu mudei, não deixo que ele passe por cima de mim, ninguém mais passa. Infelizmente em um aspecto ele estava certo, eu voltei, 1 ano não foi o bastante, a cada momento eu crescia e conseguia ajudar mais a minha avó, eu não me arrependo, não mais. Já tive muito remorso pelo que eu fazia, mas a realidade é que nós fazemos de tudo por quem amamos, sei que o que eu faço não é exatamente algo correto mas no fundo eu tenho orgulho de mim mesma por não ter desistido, hoje em dia estou melhor de vida, financeiramente é claro, não sou rica mas consigo viver de uma forma boa, junto a Eliza.
Pensando nela, vou ver como está, sua idade já é bem avançada e tenho medo de algo acontecer com a mesma, tenho pagado uma cuidadora para que ela não fique sozinha e tenha auxílio quando eu não puder estar, isso tem ajudado bastante. Vou até seu quarto e vejo ela dormindo com Bartolomeu em seus braços, esses dois não se desgrudam por nada, as vezes até brinco com ela dizendo que assim tenho ciúmes, lembrar desses momentos me faz abrir um breve sorriso.
Logo me arrumo deixando tudo em ordem, a cuidadora chegaria em pouco tempo então eu poderia sair sem problemas, mas para não a deixar assustada, escrevo um pequeno bilhete e colo na geladeira.
Vou andando até o ponto de ônibus, é, eu ainda não tenho um carro, a condição financeira melhorou mas não tanto assim também. Não demora muito e um ônibus chega, o pego e fico escutando música o caminho todo.
Rapidamente chego ao meu destino, desço do ônibus e já avisto Lena parada na entrada principal, ela mexia em seu celular enquanto tentava se agasalhar com seu casaco. Começo a me aproximar e ela já me encara com uma carranca, acho que me atrasei um pouquinho só.
Lena: Cacete, Jo! - guarda seu celular no bolso e eu juro que consigo ver a fúria em seus olhos, oh menina nervosa.
Jo: Relaxa gata, vamos às compras. - pisco pra ela e saímos entrando no shopping atrás das melhores lojas, de preferência as com roupas mais ousadas.

Andamos, andamos e andamos, mas finalmente encontramos uma loja que agrade as duas. Nos separamos um pouco para escolhermos o que queremos, após eu pegar o que eu queria, fui até ela pra mostrar.
Jo: E então, como acha que eu ficaria com essa lingerie? - coloco na frente do meu corpo.
Lena: Gostosa, muito gostosa. - ela sorri pra mim.
Jo: Mas eu estaria somente gostosa, ou seria uma gostosa com cara de prostituta? - isso faz toda diferença.
Lena: Com certeza a segunda opção. - diz convicta.
Jo: Perfeito! É disso que eu preciso. - sorrio.
Lena: Você é louca. - ri pegando uma saia do cabide.
Jo: Nem tanto, mas você sabe que não uso as lingeries do trabalho para algo pessoal. - ela suspira sabendo que é verdade.
Depois de um tempo, Lena ainda estava separando algumas peças de roupas, já eu peguei algumas lingeries e vestidos para provar, no momento estou no provador da loja colocando uma lingerie rose gold, realmente tinha amado ela quando vi mas agora que provei eu não tenho certeza, apesar de toda a minha mudança, a insegurança sobre meu corpo ainda persiste em existir dentro de mim.
Decido chamar a Lena para opinar, se tem uma coisa que aquela menina é, é sincera.
Jo: Lenaa! - grito por seu nome já que ela disse que ficaria por perto caso eu precisasse dela, porém não obtive resposta da sua parte - Lena, venha cá agora, por favor! - chamo por ela mais uma vez, mas nada, até que escuto um barulho e deduzo ser ela - Af, finalmente né, o que você achou dessa lingerie? Não sei se ficou boa, acha que realçou bem o meu corpo? - abro a porta do provador sem olhar pra ela.
xxxx: Olha, eu não sei quem é Lena mas eu adorei a lingerie, especialmente no seu corpo, tá divina. - uma voz grossa e rouca soa em meu ouvido me fazendo ter um sobressalto enorme pelo susto, me viro na mesma hora e foi nesse momento que meu coração parou e meus olhos pareciam querer sair de órbita.
O homem, até pouco tempo desconhecido por mim, ainda não tinha visto o meu rosto, somente quando eu me virei, pois ele estava olhando diretamente para minha bunda, cretino! Só que, quando eu vi aqueles olhos, aqueles olhos verdes e tão expressivos que dava vontade de se jogar neles e nunca mais parar de olhar, meu mundo caiu. Eu fechei a porta rapidamente e me escorei nela, eu não posso acreditar naquilo, não pode ser ele, o que ele estaria fazendo em um shopping de baixa renda uma hora dessas?! Depois de anos...

Estou quebrado(a), mas ok.Onde histórias criam vida. Descubra agora