Capítulo 61 - Um Novo Contrato

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Se preparem porque esse capítulo tá enorme, e outra: como já está no final eu não quero mais enrolar muito, então não estranhem se as coisas acontecerem um pouco mais rápido.

Capítulo não revisado.

Boa leitura.

~~~~~~~~~~~~~~~M&B~~~~~~~~~~~~~~~

- não sei se estou fazendo a coisa certa, mas também não me importo - Mal murmura para si e para a criança em seu ventre, onde ela está fazendo o carinho que sempre faz quando vai dormir - quando quiseram impor que eu tinha que ficar longe, não se importaram comigo, apenas queriam que eu obedecesse - volta a resmungar e se vira de lado, posição que sabe que é a que o bebê mais gosta de se mexer. Ela sempre faz isso quando quer sentir ele ali.

O silêncio no quarto agora é apenas quebrado pelo som das ondas, o suspiro de Mal devido a falta de sono trás lembranças e dúvidas, mas ela ainda está firme em sua própria decisão.

- por que você está tão quieto? - Mal percebe a falta de movimentos do bebê e se senta já sentindo algo estranho no peito. Algo como uma dor materna de quando uma mãe percebe que algo não está certo com seu filho. - você nunca me deixa dormir de lado... - continua resmungando e tocando na barriga para fazer o bebê lá dentro se mexer, ela chega a furar a barriga diversas vezes com o dedo para ver se a criança se incomoda. O que não acontece.

Mal engole em seco antes de se levantar e ir para a frente do espelho no closet, ela tenta ver algo de diferente porém não encontra, até porque sua barriga não é transparente. Ali, fazendo uma massagem de novo na barriga e conversando com o bebê, ela percebe que não está nada bem.

- você não pode me deixar... - ela se pega murmurando enquanto procura um casaco quase que desesperada, não está conseguindo raciocinar direito, a única coisa que faz é pegar sua bolsa e sair do quarto sem ter a menor cautela ao descer as escadas. Os seus olhos já estão carregados de lágrimas, a dor de ter outra perda em sua vida esmagando seu peito.

Assim que ela abre a porta da casa os seus olhos pairam em Benjamim deitado em frente a casa parecendo um mendigo sem rumo, a sorte é que ele está acordado, já que é tão acostumado com o luxo que não conseguiu dormir ali.

Não, ele não está ali por causa dela, apenas porque passou do horário que permitem a ida e vindo de barcos na região, por isso precisou ficar ali até de manhã, o que ainda não aconteceu pois é de madrugada. Isso porque ele ainda ficou vagando igual uma alma penada durante o dia todo na ilha, tudo isso por ter sentido profundamente o que Mal disse, o fazendo meditar em cada palavra, cada sentimento. Por isso perdeu o horário e a chance de ir embora.

- o que aconteceu? Pra onde você vai? - ele se levanta rápido e quase cai de tontura pela dor de cabeça que lhe atinge. - o que foi? - volta a questiona ao segurar ela pelas mãos quando percebe o nervosismo dela, ela até deixou a própria bolsa cair no chão em meio a descida na escada.

Ela nem sabia para onde estava indo, por uns instantes imaginou que estava em Auradon, onde tem um hospital a cada esquina.

- ele parou. - ela solta a informação em um tom de voz baixo e embargado.

- quem parou? - ele questiona afoito até perceber que ela não estaria chorando assim por qualquer pessoa, já que esse choro de desespero ele só a viu chorando por ele, então... - o bebê? Você tá sentindo dor? Alguma coisa? - a preocupação faz toda a linha do tempo parar, é como se nenhum dos dois estivessem cientes do caos que está a vida deles. Ben segura ela pela cintura e a abraça para manter ela calma, Mal chora como se não houvesse mais solução para nada em sua vida.

- ele parou de se mexer... - ela revela sua preocupação e constatação. Ben aperta mais o abraço sentindo algo bem próximo ao que ela está sentindo desde que tudo aconteceu.

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