Capítulo 73 - Jo narrando.

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No caminho para a fazenda um pensamento que até então não me ocorreu veio à mente e não me deixava em paz, me fazendo ficar inquieta e calada durante todo o percurso. Hero falava e falava mas eu não prestava muita atenção e ele parece ter percebido isso porque quando estávamos nos aproximando da casa, ele para e fica me encarando, fazendo com que eu parasse de andar também.

Hero: O que foi? A gente estava em um clima tão bom. — ele segura minha mão entrelaçando nossos dedos, encaro nossas mãos entrelaçadas e isso é o que me dá forças para falar.

Jo: Sabe quando me disse que se o filho, ou filha no caso, não fosse seu que eu poderia ir embora com um cheque e que nunca mais teria que ver você? — pergunto cautelosa sentido ele se tencionar por completo, assim como eu.

Hero: Sei, por que tá trazendo isso à tona agora? — sinto o como isso o deixa desconfortável, é igualmente pra mim.

Jo: Hã... Você... Tipo, ela nasceu e você não quis fazer o exame de DNA, mesmo podendo exigir isso por um tribunal e as coisas seriam bem rápidas já que você é o poderoso Hero Fiennes-Tiffin. — reviro meus olhos no final porque é inevitável, até em um momento como esses.

Hero: Ah — ele fica me encarando como se estivesse pensando sobre — Sabia que em algum momento você iria questionar isso.

Jo: É que... Não tinha se passado pela minha mente ainda, mas já tem meses e você não falou nada, e agora isso me atingiu com força. — abaixo a cabeça olhando para a grama, porque seu rosto não era uma opção agora.

Hero: Linda, eu... — ele leva a minha mão que estava entrelaçada na dele ao seu peito, cobrindo-a com a sua mão — tá sentindo? Então, é meu coração batendo por você e aquela pequena lá dentro, vocês duas são o meu mundo, já deveria saber disso! Eu não me importo, não quero saber, não preciso de um exame para dizer se eu sou pai dela ou não, eu sinto isso e já é o suficiente — usa sua outra mão para levantar meu queixo — Vocês são o suficiente para mim. Só preciso de vocês — um sorriso enorme se estende em meu rosto, tirando um peso gigante dos meus ombros que eu nem sabia que estava sentindo, acho que inconscientemente isso sempre ficou sendo relembrado na minha mente — E outra, ela é a minha cara, ninguém diria o contrário, pelo amor de deus né. — ele faz uma brincadeira descontraindo o clima e eu só consigo ter em mente o quanto estou me apaixonando por ele, ou o quanto já sou totalmente apaixonada por ele.

Não sei bem como isso aconteceu, nem quando ou como, mas aconteceu e definitivamente não me arrependo por isso, apesar dos altos e baixos, minha vida nunca esteve melhor. Eliza sempre irá deixar um buraco no meu peito, mas Ari veio para o tentar cicatrizá-lo aos poucos e Hero para me fortalecer, Lincoln e Lena para me completar, mas é por mim que eu não me deixo afundar.

Entramos na casa de mãos dadas e sorrisos bobos para quem quisesse ver, cumprimentamos Josie que diz que Ari ainda estava em seu belo cochilo, rimos pelo tanto que nossa filha dorme e dissemos que iríamos descer mais tarde para um lanche, porém agora vamos descansar um pouco do passeio.

Hero: Sabe, fico feliz que tenha começado a se sentir melhor em relação ao seu corpo, não havia motivo para você se martirizar tanto ao comer qualquer coisa. — ele passa um de seus braços longos pela minhas costas, enquanto subíamos as escadas.

Jo: Ainda não gosto totalmente dele, só estou tentando aceitá-lo melhor, a gravidez me fez ver que eu precisava me tratar melhor e depois de tantas ordens suas, médicas e médicas, eu meio que caí na real sobre isso. — é bem difícil ainda, mas nem de perto como era antes.

Hero: Fico feliz, porque você é perfeita em tantas línguas que mal posso dizer, seria indecente. — ele murmura contra meu cabelo, já que estava com a cabeça apoiada nele quando chegamos ao topo da escada e eu não consigo evitar de sorrir das suas bobeiras que sempre me fazem bem.

Fomos ao nosso quarto e vimos a pequena Ari em seu berço que estava colado ao lado do meu lado na cama, apreciamos e babamos um pouquinho nela e depois fomos para o banheiro, estávamos molhados por causa da nossa pequena aventura e já estava me arrepiando pelo vento gelado que corria, então precisávamos de um banho quentinho.

Quando o terminamos, Hero jogou uma de suas camisetas para mim e permaneceu apenas de cueca, logo nos alinhamos embaixo do cobertor, entrelaçados um no outro. Ele fazia um carinho leve em meus fios loiros, já eu trilhava um caminho imaginário por seu abdômen, me prendendo em cada detalhe.

Jo: Não sei se você se lembra, mas eu gostava bastante de ler, ainda gosto na verdade. — solto uma risada fraca.

Hero: Oh, me lembro vagamente de você mencionando isso quando nos conhecemos, lembro também que você falou de que tipo de livros você gosta. — ele ri um pouco empolgado demais.

Jo: Não leio com tanta frequência como antes, mas mesmo assim, dentre todos os livros que já li, entre as centenas de páginas que já folheei, existe apenas uma coisa que esteve presente em quase todos.
" Esconda o seu coração ". Então eu o escondi. O trancafiei no castelo mais distante, na torre mais alta, ergui muros impenetráveis onde nenhum príncipe no cavalo branco o poderia encontrar, e mesmo assim, olha onde estamos agora — o sarcasmo era evidente, então rio voltando meu olhar à ele — Você me faz ser uma pessoa melhor para mim mesma, o que é surpreendentemente maravilhoso.

Hero: E você desperta algo em mim que eu achei que nunca iria sentir. — seus olhos brilhavam ao dizer cada palavra e é nesse momento que eu tenho a plena certeza que todos os momentos até aqui valeram a pena.

Estou quebrado(a), mas ok.Onde histórias criam vida. Descubra agora