Capítulo 10 - Angústia Anormal

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Mal não conseguiu fechar os olhos em nenhum momento durante toda a noite, a dor na cabeça lhe fazendo presença junto com seus pensamentos perturbadores.

Harry quer que ela entregue a ele uma planta do castelo, cada detalhe de onde ele pode invadir, onde está os objetos de valor e muito mais. Porém estranhamente Mal não esta bem com relação a isso, ajudar Harry e sua gangue a invadir o castelo e roubar as coisas? Ela trabalha lá, mesmo que a realeza seja rica e talvez nem sinta falta de nada, mas como Mal pode fazer isso? A tempos prometeu a si mesma que nunca mais iria se envolver com coisas erradas, e agora vai fazer a maior loucura de toda sua vida.

Agora, já na faculdade, está sentada no fundo da sala enquanto observa o jardim lá fora se sentindo sozinha, mesmo com tanta gente ao seu redor, uma angústia presente em seu peito como se a puxasse para baixo a cada tentativa de pensar em como ela vai roubar a planta do castelo. Talvez seja melhor fazer uma própria... Pensa mesmo não estando feliz com essa situação.

- Mal? Está tudo bem? - a professora chama por ela quando o sinal toca e somente Mal permanece inerte na sala, sozinha.

- estou sim - sorri sem vontade alguma para a professora que devolve o gesto e se despede da aluna. Mal volta a olhar pela janela, agora cheio de gente indo embora para suas casas felizes, enquanto ela está se afundando cada vez mais em sua própria obscuridade interna. Pega seus cadernos e se levanta para ir embora.

Se desviando de alguns alunos que restaram pelos corredores ela segue em direção ao seu armário guardar suas coisas. É como se o mundo tivesse parado e ela estivesse sozinha nele, talvez seja verdade, ela está realmente sozinha, mas com pessoas em sua volta.

- Não se assuste - Mal da um pulo pelo susto que Benjamin pediu para não acontecer, olhar para ele, que está sorrindo, deixa ela um pouco mais destruída. Ela olha em volta e repara que está tudo vazio, ela ficou uns bons minutos arrumando seus cadernos já completamente alinhados. - tive uma rápida reunião com a Fada Madrinha e quando estava indo embora te vi aqui distraída, sabe que já passou do horário, né? - sorri para ela que procura o relógio na parede para conferir o horário. Realmente está meia hora atrasada, Lumiere deve esta esperando ela com uma foice. - você esta bem?.

- claro, só estou com dor de... dor - sorri sem vontade por não conseguir nem pensar em alguma dor relevante para dizer, ele a olha por mais um tempo e lembra que ontem ela também estava triste, só que hoje está pior.

- vamos, eu te levo - ela fecha o armário e aceita a carona. - é estranho te ver assim, sabia?.

- assim como?.

- Mal, você ainda não me xingou - se sente satisfeito quando ela sorri realmente por está com vontade de sorri pelo que ele disse.

- quer que eu te xingue?.

- não, mas se você ainda não me xingou ou me insultou é porque não está com vontade, e se não está com vontade de fazer isso é porque não está bem.

- e você deduz tudo isso de mim me conhecendo em menos de duas semanas?. - olha para ele se sentindo melhor justamente por não esta pensando em seus problemas.

- você tem uma personalidade marcante e previsível - ela arfa achando um insulto ser acusada de ser previsível, ninguém gosta de ser previsível, mesmo sendo.

- achei que você era um cavalheiro - Mal brinca quando ele entra no carro sem ir abrir a porta para ela entrar do lado do passageiro.

- só nas sextas - sorri galanteador e Mal como forma de disfarçar apenas revira os olhos. Ok Mal Bertha, ele é muito bonito. Mas lembre que você vai ajudar uma gangue a roubar a casa dele, imbecil. Pensa sendo rude consigo mesma.

Descobrindo Que Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora