APOLLO, aldeia

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(seu nome)

- Fazia muito tempo que eu não colava aqui. - falo assim que pisamos na praça onde acontecia a bda.

- Veio só pra ver o Apollo né safada?

- Deixa de onda Bernardo! Vim pra ver você e todos os outros mc's.

- Eu te conheço! É só aquele japonês falso chegar que tu fica toda derretida.

- Mentira!

- Vamos lá na rapaziada logo. - passa o braço pelo meu pescoço me levando até uma rodinha de pessoas.

- A gata chegou! - falo e eles nos olham.

- Olha só! A musa da Aldeia resolveu aparecer. - Alva zoa.

- Dar o ar da graça de vez enquando é bom né? - pergunto e eles riem. - Mas falando sério, atucanada de mais com a escola e não tô tendo tempo pra nada.

- Escola? Cê tem maior cara de quem já tá na faculdade. - Apollo fala e sinto minhas pernas fraquejarem.

- Eu tenho cara de velha? Porra, tenho só dezessete anos! - me faço de ofendida.

- Não tô dizendo que você é velha, tô dizendo que não tem cara de criança! - se explica e eu concordo rindo.

Continuamos ali naquela rodinha conversando, era a primeira vez que eu e ele trocavamos palavras. Sempre ficavamos só nos olhares e confesso que eu sou facilmente atraída por ele e por aqueles olhinhos puxados.

As batalhas começam e eu paro ao lado do Alvarenga, criei uma amizade muito grande com todos eles ali. Quem me trouxe na bda foi o Bernardo, ou BMO.

Eramos apenas amigos virtuais, ele morando em Brasília e eu em SP, um dia ele veio me ver e me levou na aldeia. Desde então aqui é meu lugar favorito no mundo.

- Apollo e BMO! - Bob anuncia.

- Teu melhor amigo e teu crush, pra quem tu vai torcer? - Alva pergunta me dando um empurrãozinho.

- Pro Bernardo né? Apollo nem sabe da minha existência, e ele não é meu crush.

- Vou fingir que acredito.

Reviro os olhos e volto a focar na batalha, batalha foda e quando os dois são fodas e rimam pra caralho.

- ... E por isso eu vou te contar, a minha amiga ali. - aponta pra mim - quer te pegar.

Que ódio. Que vergonha.

- Cansei de todo esse lero, avisa pra ela que eu também quero! - Responde e eu tenho vontade de enfiar minha cara em um buraco.

A plateia foi a loucura, e nem foi tanto pelas rimas mas sim pelo que ele disse. Bernardo não prestava mesmo!

Depois de mais alguns versos, ataques e respostas a batalha acaba e o vencedor dela foi o Apollo.

- Fiz a mão pra tu, é só você beijar.

- Eu quero te matar Bernardo! Precisava falar na frente de todo mundo?

- Sim! Apollo tá vindo ai, vou deixar vocês sozinhos.

- Bernardo! Você não é louco de fazer isso. - na mesma hora o Apollo para ao lado dele.

- Tá vendo Apollo, ela quer te pegar e quer que eu fique junto! Vou segurar vela não. - ele ri e vai andando até os outros caras.

Estavamos em uma parte um pouco mais escura da praça.

- É real mesmo ou o bmo tá gastando? - pergunta se aproximando de mim.

- É real, e você? Tava só entrando na onda ou era sério? - sinto minhas costas baterem na parede.

- Nunca falei tão sério. - põe as mãos em minha cintura me puxando um pouco pra ele.

Passo meus braços pelo seu pescoço e faço um carinho na sua nuca, aproximamos nossos rostos e logo estávamos com os lábios grudados.

É, não é só na rima que ele é um dos melhores.

Terminamos o beijo com selinhos e ele da uma leve mordidinha no meu lábio inferior o puxando um pouco.

- Valeu bmo! - fala e rimos.

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