Sweet Passion | Livro 1| ( Chris Evans )

● Capitulo 58 ●

— E você esperava esconder isso por mais quanto tempo ? — Jack quase grita as palavras em minha cara enquanto doutora Olivia observava a briga no canto da sala.

— Jack isso não é da sua conta ! — altero o tom de voz mostrando o quão irritada eu estava — E você — aponto para a médica — Não tinha o menor direito de contar para ele — ela parece não se importar.

— A culpa não é dela, eu que a intimidei quando vi pelo ultrassom que o seu bebe não está BEM ! — ele passa a mão por seu rosto — Você não está sendo justa com ninguém Mary... olha o que você está fazendo com Chris, está escondendo algo que é o direto dele saber... que é nosso direito saber — ele continua com o tom de voz elevado.

— E o que vocês fariam ? Hein ? Me diz ? Mesmo que eu contasse para vocês não alteraria o fato de que eu nao posso gerar essa criança até o final — Olho em seu rosto — Então não vem me dizer o que é justo ou não porque você não faz ideia do quanto isso dói em mim — falo.

— Nós poderíamos te dar muito mais apoio se você contasse assim que descobriu, não se trata de poder fazer algo, porque infelizmente não é possível, mas se trata de estar lá por você Mary — ele diz ainda surpreso — Não consigo acreditar que está fazendo isso.

— Eu estou fazendo isso pelo bem de todos Jack, olha para você, olha como está bem agora.

— E todos vão ficar bem pior quando isso acabar — ele fala — Talvez o sofrimento diminuísse se você fosse um pouco mais empatica com o sentimento das pessoas que desejam o melhor para você.

— Jack essa é a minha vida e eu sinto muito se você não concorda com isso — digo pegando minha bolsa que havia ficado no sofá — Mas sou em quem decide as coisas por aqui, e se você não quiser respeitar essa decisão — pauso, abrindo a porta observando que o homem se encontrava de cabeça baixa — Não vai ser fácil ter que contratar outro empresário tão competente como você — solto, deixando a sala logo em seguida.

Quando passo pela porta vejo os mais variados olhares em minha direção, com certeza estava todos atentos na gritaria que acabara de ocorrer.
Assim que saio pela grandes portas de vidro, o ar gelado parece congelar as lágrimas que desciam pelo meu rosto, eu sentia o peso da mentira em minhas costas toda vez que me lembrava de Chris acariciando a minha barriga, por mais que eu odiasse admitir, mais uma vez Jack estava certo, não era justo fazer isso com o homem que daria a vida por mim, não era justo fazer isso com a avó que esperou anos para ver seu filho construir uma família, não era justo com os tios que ansiavam pelo momento que ensinariam as maiores bobagens para a criança, não era justo com ninguém, mas acima de tudo e de todos, não era justo comigo... eu o sentia em meu ventre mas nunca...nunca poderia ter a experiência de ver seu pequeno rostinho, sentir sua pele na minha sugando o leite que o alimentaria por um bom tempo, eu me sentia completa por te-lo em mim nesse exato momento no entanto me sentia completamente vazia por saber que não o teria nunca mais.

Todos esses pensamentos fazem meu coração palpitar cada vez mais rápido, eu tenho uma vontade gigante de correr daquele lugar e me isolar do resto do mundo, a intensa vontade de chorar só aumenta a cada segundo e os meus pulmões lutavam para alcançar o ar que parecia em abundância ao meu redor. Em um flash vejo uma escuridão tomar conta dos meus olhos, minhas pernas fraquejam e minha pele colide com a fina camada de gelo que cobria o chão.

Eu apago.

(...)

Eu tento abrir meus olhos lentamente mais a luz fazia minha retina queimar, minha cabeça latejava e a sensação de dor que eu estava sentindo não era uma das mais agradáveis. Eu falho na tentativa de levantar o braço quando percebo o acesso mergulhado diretamente em minha veia, olho para o outro braço na esperança que estivesse livre, e agradeço por estar. Elevo minha mão na direção dos meus olhos na tentativa de aliviar o embaçado que atrapalhava minha visão.