Capítulo 2 - Sempre Pode Piorar

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   O silêncio no quarto não durou muito pois assim que Lumiere percebeu a presença de Benjamin ali, bem em frente ao seu pior pesadelo, o mordomo dobrou seu acesso de raiva e desespero.

- que desgraça meu senhor, me perdoe por essa inconveniência!, Terrível! Horrível! Irreparável! - o mordomo se aproxima um pouco enquanto murmura para si mesmo o quão horrível é tudo isso, na hora do descanso tão raro do Rei essa garota o está interrompendo, em anos de sua carreira como mordomo real isso nunca aconteceu pois ele sempre foi responsável pelos funcionários, nem no reinado do rei Adam!.

- calma, Lumiere!- Benjamin tenta fazer com que o senhor magricelo relaxe pois a veia em seu pescoço totalmente visível só aumenta.

- é, cara. Cê já é velho, né. Vai morrer se essa veia aí explodir - Mal comenta mais preocupada com sua pele do que com a vida do mordomo velho em sua frente que está ficando cada vez mais vermelho e nervoso. Ela só não imaginaria que o rapaz gostoso ao seu lado fosse rir.

- Bertha....- Lumiere diz entredentes fazendo gestos com a mão, gesto que Mal entende muito bem.

Ele vai apertar meu pescoço até eu morrer! Pensa ao interpretar todos os movimentos do mordomo, algo que passa despercebido por Ben.

- está tudo bem Lumiere, não precisa se irritar por isso - Benjamin tranquiliza o mordomo mais uma vez pois percebe que a mulher ao seu lado ainda não se tocou que o que ela fez foi realmente grave.

O que ele não sabe é que Mal entende muito bem a gravidade de tudo isso, afinal, ele nem conhece o histórico dela, a questão é que o lema da vida de Mal é debochar da própria vida, mesmo que ela esteja na merda. Por isso não tira o sorriso irônico do rosto enquanto torce para a veia gorda do pescoço do mordomo se romper.

- não está nada bem, majestade, o senhor não conhece Mal Bertha! - Lumiere se aproxima fazendo uma rápida reverência e puxando Mal para longe do Rei, como se ela fosse sufocar o monarca com as toalhas em suas mãos, que agora caíram no chão.

Mal só repensa xingamentos na mente contra o velho, até um plugue se ligar na cabeça dela e a mente ecoar o que Lumiere disse.

- majestade?- questiona meio zonza quando encara o homem sem camisa em sua frente, ela nem está mais tentando sair do aperto forte de Lumiere.

A inteligência e o rápido raciocínio volta a funcionar e ela começa a pensar sobre o quarto em que entrou e quem é o sujeito gostos.... Simpático que não a jogou da janela pela invasão, ao encarar o rosto que parecia ser desenhado de tão lindo, Mal percebe que já viu ele antes.

Inclusive já pichou um bigode e chifres de demônios nesse rosto impresso em vários cartazes colados nas paredes dos becos e vielas em Perdidos.

- vai me dizer que você não sabia que estava invadindo os aposentos do rei Benjamin? - Lumiere arregala os olhos de raiva por não acreditar na inocência dela, e mesmo se acreditasse isso não tiraria a gafe.

Benjamin encara ela com um pouco de pena pelo aperto que a coitada está recebendo de Lumiere, mas a curiosidade de ouvir a resposta dela sobre isso é maior.

- eu... Sou de outras terras - Mal mente para tentar justificar a gafe de ter batido um papo desnecessário com o rei deixando Lumiere mais furioso do que já estava.

- só podia ser de Perdidos mesmo - o mordomo murmura após fazer uma reverência rápida a Ben e começar a puxar Mal para fora do quarto.

A menção de Perdidos chama a atenção de Ben.

Descobrindo Que Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora