Capítulo 9 - Vidas diferentes, situações semelhantes

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Jo narrando.

Bom, boa parte da noite já havia se passado, com isso eu quero dizer que, a parte da dança acabou. Hoje, algo foi diferente, um olhar diferente sobre mim na verdade, ele não me olhava apenas com desejo, me encarava com luxúria, apreciação... Não sei, mas de alguma forma, eu gostei daquilo, não deveria ter gostado, mas gostei...

Apesar de que durante toda a dança eu mantive os olhos fechados, conseguia sentir seu olhar sobre mim e no final eu o olhei, parecia ser bem novo, com olhos verdes penetrantes e um cabelo castanho todo desgrenhado que ficava maravilhosamente bem nele.

Ao perceber o tanto que estava pensando no homem desconhecido de olhos verdes, balanço a cabeça de um lado pro outro tentando afastar esses pensamentos e encarar a minha realidade, que provavelmente será um velho de meia idade casado ou um crocodilo como o de ontem.

Não estou nem um pouco pronta, tanto psicologicamente, quanto fisicamente, para passar a noite com outra cara. Aquelas coisas que aconteceram ontem se passavam repetidamente na minha cabeça, não sei como irei fazer hoje, já que só de ver algum homem muito perto de mim, meu corpo estremece, é horrível!

Mas novamente, que escolha eu tenho? Acho que essa é a pergunta que define a minha vida.

Bufo frustrada ao ver Jonathan me encarar com uma carranca de quem diz pra eu me direcionar logo ao quarto do meu cliente, sem escolhas, faço o meu "trabalho".

Em passos lentos eu caminho por aquele estabelecimento, passo pelo corredor com luzes vermelhas piscantes e uma música lenta e sensual de fundo. Muitos clientes estavam ali aos beijos com outras garotas, outras já estavam até fazendo sexo pelo caminho, aquilo era nojento. Sigo meu caminho de cabeça baixa, sem querer presenciar uma cena daquelas, dentro de pouco tempo chego ao quarto que Jonathan havia dado a chave para mim, por incrível que pareça mas não muito chocante, era o quarto master da boate, é, o cara que tava pagando deve ter bastante dinheiro, vamos para mais uma noite vivenciando o próprio inferno.

Bom, era o que eu pensava que seria, mas ao me deparar com um par de olhos verdes profundos, tudo ao meu redor pareceu mudar.

Ele estava sentado na ponta da cama, seu olhar parecia vago e perdido, ao perceber minha presença seu olhar acabou se direcionando à mim, por um breve momento nós ficamos nos encarando. Era ele. O mesmo garoto que me encarava enquanto eu dançava, mas agora ele parecia diferente, não sei, mas com certeza não estava bem, assim como eu.
Porém, eu não sou paga para analisar meus clientes, não sou uma psicóloga, sou apenas uma garota idiota que faz tudo por quem ama.

Ele parece perceber que estávamos nos encarando então desvia o olhar para suas mãos. Já eu, bom, me encontrava praticamente encolhida, sentia vergonha do meu corpo, as luzes no quarto o destacavam bem, e eu estava apenas de lingerie, dessa vez vermelha, infelizmente pois chama mais atenção. Sem falar nas marcas roxas e avermelhadas devido ao sem escrúpulos da noite passada, eu tinha tanta vergonha de como eu estava exposta, mas ele parecia não ligar, não da forma que eu pensava que faria.

xxxx: Hã... Qual seu nome? — pera, ele tá perguntando o meu nome? Como assim?

Rúbia: Não posso te dizer meu nome, me chame de Rúbia, só precisa saber disso. — não ouso encara-lo, seu olhar parecia me desestabilizar, eu não sei se gostava disso.

xxxx: Hum, tá né, meu nome é H... — o interrompo antes que ele complete a frase.

Rúbia: Não! Você não pode me contar,
é contra as regras. — alerto, tanto eu, quanto ele poderíamos nos dar mal caso Jonathan soubesse.

H: Ok, então me chame apenas de H. — sorri de leve e eu retribuo por algum motivo, aquilo havia me deixado bem, acho que foi o melhor tratamento que eu tive dentro dessa boate, tirando a Maitê, claro.

Josephine: Tudo bem, posso fazer isso. — respiro fundo sabendo o que vem agora.

Com os olhos fechados, espero ele vir até mim e fazer o que quisesse com meu corpo já que ele tá pagando, mas nada acontece, só um absoluto silêncio. Abro meus olhos e ele me encarava como se não entendesse o que eu tava fazendo.

Rúbia: Porque tá aqui? Não parece estar á vontade. — pergunto de uma vez, aquilo estava bem estranho.

Ele suspira se ajeitando na cama de lençóis vermelhos cor de sangue.

H: Não estou por vontade própria,
acho que já percebeu né. — dou-lhe um sorriso amarelo entendendo bem a sua situação.

Rúbia: Acho que estamos na mesma então. — me movo desconfortável por estar apenas de calcinha e sutiã na sua frente, em nenhum momento ele pareceu pensar em fazer alguma gracinhas mas mesmo assim me sentia mal, nem o conhecia.

H: Vem cá. — bate ao seu lado da cama e meu coração se acelera, é óbvio que ele não seria diferente, só quer transar comigo de uma forma mais amigável, mesmo sabendo desde do início que seria isso que aconteceria, agora todo o meu corpo treme e eu caminho em passos hesitantes até o seu lado.

Estou quebrado(a), mas ok.Onde histórias criam vida. Descubra agora