● Capítulo 65 ●

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Aos poucos, eu vou abrindo meus olhos, sentindo a luz que iluminava o ambiente fazer minhas retinas arderem, minhas mãos estava presa a diversos fios, enquanto minha veia recebia soro do acesso que estava fincado em meu braço, eu gemo ao tentar levantar a mão, vendo que ainda assim ela se mantinha presa. Meus olhos agora acostumados com a luz, vão perdendo o embaçado e aos poucos ganham nitidez, minha visão fica suficientemente limpa para ver um homem forte com o cabelo não tão escuro, dormindo no sofá, eu procuro pelo vestígio da grande confusão e logo acho a tala em seu braço, graças a Deus estava tudo bem.

Sem me importar com seu sono, eu o chamo pelo nome uma vez, o que basta para que Chris acorde um pouco atordoado á procura da voz, quando ele acha, seus olhos se desmancham em uma sensação de alívio que com certeza o estava mantendo refém durante o meu sono.

O bebê ? Como está o bebe ? — falo, já sentindo suas mãos geladas alcançarem meu rosto.

O bebê está bem meu amor — ele diz beijando minha mão — Demorou dois dias para que ele estabilizasse mas a Dra.Wilson conseguiu — seus olhos se fixam nos meus.

Dois dias ? — eu pergunto surpresa.

Mary você está apagada por quatro dias seguidos ! — eu me choco ainda mais — Eu sei, é assustador... mas você está bem agora, vocês estão bem ! — um sorriso alíviado se estende por seu rosto.

E o seu braço ? — indago olhando para a região enfaixada.

Está ótimo, esses músculos serviram para alguma coisa pelo menos — Eu sorrio triste — A bala passou de raspão, se eu não tivesse me jogado na frente dele bem na hora que ele atirou, ela teria se alojado em meu braço... ou acertado você... — meu sorriso desaparece quando lembro do evento traumático.

Jacob finalmente conseguiu aquilo que queria, a sua última ação estaria gravada para sempre em minha mente, o sangue, ver Chris descontrolado, quase perder o meu bebê... toda essa dor causada novamente por alguém que me fez sofrer a vida inteira.

Ele.. ele está...

— Infelizmente...ele está vivo — fala, sem demonstrar algum arrependimento por sua frieza — Está desacordado, mas assim que acordar será deportado para o Brasil ! — eu me tranquilizo que ao menos as mãos de Chris não estavam manchadas por conta de um crime.... e também, me alívio ao saber que ele ficaria impossibilitado de pisar em solo estadunidense por um bom tempo.

Eu tive medo Chris — choro — Tive medo de perder você, tive medo de morrer, medo de perder nossa família... eu

Mary está tudo bem ! — ela fala aproximando suas mãos do meu rosto — Eu tambem tive medo... eu me odiei por ver você daquele jeito, parada, sem poder fazer nada, tive medo de te perder.... perder o nosso bebê — uma lágrima escorre de seus olhos — Mas está tudo bem meu amor, você está segura agora — eu estendo o braço para que ele deite do meu lado.

Chris o faz.

Seu braço passa por debaixo da minha cabeça enquanto o outro acaricia gentilmente a minha barriga, eu fico feliz ao sentir o pequeno volume ainda ali. Escoro minha cabeça na sua, sentindo o conforto que so os seus braços poderiam me proporcionar. Eu não sei porque, mas sempre que minha vida dava sinais de sucesso algo de ruim acontecia, eu sofria, Chris sofria e consequentemente qualquer um que estivesse ao meu redor sofria também. Me isolar do resto do mundo não era uma opção, eu não podia simplesmente viver com medo, mas a cada dia que passava era somente isso que eu sentia, medo de nunca conseguir ser feliz....

Sweet Passion | Livro 1| ( Chris Evans ) Onde histórias criam vida. Descubra agora