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O desespero corroía em minhas veias ao perceber que ele me reconheceu, eu surtei e sai correndo, não sem antes puxar Maitê comigo, ela não tava entendendo nada. Essa foi uma parte do meu passado que nós não conversamos, eram momentos ruins para ficar relembrando, tanto ela como eu não gostávamos. Tive que explicar pra mesma a história desde do início, com os mínimos detalhes, se não ela me matava. Maitê me ajudou bastante, por aquilo pra fora me fez bem, me deixou mais leve, precisava compartilhar o que eu sentia com alguém além do meu subconsciente.
Hoje já é terça-feira e eu to morrendo de medo, uma das garotas que trabalhavam lá a anos, antes mesmo de mim, disse que ontem a noite um homem muito bem trajado e gato pra cacete apareceu na boate, disse também que ele apenas olhou o local por alguns minutos e logo saiu de novo, não quis nem dar uma olhada nas garotas. Será que era ele...? Não, não pode ser, porquê ele viria atrás de mim, né? Eu sou insignificante na vida dele, não mudaria nada ele me encontrar ou não, pena que pra mim fez tanta diferença.
Nesse momento eu estou no camarim da boate tendo que escutar todas as garotas comentando sobre o cara misterioso que apareceu ontem, o mesmo no qual eu acho que seja o H.
x1: Sério, ele era muito gato. - fala passando o rímel.
x2: Tinha cara de ser rico.
x3: Com certezaele era rico, viu como estava arrumado? - isso já tá me irritando.
x1: Uma das garotas viu ele saindo em um carro caríssimo, só de pensar nele me sobe um fogo, ele parece tão misterioso... Tomara que volte. - É, ele causa isso nas pessoas, tomara que volte mesmo... Que? Por que to pensando nisso?
Maitê: Já deu, ok? Parem de ficar sonhando com o bonitão e vamos trabalhar porque não temos a vida ganha. - bate palmas fazendo elas resmungarem e irem saindo aos poucos.
Meu rosto deve estar se contorcendo em uma carranca, provavelmente, não gostei nada do jeito que elas estavam falando do meu H, meu, não ele não é meu, bem que eu queria que fosse exclusiva dele e ele meu.
Rúbia: Aah eu não aguento mais, em todo lugar ele parece estar, principalmente na minha mente, que ódio! - bufo pondo minha máscara preta no rosto.
Maitê: Eu sei amiga, mas essa é a vida que Deus te deu, apenas levanta a cabeça e finja plenitude. - diz arrancando uma risada minha enquanto ponho meu salto.
Rúbia: Vamos para mais uma noite no inferno. - reviro os olhos.
Maitê: Ah para né, você ainda fica com os gatos e milionários, é a queridinha da casa mesmo depois de anos, e eu que fico com o velhos nojentos? Minha situação é pior - faz cara de nojo.
Rúbia: Pelo menos eu ganho bem, aguentar aqueles caras egocêntricos não é nada fácil. - ela põe sua máscara e saímos do camarim, ficamos frente a frente e fizemos nosso toque de mãos se separando uma da outra, já que eu tenho que dançar toda noite e ela começa servindo apenas bebidas.
Muitas coisas mudaram ao longo do tempo, novas adaptações, ocorreram alguns casos desagradáveis durante os anos... Casos que eu me sinto horrível ao lembrar, não aconteceram só comigo, porém foram bem marcantes. Então por isso, Jonathan resolveu contratar seguranças novos. Para se entrar na área dos quartos precisa ter um ticket com o nome de trabalho de cada garota, esse ticket só pode ser dado por nós, sem ele não se passa para área dos quartos. Também tem essa nova coisa de usar máscaras, isso foi uma ideia minha que outras garotas resolveram copiar, dessa forma não somos reconhecidas na rua, é menos constrangedor.
Subo no palco e como sempre começo a dançar a dança ensaiada e coreografada por mim mesma, meus movimentos eram suaves através da música lenta e sensual do fundo, homens gritavam e jogavam dinheiro sobre o palco, aquilo me rendia uma boa quantia apesar de Jonathan pegar a maior parte. Ao abrir os olhos, ainda dançando, me pego pensando em como seria se H estivesse ali, mais uma vez, como em anos atrás, como seria sentir o seu olhar queimando sobre meu corpo, aqueles olhos que são inesquecíveis para qualquer um depois de os olha-los, mas ele não estava ali, não estava e nem estaria.
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Estou quebrado(a), mas ok.
Fiksi PenggemarDois jovens, ambos virgens. Hero Fiennes de 17 anos, filho de Omar Fiennes, um milionário sem escrúpulos. Para Omar um garoto de quase 18 anos preste a entrar na Universidade sendo virgem, não é nada legal pra imagem dos homens Fiennes. Josephin...