Capítulo 62 - Criando Lembranças

510 25 55
                                    

Vou contar um segredo: eu passei esse tempo todinho escrevendo desgraça que agora que preciso dar uns passos para trás no sofrimento eu tô travada kkkkkkk não consigo mais desfazer o desastre que fiz, aí tô com bloqueio, por isso a demora para postar.

Isso é o que dá querer fazer vocês sofrerem...

Outra coisa: vocês estão recebendo a notificação quando eu posto um novo capítulo? Acho que tem gente a um bom tempo sem receber e devem está achando que eu não estou postando mais.

~~~~~~~~~~~~~~~M&B~~~~~~~~~~~~~~~

O primeiro a acordar foi Benjamin, na mesma posição em que dormiram a poucas horas atrás. O pescoço travado foi um dos motivos que obrigou ele a ficar por um bom tempo ainda ali colado em Mal, mas em algum momento ele enfrentou a dor do torcicolo e conseguiu se sentar de forma certa, porém ainda permaneceu quieto para não acordar Bertha.

A mente de Benjamin ainda estava uma loucura, ele só estava precisando de um pouco de ar para colocar as ideias e tudo o que ouviu no lugar, por isso ele deu um jeito de pegar uma almofada do sofá e colocar no tapete, onde deitou Mal com o máximo de cuidado que conseguiu para conseguir sair dali sem fazer ela despertar do sono. Antes de ir Benjamin ainda se pegou a encarando demasiadamente, meio que uma hipnose devido a tudo o que ouviu e o que se obrigou a imaginar durante o relato de Mal, era inevitável sentir o que ele estava sentindo.

Mas ele conseguiu se desvencilhar de todo esse sentimentalismo e saiu da sala e foi direto para uma porta na cozinha, onde tinha certeza, mesmo não sabendo como, que era uma espécie de varanda ou jardim lá atrás.

Dito e certo, era uma pequena área cercada que ele ficou por um tempo, apenas respirando o ar cheirando a brisa do mar.

Até que minutos depois ouviu um barulho na cozinha e deduziu que Mal já estava acordada, respirou fundo e decidiu entrar, torcendo para que ela ainda esteja receptiva quanto a ele e que ela ainda não tenha batido o martelo sobre não querer fazer o que ele propôs.

Ele tem esperança que sua ideia dê certo, Mal só precisa aceitar. Mas também Benjamin entende que suas ações contribuíram para ela está com um pé atrás.

- ei, bom dia - Ben murmura tentando aparentar simpatia quando a encontra sentada no banco do balcão, de costas para a pia que fica ali na cozinha.

Mal apenas faz um gesto de tanto faz com a mão e se volta para o pote de paçoca em sua frente.

- você está melhor? - Ben questiona ao se aproximar e observar a reação dela. Mal o encara com estranheza e dar de ombros.- virou mímico?...- provoca por causa da insistência dela em ignorar ele. Novamente Mal o encara e em silêncio está, em silêncio fica. - você é sempre "mal" humorada pela manhã? - enfatiza o trocadilho com um ar de graça, sem deixar de insistir para que ela se comunique minimamente com ele.

Ainda tentando puxar assunto e fazer ela falar, Benjamin mantém uma conversa unilateral sobre como está o dia, isso enquanto ele vai para a pia colocar água na chaleira.

- Benjamin.- Mal atrai a atenção dele que se aproxima ansioso para ouvir o que ela tem a dizer - sua voz está me irritando, cala a boca -
Revira os olhos como se isso fosse óbvio de se entender, mas ele não a conhece mais, por isso não capitou os sinais claros de estresse matutino dela.

- acordou bem feliz hoje em...- ele murmura meio desgosto e desliga o fogão para preparar o café com a água quente. Mas aí ele percebe que ela não tem café ali.

- não tem café.

- odeio café.

Benjamin respira fundo e sorri para si mesmo, a grande felicidade estava em ser pai, não em aturar Mal Bertha de péssimo humor.

Descobrindo Que Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora