Capítulo 43 - Enlaçados

406 25 30
                                    

Oi gente.

Provavelmente vou modificar esse capítulo todinho no futuro, já que não gostei muito, mas postei logo para não ficar muito tempo sem atualização.

Boa leitura 😍

~~~~~~~~~~~~~~~~M&B~~~~~~~~~~~~~~

- foi só uma ranhura, nada demais.

- no osso?.

- na costela. Mas estou bem - Mal tosse pela milésima vez fazendo Onur franzir o cenho por não aguentar mais ouvir essa tosse de cachorro morto. - relaxa.

- estou relaxado, quem não está é o bebê - murmura se levantando do banco em que estão descansando após arrumarem o lugar do evento inteiro.

Evento que já estava acontecendo nesse instante. Eles estão afastados em uma área nos fundos, o céu estrelado quase deixando eles no breu se não fosse as lâmpadas velhas em alguns postes ali perto.

- o bebê é o menor dos problemas. - ela diz ao pegar a caixa de curativos com dificuldade e colocar em seu colo.

- não fala assim - Onur resmunga fazendo Mal rir da cara dele. - é um filhote.

- de guaxinim! - inclina um pouco a cabeça para ver o bicho fedorento dentro da caixa no chão, Onur está abaixado dando leite na seringa para o bicho - você vai matar ele com esse leite.

- eu entendo de guaxinim.

- do mesmo jeito que eu entendo de ranhuras em costelas - Mal murmura abrindo o pote de gel que ela havia deixado ali naquela caixa. Com dificuldade ela tira a blusa ficando de sutiã para aplicar o produto na marca arroxeada em suas costas, uma enorme mancha roxa.

- ela te pegou de jeito - Onur murmura sem olhar para Bertha no momento por respeito. Mal tosse mais uma vez sentindo seu tórax doer.

- eu quebrei o punho dela, ela só conseguiu fazer uma minúscula rachadura em uma das minhas costelas - se vangloria ao relatar o ocorrido.

Ocorrido que na sua adolescência era recorrente.

Mal e Uma discutiram ao ponto de entrarem em uma briga de corpo a corpo, Mal nem lembra exatamente como começou, só se recorda de ter sido abordada pela morena e Harry, que só separou a briga quando o punho de Uma emitiu um som de galho seco sendo partido ao meio. Enquanto Mal só estava com alguns arranhões e claro, a pequena rachadura na costela, que fez o médico que a atendeu fazer ela assinar um termo de responsabilidade por querer sair do hospital sem receber tratamento.

Ela só tinha ido ao hospital porque chegou no cafofo que Onur mora toda ensanguentada, e ele a levou, sem falar na tosse insuportável que não deixa ela respirar fundo a duas malditas semanas. Sua antiga e querida companheira, a pneumonia, algo também recorrente em sua vida já que sempre, desde pequena, fica sem ter onde morar e precisa pegar a friagem cruel da noite. Mas Mal não se importa com isso, está vivendo sua vida de um jeito que sempre viveu, quase sentiu saudades dessa adrenalina toda.

- acho que ele gostou do leite - Onur se levanta após o bicho se encolher no canto da caixa.

- ele deve está tendo uma convulsão.

- eu tenho 28 gatos, entendo de convulsões - se aproxima e senta na cadeira em frente a dela, apesar dos olhos sempre estarem procurando alguma outra coisa para focar, e não em Mal só de sutiã e shorts em sua frente fingindo que sabe cuidar de ranhuras na costela.

- não era 27?.

- peguei o da vizinha ontem - murmura sabendo que isso ia fazer ela rir. Mas não deixa de ser uma verdade.

Descobrindo Que Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora