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O som de espirro ecoa pela casa. Benjamin suspira enquanto observa o chá ficando com uma coloração de ambar cada vez mais forte, após adoçar a bebida ele pega a xícara e segue em direção a sala, onde Mal está nesse momento tossindo.
- você sempre teve a imunidade baixa? - Ben questiona ao se sentar ao lado dela no colchão e entregar a xícara quente, mas logo ela devolve enquanto expressa uma careta de nojo após ver o conteúdo.
- odeio chá.
- facilita, Mal, não temos remédio aqui - ele retruca com paciência e aproxima de novo a xícara na direção dela.
É madrugada, horas depois que eles receberam aquela chuva todinha ao voltarem para a casa, foi tiro e queda para a imunidade de Mal deixar ela doente. Quem percebeu a febre foi Ben, já que novamente os dois dormiram juntos e involuntariamente se abraçaram durante a noite, sem falar na tosse insistente dela que começou assim que colocaram os pés em casa. Nem o banho quente ajudou com a gripe chegando.
- prefiro morrer do que tomar chá, eca - se arrepia só de imaginar o gosto do chá - se você insistir eu vou vomitar - reclama já fingindo um vômito ensaiado em cima dele. Benjamin revira os olhos e solve um gole do chá.
- só um pouco, tá docinho - oferece de novo mas ela vira o rosto e tosse deixando ele preocupado.
- eu sempre tenho isso, vai passar - resmunga com tédio e se enrola mais no edredom, mas ele não deixa por causa da febre. - Benjamin...
- só um gole - oferece de novo mesmo sabendo que ela está reclamando do edredom que ele não deixou ela se enrolar. - um pouquinho - chega mais perto mas ela acaba aspirando o cheiro das ervas.
Foi instantâneo, só deu tempo dela virar e pegar uma vasilha que estava ali do lado dela. Benjamin expressa uma careta quando ela vomita tudo o que comeu no dia.
- eu avisei...- ela diz antes de vomitar mais. - toma - entrega a vasilha a ele e quase que ele se torna o segundo a vomitar. Mal rir pela careta dele e segura a xícara só para ele não sujar tudo de chá e vômito. No tempo em que ele vai se desfazer da nojeira dela, Mal encara a xícara sem ânimo.
- carreguei o seu vômito, agora você vai beber esse chá - ele diz decidido e com um tom mandão quando retorna com outra vasilha só por precaução.
- o único homem que tem a possibilidade de algum dia conseguir minimamente mandar em mim ainda está para nascer - ela diz convencida e entrega a xícara a ele. O líquido quente balança mas devido ao gole que Ben tinha dado o conteúdo não derrama. - vai pra longe com isso porque ainda estou enjoada. - diz mas a tosse dela faz ele permanecer ali. Quando Ben coloca a mão na testa dela percebe que a febre aumentou um pouco.
- estamos sem remédio, Mal. Nem médico, e se você tiver uma convulsão aqui? - ele reclama só para fazer ela tomar o chá que nem tem garantia de que são medicinais, ele só fez porque sabe que o povo da outra ilha usa esse chá para tudo, e se estão vivos até hoje é porque funciona.
- relaxa, Benjamin. No máximo eu vou ficar com pneumonia, mas é só daqui a alguns dias que vou piorar - ela diz por já se conhecer o suficiente para entender o próprio corpo, mas isso soa levemente estranho para Benjamin, óbvio.
- eu sabia desses seus problemas quando te pedi em casamento? - questiona meio irônico e ela o encara com tédio. - sabe que eu tô brincando - diz mesmo que a reação dela não tenha sido ruim, só quis esclarecer mesmo, como se estivesse muito cauteloso - está com dor em algum lugar?.
- apenas na garganta, mas já disse que logo passa - Mal continua insistindo no erro, Benjamim respira fundo e resolve tentar só mais uma vez.
- só um gole, pelo bebê - apela para o emocional mas acaba perdendo feio, já que Mal nega mais uma vez.
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Descobrindo Que Te Amo
FanfictionBenjamin Florian, Já coroado Rei desde os 18 anos, agora com 22, se vê em uma situação totalmente desesperadora: a difícil tarefa de nomear uma rainha, e claro, se casar com a felizarda. Ele só não esperava receber uma lista do conselho com os nome...